domingo, 27 de julho de 2025

Atividade 32 de Geografia - 9ª série - Anos Finais - A Economia Asiática

ATIVIDADE 32

Objeto de Aprendizagem: A Economia Asiática

Competências da BNCC: EF09GE02 / EF09GE05 / EF09GE09 / EF09GE10 / EF09GE14

 

1-    Com base nas principais características inerentes ao continente asiático, descreva os destaques econômicos do Oriente Médio.

2-    Com base nas principais características inerentes ao continente asiático, descreva os destaques econômicos do Ex-União Soviética.

3-    Com base nas principais características inerentes ao continente asiático, descreva os destaques econômicos do Sul da Ásia.

4-    Com base nas principais características inerentes ao continente asiático, descreva os destaques econômicos do Sudeste e Leste Asiático.

 

PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA ASIÁTICA

A Ásia é hoje o continente com maior dinamismo econômico do planeta, abrigando cerca de 60% da população mundial e reunindo economias em diferentes estágios de desenvolvimento. Em 2024, o continente foi responsável por 49% do PIB global, segundo o Fórum Boao para a Ásia. Esse crescimento é impulsionado por fatores como consumo interno robusto, políticas fiscais proativas e avanços tecnológicos.

China, Índia, Japão e Coreia do Sul lideram o bloco asiático em termos de produção industrial, exportações e inovação. A China, por exemplo, mantém sua posição como segunda maior economia do mundo, com um PIB nominal de mais de US$ 18 trilhões. A Índia, com crescimento acima de 6% ao ano, já ocupa o quinto lugar no ranking global, destacando-se como polo tecnológico e industrial emergente.

A Nova Rota da Seda, iniciativa chinesa lançada em 2013, já gerou mais de US$ 2 trilhões em contratos globais e envolve mais de 140 países. Seu objetivo é fortalecer a infraestrutura e o comércio entre a China e outras regiões, especialmente na Ásia, por meio de investimentos em ferrovias, portos e parques industriais. Apesar das críticas sobre endividamento e dependência geopolítica, muitos países asiáticos têm se beneficiado com melhorias logísticas e acesso a novos mercados.

 

No Sudeste Asiático, países como Vietnã, Indonésia e Tailândia têm se destacado por sua industrialização acelerada. O Vietnã, por exemplo, cresceu mais de 1200% em 30 anos, tornando-se um dos principais centros industriais da região. Em 2025, o país projeta crescimento do PIB acima de 8%, com forte expansão nos setores de manufatura e serviços.

No Oriente Médio, a transição energética tem ganhado força. Países como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão investindo em energia solar, eólica e nuclear, buscando diversificar suas economias além do petróleo. A região, que detém cerca de 60% das reservas mundiais de petróleo, enfrenta o desafio de manter sua relevância econômica diante da crescente demanda por fontes renováveis.

A informalidade ainda é um traço marcante em diversas economias asiáticas, especialmente no Sul e Sudeste do continente. Em países como Índia, Bangladesh e Nepal, grande parte da população ativa está inserida em atividades informais, como agricultura de subsistência, comércio ambulante e serviços autônomos. Isso representa um desafio para a inclusão social e a formalização do trabalho, mas também revela a capacidade de adaptação das populações frente à escassez de oportunidades formais.

O turismo sustentável tem ganhado destaque em países como Tailândia, Indonésia, Butão e Vietnã, que investem em práticas ecológicas, preservação cultural e inclusão comunitária. A pandemia de COVID-19 e os conflitos regionais afetaram o setor, mas muitos destinos asiáticos têm se reinventado com foco em resiliência e sustentabilidade.

Fonte: Microsoft Copilot, com base em dados atualizados de Trading Economics, Fórum Boao para a Ásia, Investidor Sardinha, Revista Fórum, EnergyChannel, InfoEscola, Valorizei, Teachy e outros portais especializados.

 

5-    A Ásia é um continente marcado por profundas disparidades econômicas. Com base nisso, explique como países como Japão e Coreia do Sul conseguiram se desenvolver tecnologicamente, enquanto outros, como Afeganistão e Nepal, enfrentam dificuldades para alcançar índices semelhantes. Relacione sua resposta com fatores históricos, geopolíticos e sociais.

6-    A China tem se consolidado como uma das maiores economias do planeta, com forte atuação no comércio internacional. Analise o impacto da política de “Nova Rota da Seda” (Belt and Road Initiative) no desenvolvimento de outros países asiáticos, destacando possíveis vantagens e críticas.

7-    Recentemente, países como Índia e Vietnã têm ganhado espaço como polos industriais e tecnológicos. Avalie os fatores que estão contribuindo para esse crescimento e discuta os desafios socioambientais que essas economias enfrentam no processo de industrialização acelerada.

