quinta-feira, 19 de outubro de 2023

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE PORTUGUÊS 6 - SAEB / SPAECE / ENEM


1- S01.H03 Leia o texto a seguir.

PAIXÕES

Quem entende como as pessoas se apaixonam? Pode acontecer de uma hora para outra. Você conhece uma pessoa a vida inteira e um dia nota alguma coisa, um detalhe que nunca tinha percebido antes, e pimba: amor à milésima vista.
O Valter e a Nancy, por exemplo. Amigos desde o tempo de escola, o Valter conta que aconteceu num dia em que os dois vinham pela rua com uma turma, a Nancy um pouco na frente, e de repente ela levantou o cabelo por trás com as duas mãos e segurou no topo da cabeça, mas sobraram alguns fios. Aqueles fios finos e curtos que cobrem a nuca, o Valter diz que foram os cabelos da nuca.
Ele foi tomado de um tamanho sentimento de carinho por aqueles fios na nuca da Nancy que chegou a parar, diz ele que para não chorar. Depois correu atrás dela e beijou a nuca, e no dia seguinte estavam namorando firme, para surpresa de amigos e familiares.
[...]
Como o amor acaba é outro mistério. A Joyce e o Paquette, por exemplo. Namoraram anos, noivaram, casaram e tudo acabou numa noite. Acabou numa frase. Os dois estavam numa discoteca, sentados lado a lado, vendo os mais jovens se contorcendo na pista de dança, e o Paquette gritou:
— Viu a música que está tocando?
a Joyce:
— O quê?!
— A música. Estão tocando a nossa música. Lembra?
— Hein?
— Estão tocando a nossa música!
— O quê?
— A música. Do nosso noivado. Lembra?
— Eu não consigo ouvir nada com essa porcaria de música!
— Esquece.

VERÍSSIMO, Luís Fernando. O melhor das comédias da vida privada. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

Por que a história de amor entre Joyce e o Paquette acabou?

A) Porque o casal não se entendia mais.
B) Porque Paquette não entendia o que Joyce dizia.
C) Porque Joyce e Paquette foram a uma discoteca.
D) Porque Joyce não lembrava da música que tocou no noivado deles.
E) Porque Joyce não correspondeu à investida do beijo no pescoço.

2- S02.H13 Leia o texto a seguir.


Infere-se pelo texto que o eu-lírico é

A) fraco. B) feliz. C) comunicativo. D) superficial. E) autossuficiente.

3- S03.H04 Leia o texto a seguir.


No texto a expressão “quebra um galho pra mim” significa

A) não negar trabalho para alguém.
B) pendurar-se em galhos para cair.
C) partir um galho de árvore ao meio.
D) arrancar um galho de uma árvore..
E) ajudar alguém, realizando um favor.

4- S04.H12 Leia o texto a seguir.


Podemos dizer que Miguelito está

A) triste. B) admirado. C) aflito. D) preocupado. E) acomodado.

5- S05.H03 Leia o texto a seguir.

