AVALIAÇÃO BIMESTRAL
Objeto de Aprendizagem: Região Nordeste do Brasil
TEXTO 1
A região Nordeste do Brasil é a terceira maior do país em extensão territorial e abriga mais de 57 milhões de habitantes, segundo dados do Censo Demográfico de 2022 do IBGE. Essa população está distribuída entre nove estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Apesar das marcantes transformações urbanas ocorridas nas últimas décadas, o Nordeste ainda apresenta contrastes socioeconômicos significativos, resultado de ciclos históricos ligados à monocultura, concentração fundiária e desigualdades estruturais. Entretanto, a região desempenha papel essencial na dinâmica populacional brasileira, sendo um dos principais polos culturais, turísticos e produtivos do país.
Do ponto de vista climático, o Nordeste
apresenta um dos ambientes naturais mais diversificados do território nacional.
A região é marcada pela presença do clima semiárido, que abrange principalmente
o Sertão e parte do Agreste, onde os índices pluviométricos são baixos e
irregulares. Nos últimos anos, estudos meteorológicos têm registrado mudanças
no regime de chuvas, influenciadas pelo aquecimento do Atlântico e por
fenômenos como El Niño e La Niña, provocando secas prolongadas e episódios de
estiagens severas. Em contraste, o litoral nordestino possui clima úmido,
favorecendo atividades agrícolas, expansão urbana e o crescimento turístico,
especialmente em cidades como Salvador, Recife, Maceió e Natal.
Cartão postal do turismo no Ceará –
Praia de Lagoinha, localizada no município de Paraipaba.
A economia nordestina apresenta diversidade crescente. Segundo dados do IBGE e de relatórios da CNI de 2024, a região tem ampliado sua participação no PIB nacional por meio de setores como energia renovável, fruticultura irrigada, turismo e indústria petroquímica. O Rio Grande do Norte tornou-se líder nacional em energia eólica, enquanto a Bahia destaca-se na produção de energia solar e no polo petroquímico de Camaçari. No semiárido, os polos de irrigação do Vale do São Francisco, especialmente em Petrolina e Juazeiro, impulsionam a exportação de frutas como manga e uva, que conquistaram mercados internacionais. Apesar desses avanços, persistem desafios ligados à infraestrutura de transportes, concentração de renda e desigualdades no acesso a serviços essenciais. Problemas como saneamento básico insuficiente, vulnerabilidade socioeconômica e desigualdades urbanas continuam a afetar principalmente cidades médias e áreas rurais. Nas últimas décadas, o processo de urbanização intensificou-se, levando o Nordeste a atingir mais de 74% de população urbana, segundo o IBGE, embora com variações significativas entre capitais e municípios pequenos.
A cultura nordestina constitui uma das maiores expressões identitárias do Brasil. A região abriga manifestações reconhecidas nacional e internacionalmente, como o São João, o Bumba Meu Boi, o maracatu, o frevo, a capoeira e a literatura de cordel. A gastronomia, a musicalidade e as festas tradicionais reforçam a identidade regional e movimentam o turismo. Cidades históricas como Olinda, São Luís e Salvador são Patrimônios da Humanidade e recebem milhares de visitantes todos os anos. Em síntese, a região Nordeste reúne riqueza natural, diversidade cultural e relevância econômica, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios estruturais que exigem políticas públicas contínuas e planejamento territorial para garantir desenvolvimento sustentável e redução das desigualdades sociais.
Fontes: IBGE, CNI, INMET, Ministério do Turismo.
1. (EF07GE04) A região Nordeste possui mais de 57 milhões
de habitantes segundo dados do Censo 2022. Qual fator histórico citado no texto
ajuda a explicar os contrastes socioeconômicos da região?
A)
A expansão recente da indústria automobilística.
B)
A presença exclusivamente de clima úmido em toda a região.
C)
Os ciclos históricos de monocultura e concentração fundiária.
D)
A inexistência de atividades agrícolas no semiárido.
2. (EF06GE07) Observe o mapa do índice de precipitação no
Nordeste.
O texto menciona que o clima semiárido está presente em grande parte do Sertão. Pode-se afirmar corretamente:
A)
O semiárido apresenta altos índices de chuvas durante todo o ano.
B)
O semiárido caracteriza-se por chuvas escassas e irregulares.
C)
O semiárido está restrito apenas ao litoral.
D)
O semiárido não sofre influência de fenômenos climáticos globais.
3. (EF07GE06) O setor que impulsiona a economia do Vale do São Francisco, segundo o texto, é:
A)
A pecuária extensiva de grande escala.
B)
A indústria automobilística.
C)
A fruticultura irrigada voltada à exportação.
D)
A produção de carvão mineral.
4. (EF08GE07) Observe o mapa dos parques eólicos no Brasil.
Sobre a produção de energia no Nordeste, é correto afirmar:
A)
A Bahia é destaque nacional na produção solar e no polo petroquímico.
B)
O Ceará concentra toda a produção de energia eólica do país.
C)
Sergipe é o principal produtor de energia nuclear do Brasil.
D)
Apenas o Maranhão possui parques eólicos na região.
5. (EF08GE01) A urbanização do Nordeste, segundo o texto,
pode ser definida como:
A)
Superior a 90% em todos os estados.
B)
Homogênea entre capitais e municípios pequenos.
C)
Conduzida por forte crescimento rural pós-2000.
D)
Marcada por expansão urbana, mas com desigualdades estruturais.
6. (EF07GE09) O turismo no Nordeste é impulsionado
principalmente por:
A)
Clima semiárido e baixa infraestrutura litorânea.
B)
Cidades históricas, litoral e festas tradicionais.
C)
Indústria siderúrgica e mineração.
D)
Baixa diversidade cultural.
