segunda-feira, 21 de julho de 2025

Atividade 29 de Geografia - Ensino Médio - Natureza, Sociedade e Meio Ambiente.

 

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 29

Objeto de Aprendizagem: Natureza, Sociedade e Meio Ambiente.

 

Objetivos:

Refletir sobre o modo como a natureza tem sido tratada pela atual sociedade de consumo.

Compreender que o consumo em grande escala pode acarretar à escassez de recursos naturais.

Identificar a propaganda e os avanços tecnológicos como instrumentos de estímulo ao consumismo.

Reconhecer que o agravamento dos problemas ambientais levou ao despertar da consciência ecológica da nossa sociedade. 

Reconhecer a importância dos movimentos ambientalistas na atualidade. 

Compreender o conceito de desenvolvimento sustentável e refletir sobre como colocá-lo em prática.


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1. O que são recursos naturais?

 

2. Diferencie:

a) recurso natural renovável;

b) recurso natural não renovável.

 

3. Qual ideia o atual modo capitalista de produção faz da natureza? Como ela tem sido tratada em razão dessa visão?

 

4. Em que consiste o capital natural?

 

5. Comente qual é a relação entre o consumo, o consumismo e a crescente degradação dos recursos naturais.

 

6. Como os estabelecimentos comerciais e as instituições financeiras têm estimulado a expansão do consumo?

 

7. Comente as consequências da crise ambiental contemporânea, em relação:

a) aos recursos hídricos;

b) aos recursos florestais;

c) à atividade mineradora.

 

8. Cite uma das questões discutidas nas seguintes Conferências do Meio Ambiente, realizadas em:

a) Estocolmo (1972);

b) Rio de Janeiro (ECO-92 - 1992);

c) Johanesburgo (2002);

d) Rio de Janeiro (RIO+20 - 2012).

 

9. Quais são os principais objetivos e ações dos movimentos ecológicos?

  

10. Analise o texto e responda às questões propostas.

 

O preço oculto daquilo que compramos

 

Nosso mundo de abundância vem com uma etiqueta de preço oculta. Não podemos ver os custos ocultos das coisas que compramos e usamos diariamente - seu impacto no planeta, na saúde do consumidor e nas pessoas cujo trabalho nos proporciona conforto e supre nossas necessidades. Passamos pela vida cotidiana em meio a um mar de objetos que compramos, usamos e jogamos fora, desperdiçamos ou guardamos. Cada uma dessas coisas tem uma história e um futuro próprios, uma história pregressa e um destino que nossos olhos não veem, uma rede de impactos que ficaram ao longo do caminho, da extração e mistura inicial de seus ingredientes, desde a produção e o transporte até as sutis consequências de seu uso em nossos lares e locais de trabalho, no dia em que nos desfazemos dela. No entanto, o impacto oculto de todas essas coisas talvez seja seu aspecto mais importante. As tecnologias de produção e a química por elas utilizada foram escolhidas em uma época mais inocente, quando compradores e engenheiros industriais podiam se dar ao luxo de prestar pouca ou nenhuma atenção aos impactos adversos do que se produzia. Em geral, ficavam compreensivelmente satisfeitos com os benefícios: a eletricidade gerada pela queima de carvão, em quantidade suficiente para durar séculos; plásticos baratos e maleáveis feitos a partir de um mar aparentemente infinito de petróleo; o baú de tesouros dos compostos químicos sintéticos; chumbo barato que conferia brilho e vida às tintas. Não estavam cientes dos custos dessas escolhas bem-intencionadas para nosso planeta e seus habitantes. “Ainda que a composição e os impactos daquilo que compramos e utilizamos diariamente sejam, em sua maior parte, resultado de decisões tomadas há muito tempo, elas continuam determinando a prática diária no design dos processos de produção e na química industrial — e acabam em nossos lares, escolas, hospitais e locais de trabalho. O legado material que herdamos das invenções da era industrial do século XX - as quais tanto nos deixam maraviIhados - tornou a vida imensuravelmente mais conveniente do que aquela que levavam nossas bisavós. |..] Como eram utilizados no ambiente de negócios do passado, as substâncias químicas e os processos industriais de hoje faziam todo sentido; hoje, porém, muitos não mais se justificam. Consumidores e empresas não podem mais se dar ao luxo de não rever decisões invisíveis sobre essas substâncias e processos — e suas consequências ecológicas.

 

a) Qual é a ideia geral do texto? b) Explique em que consiste o “preço oculto” dos produtos que consumimos. b) O modo de pensar de compradores e engenheiros industriais do passado se sustenta na atualidade? Elabore sua explicação relacionando-a ao despertar da consciência ecológica.

 

11. Analise a charge e desenvolva um debate proposto com base nas questões a seguir.

a) Qual é a mensagem transmitida pela charge?

b) Vocês concordam que as ações de preservação do meio ambiente passam pela diminuição do consumo?

c) Em que consiste abandonar o modelo de consumismo desenfreado, citado na charge? Responda dando exemplos.

d) Na sua opinião, que tipo de atitudes podem reduzir o modo consumista em que vivemos na atualidade?

  

GABARITO

 

1. São elementos existentes na natureza, os quais o ser humano explora a fim de produzir os bens de que precisa ou de que faz uso. Os recursos naturais, por sua própria natureza, existem independentemente da ação humana e não estão disponíveis de acordo com o livre-arbítrio de quem quer que seja.

 

2. a) Recursos renováveis: são aqueles que podem ser repostos ou recriados (renovados) pela natureza em um período de tempo relativamente curto, desde que utilizado de maneira racional. Entre esses recursos estão florestas, solos e fontes hídricas (rios, lagos, oceanos).

b) Recursos não renováveis: são aqueles que não podem ser repostos pela humanidade e que levam milhões de anos para que a natureza os reponha. Os minerais, como bauxita, ferro, ouro, e os combustíveis fósseis como o petróleo, são exemplos de recursos que vão se esgotando à medida que são extraídos da natureza.

