ENSINO MÉDIO
ATIVIDADE 28
Objeto de Aprendizagem: Conflitos no Mundo
Objetivos:
• Conhecer e refletir sobre a sucessão de eventos históricos que influenciaram o conflito entre judeus e palestinos e que repercutiram na formação de Israel e na organização do espaço geográfico da região.
• Conhecer e refletir sobre os fatores que desencadearam os conflitos na região do País Basco e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico.
• Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região da Caxemira e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico.
• Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região do Curdistão e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico.
• Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região do Cáucaso e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico.
• Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na África e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico.
• Refletir sobre as consequências dos conflitos para as nações envolvidas, tendo em vista o número de vítimas e os problemas econômicos e sociais gerados por esses conflitos.
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GRÁTIS!
1. Em que
consistiu o movimento sionista? Qual foi o objetivo desse movimento?
2. Descreva
como foi a partilha da Palestina em 1947.
3. Como ficou
o domínio do território da Palestina após a primeira guerra árabe- israelense?
4. Em que
contexto se formou o ETA, movimento separatista pela criação do País Basco?
Como podemos descrever esse movimento em sua atuação inicial e qual foi o
encaminhamento dado a ele?
5. Qual a
principal razão da divergência entre Índia e Paquistão? A divergência entre esses
países já os levou a quais consequências?
6. A
instituição do Estado Curdo afeta não apenas interesses políticos e sociais,
mas principalmente econômicos. Quais são os fatores que impedem a criação do
Curdistão?
7. Por que os
conflitos no Cáucaso se intensificaram após a desintegração da URSS?
8. Quais foram
as consequências étnicas e geopolíticas da divisão da África na Conferência de
Berlim?
9. A
independência das colônias africanas significou o fim dos conflitos étnicos ou
de grupos rivais? Explique.
10. Analise o
texto a seguir e realize as atividades propostas. À beira de uma nova crise
nuclear?
“Hoje, a
preocupação é a proliferação nuclear horizontal. Enquanto as grandes potências nucleares
tendem a se desarmar, novas potências nucleares surgem, e nós não sabemos com
segurança se seríamos ou não capaz de detê-los”, afirmou Meier-Walser em
entrevista à DW. “Além das potências nucleares tradicionais, como os EUA,
Rússia, Grã-Bretanha, França e China, entraram na corrida armamentista países
como Israel e Índia, e também outros mais instáveis politicamente, como o
Paquistão e a Coreia do Norte. O vice-ministro norte “coreano, Pak Ki Yon,
chegou a utilizar um tom de ameaça em seu discurso na Assembleia Geral das
Nações Unidas, em setembro último, ao afirmar que uma simples faísca bastaria
para desencadear uma guerra nuclear na península da Coreia do Norte. HH As
armas nucleares representam um risco incalculável e é impossível saber se as
novas potências nucleares irão se portar de maneira racional ou não, afirma
Annette Schaper, especialista em Política de Administração de Segurança dos
Estados, do Instituto de Pesquisa de Paz e Conflitos de Frankfurt. Ainda assim,
é considerada improvável a hipótese de que a Coreia do Norte ou o Irã possam
vir a fazer uso de seu arsenal nuclear, uma vez que certamente sofreriam
retaliações. Ambos os países se colocam em isolamento internacional e adotam
políticas não democráticas, e o sistema econômico da Coreia do Norte passa por
dificuldades. “Em casos como esses, países isolados tendem a reagir de modo
agressivo para se aproveitar política- mente de possíveis ameaças externas”,
afirma Schaper. Os objetivos dessa estratégia são impor seus interesses a outras
nações e utilizar internamente a ameaça de um inimigo externo como forma de
trazer estabilidade ao regime. Especialmente no caso do Irã e seu programa
nuclear, a questão também envolve poder, prestígio e, principalmente, seu
domínio na região do Oriente Médio: Annette Schaper vê um grande risco de que
os países ameaçados, como a Arábia Saudita, comecem uma corrida armamentista em
uma região já bastante instável. O Irã já está cercado por cinco novas
potências atômicas, o que resulta em grande parte da ambição de sua política
nuclear, como explica Reinhard Meier-Walser, da Universidade de Regensburg. Ele
se refere ao medo que muitos países têm de que o Irã possa algum dia repassar
seu conhecimento ou até mesmo equipamento para organizações como o Hisbolá e o
Hamas, a quem o país apoia abertamente. Há o risco de países como Irã ou
Paquistão se verem em uma situação de conflito, na qual as únicas saídas se-
riam fazer concessões ou lançar mão do arsenal nuclear. “Armas convencionais
poderiam não ser suficientes para derrotar o inimigo”, diz. Para Meier-Walser,
a solução seria o desarmamento em médio prazo de todos os países.
a) Em que
momento o texto descreve que o mundo esteve na iminência de viver um conflito
nuclear, que poderia ter sido um verdadeiro desastre mundial?
b) O que o
texto quer dizer com “Hoje, a preocupação é a proliferação nuclear horizontal”.
c) Como os
países que detêm armas nucleares, e são politicamente instáveis, podem fomentar
uma corrida armamentista na atualidade? Cite o caso do Irã.
d) O texto
cita alguns países que detêm a tecnologia nuclear e preocupam o mundo em
relação à sua instabilidade política, econômica e militar, como Paquistão e
Coreia do Norte. Pesquise notícias recentes sobre conflitos envolvendo esses ou
outros países.