7. (EF09GE01) Segundo o texto, um desafio persistente na
região Nordeste é:
A)
Superávit de mão de obra especializada em todos os estados.
B)
Ausência total de desigualdades urbanas.
C)
Infraestrutura insuficiente e desigualdade de acesso a serviços.
D)
Homogeneidade no desenvolvimento econômico.
E)
Redução completa das vulnerabilidades sociais.
8. (EF06GE08) Leio o texto: El Niño e La Niña.
O fenômeno El Niño e sua contraparte La
Niña são manifestações opostas de um mesmo sistema climático que ocorre no
Oceano Pacífico Equatorial. Ambos resultam de variações na temperatura da
superfície do mar e na circulação atmosférica, mas produzem efeitos bastante
distintos sobre o clima global e regional.
O El Niño acontece quando há um
aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial. Esse aquecimento altera
os ventos e a circulação atmosférica, provocando mudanças nos padrões de chuva
e temperatura em várias partes do mundo. No Brasil, os efeitos mais comuns são
chuvas intensas no Sul e secas prolongadas no Norte e Nordeste. Além disso, o
fenômeno costuma favorecer ondas de calor e aumentar o risco de incêndios
florestais em algumas regiões.
Já a La Niña corresponde ao resfriamento
anormal das águas do Pacífico Equatorial. Nesse caso, os ventos alísios se
intensificam e a circulação atmosférica se reorganiza de forma diferente. No
Brasil, os impactos mais frequentes são a redução das chuvas no Sul e o aumento
da precipitação no Norte e Nordeste. Isso pode trazer alívio para áreas que
sofrem com a seca, mas também aumenta o risco de enchentes e deslizamentos em
locais vulneráveis.
Em 2025, o cenário climático foi marcado
pela transição entre os dois fenômenos. O El Niño que se estendeu por 2024
perdeu força no início do ano, dando lugar a uma fase de La Niña considerada
fraca. Essa condição durou até meados do outono, quando o Pacífico entrou em
neutralidade, ou seja, sem predominância de aquecimento ou resfriamento
anormal. Durante esse período, o Sul do Brasil enfrentou estiagens e
dificuldades para a agricultura, enquanto o Norte e o Nordeste registraram
chuvas mais regulares e intensas.
As consequências foram variadas. No Sul,
a falta de chuvas afetou a produção agrícola e aumentou a pressão sobre os
recursos hídricos. No Norte e Nordeste, a maior disponibilidade de chuvas
ajudou a reduzir os impactos da seca, mas também trouxe episódios de enchentes
em algumas cidades. A neutralidade que se seguiu deixou o inverno e a primavera
de 2025 com padrões menos previsíveis, exigindo atenção constante de
meteorologistas e agricultores.
Esse ciclo mostra como El Niño e La Niña são fundamentais para compreender a variabilidade climática e como seus efeitos se refletem diretamente na vida das pessoas, na economia e nos ecossistemas.
Sobre os fenômenos climáticos citados no texto, é correto
afirmar:
A)
El Niño e La Niña não exercem influência no Nordeste.
B)
Esses fenômenos contribuem para alterar o regime de chuvas.
C)
Esses fenômenos aumentam as chuvas no semiárido de forma regular.
D)
O semiárido é totalmente independente de influências oceânicas.
9. (EF07GE09) Pode-se inferir corretamente sobre a cultura
nordestina que:
A)
É pouco expressiva no contexto nacional.
B)
Possui manifestações reconhecidas internacionalmente.
C)
Está restrita às capitais da região.
D)
Não contribui para o turismo regional.
10. (EF07GE06) A respeito da economia nordestina, é correto
afirmar:
A)
O Nordeste não participa do mercado internacional.
B)
A fruticultura irrigada se desenvolve apenas no litoral.
C)
A região tem ampliado sua participação econômica por meio de energias
renováveis e agricultura irrigada.
D)
A economia regional não apresenta diversidade produtiva.
11. Complete a cruzadinha utilizando seus conhecimentos sobre aspectos naturais, culturais e econômicos da Região Nordeste do Brasil.
1. Estado nordestino conhecido como “terra do sol
nascente” e famoso por suas praias.
2. Principal bioma presente no Sertão nordestino.
3. Festa tradicional de grande importância
cultural, celebrada em junho.
4. Rio que impulsiona a fruticultura irrigada no
Vale do São Francisco.
5. Fonte de energia renovável em que o Nordeste é
destaque nacional.
6. Cidade baiana reconhecida como patrimônio
histórico e cultural da humanidade.
7. Fenômeno climático que provoca seca prolongada
no Nordeste.
8. Região nordestina famosa pela produção de
cacau.
GABARITO COMENTADO
1. C – O texto destaca que ciclos de monocultura e concentração fundiária contribuíram para desigualdades históricas.
2. B – O semiárido apresenta chuvas escassas e irregulares, conforme descrito.
3. C – O Vale do São Francisco destaca-se pela fruticultura irrigada.
4. A – A Bahia é citada como destaque na energia solar e no polo petroquímico.
5. D – A urbanização cresceu, porém com desigualdades estruturais.
6. B – O turismo é impulsionado por festas, cidades históricas e litoral.
7. C – A infraestrutura insuficiente e desigualdade de acesso são desafios sociais citados.
8. B – El Niño e La Niña influenciam o regime de chuvas no Nordeste.
9. B – As manifestações culturais nordestinas possuem reconhecimento nacional e internacional.
10. C – O texto destaca energias renováveis e polos de irrigação como motores do crescimento.
CRUZADINHA
1.
Ceará
2.
Caatinga
3.
São João
4.
São Francisco
5.
Eólica
6.
Salvador
7.
El Niño
8.
Sul da Bahia
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