 

3. Com o advento da sociedade industrial e o desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o aumento da produção, arraigou-se na sociedade capitalista a ideia da natureza como fornecedora de recursos econômicos, vistos como bens que podem ser explorados a fim de gerar riquezas e lucros. Com essa mentalidade estrita- mente econômica, a natureza passou a ser tratada como um simples estoque de matérias-primas, fonte inesgotável de recursos necessários para sustentar e garantir a própria reprodução do modo de produção.

 

4. O capital natural compreende todos os conhecidos recursos usados pela humanidade: a água, os minérios, o petróleo, as árvores, os peixes, o solo, o ar etc. Abrangem também sistemas vivos, como os pastos, as savanas, os mangues, os estuários, os oceanos, os recifes de coral, as áreas ribeirinhas, as tundras e as florestas tropicais.

 

5. A cultura do consumo, colocada como condição básica para a manutenção do mercado, depende do aumento da produção, o que, por sua vez, aumenta a pressão sobre os recursos naturais, acarretando os mais variados impactos e problemas ambientais. Ou seja, quanto maior for o consumo de nossa sociedade, estimulado pela indústria da publicidade, maior será a exploração dos recursos naturais para atender a essa crescente demanda.

 

6. Na disputa pelo domínio de fatias cada vez maio res do mercado, os segmentos produtivos utilizam inúmeros mecanismos e estratégias de venda. Os estabelecimentos comerciais apostam nas promoções e liquidações e em formas de pagamento facilitadas, como financiamentos e parcelamentos em cartões de crédito. As instituições financeiras oferecem linhas de crédito que induzem ao consumismo e ao endividamento individual.

 

7. a) Os recursos hídricos estão sendo seriamente afetados pela crise ambiental, por exemplo, pela construção de usinas hidrelétricas no Curso dos rios, alterando o fluxo natural das águas fluviais, interferindo no ciclo de cheias e vazantes e afetando diretamente o processo de procriação dos peixes na época da piracema. A flora e a flora fluvial e lacustre também são afetadas pela poluição das fontes hídricas provocada por esgotos domésticos e industriais e pelos resíduos químicos aplicados nas lavouras. Os oceanos, por sua vez, são afetados pela poluição e pelo lixo lançado de maneira indiscriminada em várias regiões do planeta e também pela pesca predatória, prática que tem provocado o desequilíbrio dos ecossistemas marinhos. A captura excessiva de peixes e de crustáceos vem diminuindo muito a população de certas espécies.

b) A devastação indiscriminada dos ecossistemas florestais, decorrente do aumento de desmata- mentos e queimadas predatórias, por exemplo, tem diminuído drasticamente os ecossistemas naturais, causando a extinção de muitas espécies animais e vegetais. Com a perturbação dos sistemas ecológicos, os desequilíbrios naturais comprometem diretamente as relações bióticas que asseguram a complexa biodiversidade nesses ecossistemas.

c) O avanço da atividade mineradora em grande escala tem aumentado enormemente a exploração de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, e também de minerais, como o ferro, a bauxita, o níquel e o manganês. Como a disponibilidade desses recursos é limitada, alguns estudos apontam que muitos deles poderão se tornar escassos ao longo das próximas décadas, caso seja mantido esse ritmo de exploração.

 

8. a) Estocolmo (1972): foram discutidas questões como o controle da poluição do ar, a proteção dos recursos marinhos, a preservação e o uso dos recursos naturais. 

b) Rio de Janeiro (1992): Além de reafirmar a importância do desenvolvimento sustentável, como meta para conciliar o crescimento econômico, com justiça social e conservação ambiental, o encontro contribuiu para ampliar a conscientização sobre os problemas ambientais, fortalecendo ainda mais os movimentos ambientalistas e ecológicos. 

c) Joanesburgo (2002): além das questões relacionadas à conservação ambiental, também foram discutidos temas do âmbito social, como a meta de redução do número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.

d) Rio de Janeiro (Rio+20 - 2012): balanço do que foi efetivamente realizado nos últimos vinte anos no que diz respeito às questões ambientais, em especial as estratégias mais eficientes para promover a sustentabilidade ambiental e também para combater e eliminar a pobreza extrema no mundo.

 

9. Ao atuarem em inúmeras frentes, como na proteção de florestas e outros ecossistemas, em defesa de espécies ameaçadas de extinção, na preservação do patrimônio natural e na denúncia de crimes ambientais, os movimentos ecológicos têm pressionado muitos governos e setores da sociedade para que assumam compromissos cada vez maiores em relação às questões de ordem ambiental.

 

10. a) O texto destaca a relação entre o consumo e a degradação da natureza ou os impactos ambientais gerados pelo consumo.

b) Segundo o texto, o preço oculto daquilo que compramos consiste no preço ambiental, ou seja, nas consequências decorrentes do consumo de tais produtos para o planeta.

c) Não, porque, ao contrário do passado, as pessoas e as empresas precisam rever as consequências ecológicas causadas pela produção e pelo consumo. Resposta pessoal.

 

11. a) A mensagem é a de que todos queremos um mundo mais harmônico e um meio ambiente mais preservado, mas não estamos sendo capazes de tomar atitudes voltadas para isso, como reduzir nosso nível de consumo.

b) Resposta pessoal.

c) Consiste em adotar uma atitude mais consciente em relação ao ato de consumir, deixando de comprar por impulso ou por influência de propagandas e adquirindo somente o que realmente é necessário.

d) Resposta pessoal.

 

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