8-    O Oriente Médio é uma região estratégica dentro da Ásia, com forte dependência da exploração de petróleo. Discuta os efeitos da transição energética global sobre a economia desses países e as alternativas que vêm sendo buscadas para diversificar suas fontes de renda.

9-    Em muitos países asiáticos, o setor informal representa uma parte significativa da economia. Com base em dados recentes, reflita sobre os impactos sociais dessa informalidade e proponha ações que poderiam contribuir para o fortalecimento do trabalho formal e da proteção aos trabalhadores.

10-  O turismo tem sido uma importante fonte de renda em países como Tailândia, Indonésia e Emirados Árabes Unidos. No entanto, eventos como pandemias ou conflitos regionais podem afetar esse setor. Elabore uma análise sobre como esses países vêm se adaptando a tais desafios e quais estratégias estão sendo adotadas para tornar o turismo mais resiliente e sustentável.

 

GABARITO

1-    Em decorrência de sua localização geográfica, essa área é considerada uma região estratégica no espaço geográfico mundial, pois, além de servir como ponto de junção entre os continentes europeu, africano e asiático, estabelece conexão entre o Ocidente e o Extremo Oriente. A maior parte de seus países tem economia pautada na exploração de petróleo, devido às grandes reservas encontradas nessa região.

2-    O crescimento econômico desses países tem sido impulsionado pelas exportações de recursos minerais, como gás, petróleo, carvão mineral e ferro. Ainda assim, seus indicadores sociais permanecem bastante insatisfatórios. Os países da Ásia Central mantêm certa dependência política e econômica com relação à Rússia, visto que o território desse país é caminho obrigatório de boa parte dos produtos por eles comercializados internacionalmente. Em contrapartida, recentes aproximações com países como a China e a Turquia têm diversificado as parcerias comerciais na região, diminuindo, assim, sua dependência com relação à Rússia.

3-    Entre os países dessa região asiática, apenas a Índia rompeu com o atraso econômico. Nos últimos anos, ela vem apresentando crescimento do seu PIB, proporcionado, principalmente, pela afirmação do setor da tecnologia da informação. Em relação ao setor agrícola, em muitos países do sul da Ásia o uso da terra ocorre, em geral, na forma de plantation, ou seja, monocultura em grande propriedade. Esse sistema agrícola herdado do período da colonização britânica no século XIX está voltado para o cultivo de gêneros agrícolas como chá, arroz, trigo, algodão, milho, cana-de-açúcar, batata, juta e painço.

4-    Embora a maioria dos países dessas regiões apresente forte setor industrial, quase todos possuem, em comum, intensa tradição agrária, centrada em especial na cultura do arroz. Com exceção de Cingapura, por ser uma cidade-estado, esses países destinam extensas áreas de seu território a cultivos agrícolas, que participam em maior ou menor grau da composição do PIB nacional.

5-    Espera-se que o aluno reconheça que o Japão e a Coreia do Sul passaram por processos de reconstrução pós-guerra com fortes investimentos em educação, ciência e tecnologia, além de terem desenvolvido estabilidade política e institucional. Já o Afeganistão e o Nepal enfrentam obstáculos históricos como conflitos, instabilidade geopolítica, infraestrutura precária e baixos índices sociais.

6-    O aluno deve destacar que a “Nova Rota da Seda” promove investimentos em infraestrutura e comércio entre a China e vários países asiáticos, gerando integração econômica. No entanto, também há críticas quanto ao aumento da dependência desses países em relação à China, riscos de endividamento e expansão de sua influência geopolítica.

7-    Espera-se que sejam identificados fatores como mão de obra abundante e barata, políticas de incentivo ao investimento estrangeiro, crescimento do setor tecnológico e digital. Os desafios incluem aumento da poluição, desigualdade social, crescimento urbano desordenado e exploração de trabalhadores.

8-    Deve-se abordar o impacto da transição energética no Oriente Médio, especialmente sobre economias dependentes do petróleo. O aluno pode citar iniciativas desses países para diversificar suas fontes de renda por meio de investimentos em energia limpa, setor financeiro, turismo e inovação tecnológica.

9-    O aluno precisa refletir sobre a informalidade como problema social, apontando consequências como vulnerabilidade dos trabalhadores, evasão fiscal e falta de seguridade. São esperadas propostas como incentivo à formalização, acesso a crédito, educação profissional e políticas públicas de inclusão.

10-  O aluno deve analisar como países com economias dependentes do turismo vêm enfrentando adversidades, como pandemias e instabilidade. Estratégias incluem digitalização de serviços, estímulo ao turismo interno, criação de protocolos sanitários, diversificação de roteiros e incentivo ao turismo sustentável.


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