GABARITO
1. O
movimento sionista defendia a migração dos judeus para a Palestina, a antiga
terra dos hebreus. Esse movimento propunha a criação de um Estado judeu nos
arredores do Monte Sião, uma das colinas que cercam as terras da cidade de
Jerusalém, considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.
2.
Em meados da década de 1940, quando os judeus somavam quase um terço da
população da Palestina, os britânicos, que apoiavam tal movimento, decidiram
abandonar o plano de construção do Estado judaico, deixando essa tarefa a cargo
da ONU. Pressionada pela comunidade judaica internacional e com o apoio dos
Estados Unidos, a Assembleia Geral da ONU aprovou em 1947 a partilha da
Palestina, criando dois Esta- dos: um árabe e outro judaico. Os territórios
foram divididos de acordo com a população predominante e os judeus declararam
oficialmente a independência do Estado de Israel, ocupando aproximadamente 56%
de toda a Palestina.
3.
Essa guerra foi vencida por Israel, que ampliou seus domínios sobre os
territórios palestinos. Assim, o território reservado inicialmente aos
palestinos praticamente desapareceu, o que levou esse povo a se refugiar em
vários países da região. Desde então, os palestinos lutam pela criação de seu
Estado, uma luta que se estende até os dias atuais e é chamada questão
palestina.
4. A
ideia de um país basco surgiu com o Partido Nacionalista Basco, criado no final
do século XIX. Contudo, o partido sofreu forte repressão política, o que levou
ao surgimento de um movimento separatista em prol da libertação dos bascos, o
ETA, criado em 1959 por dissidentes do Partido Nacionalista Basco. Nas décadas
seguintes, esse movimento passou a defender seus ideais por meio de luta armada
e ações terroristas. O uso da violência comprometeu a imagem do ETA, que, em
2011, divulgou seu fim definitivo.
5. A
disputa pela região da Caxemira já levou a Índia e o Paquistão a se enfrentarem
em duas guerras, ocorridas em 1965 e 1971, e tem levado à uma crescente
militarização na região, utilizada inclusive para justificar a corrida
armamentista que impulsionou esses países a desenvolverem armas nucleares. A
instabilidade política na região tem sido alvo de grande preocupação
internacional, já que a eclosão de uma nova guerra entre esses países poderia
ter consequências imprevisíveis.
6. A
enorme resistência dos países da região à criação de um Estado curdo se
justifica pelo fato de que essa região dispõe de imensas reservas de petróleo
em seu subsolo.
7.
Porque até então a URSS manteve o controle dessa região com mão de ferro, com o
uso da força, inibindo qualquer tipo de rebelião entre as repúblicas. Com o fim
da União Soviética, algumas dessas repúblicas se tornaram países independentes
e outras passaram ao controle da Rússia, principal herdeira do império
soviético. Com o novo arranjo político-territorial e as diferenças
étnico-religiosas existentes, foi praticamente inevitável a eclosão de grandes
conflitos na região.
8. A
partilha desestruturou a organização política, econômica e social da maioria
dos povos africanos. As fronteiras foram traçadas de maneira arbitrária pelos
europeus, que ignoraram as diferenças étnicas dos inúmeros reinos e grupos
tribais existentes no continente. Desse modo, em muitos casos, essa divisão
acabou colocando no território de uma mesma colônia antigos povos rivais, ou,
ainda, separando povos com a mesma identidade histórico-cultural. Os
colonizadores também escravizaram populações e impuseram suas línguas, costumes
e valores morais e étnicos aos povos colonizados.
9.
Não, pois, mesmo após a independência política, muitos desses países africanos
mantiveram praticamente os mesmos limites territoriais traçados pelos
colonizadores europeus na Conferência de Berlim. A desorganização
étnico-cultural herda- da do traçado dessas antigas fronteiras tem sido a causa
de inúmeros conflitos territoriais e guerras civis na África.
10. a) Na Assembleia Geral da ONU, quando o vice-ministro norte-coreano fez um discurso em tom ameaçador, no qual afirmou que um pequeno desentendimento poderia provocar uma guerra nuclear na península da Coreia do Norte.
b) Diz respeito ao surgimento de novas e várias potências nucleares no mundo, com o desenvolvimento de programas nucleares incentiva- dos pelo governo desses países.
c) Esses países tendem a reagir de modo agressivo, impor suas políticas e se aproveitar de possíveis ameaças externas, com o objetivo de assegurar seus interesses a outras nações. No caso do Irã, o domínio da tecnologia das armas nucleares significa ter o controle e o poder da região do Oriente Médio. Dessa forma, essa busca pelo poder pode levar outros países a desenvolver programas nucleares a fim de competir pelo controle da região.
d)
Resposta pessoal.
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