Memórias de minha trajetória escolar

Entre cinco e seis anos, tive a presença e o primeiro incentivo de minha mãe na minha vida escolar, já que ela teve acesso à escola e tinha o segundo grau completo. Ela me ajudou com os primeiros rabiscos até a entrada na escola. Sua presença foi muito importante em minha vida.
Ingressei na escola com sete anos, já conhecendo algumas palavras. No início do Ensino Fundamental I, estudei em uma escolinha pequena que havia na minha comunidade. O Ensino Médio foi cursado em outra escola, na cidade Ouro Verde de Minas, período em que tive as dificuldades com o transporte, pois, com a falta de ônibus, perdia aulas e ficava um pouco prejudicada nas disciplinas.
Nas outras séries do Ensino Fundamental I, encontrei apoio da professora Vilma, que me ajudou muito.
Como disse, em casa, tinha incentivo desde que era criança: minha mãe, Ivani, me ensinou as primeiras letras, e com sete anos, eu conhecia algumas palavras. Por exemplo, já conhecia o alfabeto e as vogais, já tinha contato com os números, mas só comecei a praticar a leitura na escola.
Desde o Ensino Fundamental, tínhamos os livros didáticos para estudar em casa, entretanto, era muito difícil ter acesso a livros literários. A partir do Ensino Fundamental II, tive acesso à biblioteca da escola, que disponibilizava os livros aos alunos. Entretanto, não tínhamos muito interesse pela leitura e muito menos incentivo dos professores para fazê-la, por isso, não li esses livros. Em muitos casos, os alunos pegavam os livros, levavam para casa e não os devolviam. Por isso, muitas vezes, faltavam livros na biblioteca.
Lembro-me que os professores nos mandavam à biblioteca só para assistirmos algum filme e, assim, elaborar um resumo ou atividade sobre ele. Na maioria das vezes, quando algum professor faltava, colocavam-nos para assistir filmes, sem objetivos pedagógicos claros. Isto era ruim, pois perdíamos muitos conteúdos, sobretudo no início do Ensino Médio.
Depois do Ensino Fundamental II, minha mãe quis que eu estudasse no período matutino, das 7h às 11h 25 min. Recordo-me de ter aulas aos sábados, porque algum professor havia faltado ou feito greve, requerendo aumento de salário. Sempre me saí bem em todas as disciplinas, mas, ao chegar ao final do terceiro ano do Ensino Médio, tive dificuldades com a disciplina de inglês. De fato, acho que não me adaptei a ela.
No final do Ensino Médio, eu não pensava em continuar os estudos, só pensava em conseguir um emprego, mas na minha cidade não há muitas opções de trabalho. Este é um dos motivos que me levou a ingressar na faculdade. Minha mãe, novamente, incentivou-me a ingressar na universidade, pois ela já havia feito o curso de Licenciatura em Educação do Campo, em Viçosa, Minas Gerais. Foi ela quem me deu todo apoio quando prestei o vestibular para a faculdade, em Diamantina.
Em 2018, ingressei na Licenciatura em Educação do Campo (LEC-UFVJM), e, hoje, estou no terceiro período do curso, com outra visão sobre Educação, outro olhar para os estudos. Apesar de ter tido pouco acesso à leitura, agora tenho e penso diferente, pois percebo que a leitura é bem gratificante. Percebo que do início de meus estudos até hoje, as coisas mudaram, tenho mais afinidade com a leitura. Tenho necessidade de aprender, de construir algo novo. Entendo que vale a pena continuar, prosseguir rumo ao final deste processo de aprendizagem, mesmo sabendo que não é fácil. Pensar que seria uma educadora do campo é sempre muito gratificante.

Memórias de Letramentos II: Outras Vozes do Campo. Disponível em: https://auladigital.net.br/ebooks/. Acesso em: 16 de set. de 2022.

O tema principal desse texto é

A) o ingresso de alunos na universidade.
B) a importância de levar os livros para estudar em casa.
C) a importância do apoio dos professores na escola.
D) as dificuldades com o transporte público para ir à escola.
E) o relato da vida escolar de uma estudante.

6- S06.H08 Leia o texto a seguir.

Fone de ouvido no trabalho... Pode ou Não pode?

Esse é um assunto simples, porém, muito polêmico em alguns ambientes de trabalho. Antes de começar a falar do ambiente de trabalho, quero relatar uma cena que vi em uma famosa cafeteria de São Paulo.

Era um domingo cedo e após realizar alguns exames fui à essa cafeteria, comprei um café e fui me acomodar no mezanino da loja. Ao sentar, percebi que ao meu redor estavam vários estudantes universitários nas outras mesas, alguns sozinhos e outros em grupos. Em suas mesas laptops e apostilas empilhadas, todos focados em seus estudos e muito concentrados no que estavam fazendo.

Foi quando eu vi que TODOS estavam com seus fones de ouvido conectados aos seus smartphones ou laptop.

Com certeza estavam escutando a sua playlist favorita para estudo, guardem essa cena para depois. Em algumas empresas está escrito em seus regulamentos internos que é expressamente proibido trabalhar com fones de ouvidos e já ouvi falar em pessoas que foram advertidas por isso. 

Acredito que estamos vivendo um problema de conflito de gerações, pois, as gerações mais antigas foram educadas de que não podiam ouvir música ao trabalhar, pois isso tiraria a concentração nas atividades. 

Porém, as novas gerações estão crescendo com o fone de ouvido praticamente embutido em seus ouvidos para fazerem de tudo, comer, estudar, brincar, passear, etc...

Agora olhem as pessoas que correm nos parques, ali naquele momento só delas, a grande maioria está
com o seu fone de ouvido, escutando aquela playlist que motiva e dá força para o seu treino.

Opa!!! Que motiva e dá força no seu treino???

Será que essa playlist da motivação só funciona para o treino físico? Será que ela não pode ser utilizada
no treino mental? Será que ela não pode ser utilizada naquele relatório mega blaster que você precisa fazertotalmente concentrado?

Vou relatar uma experiência que tive no gerenciamento de uma equipe operacional e outra de Business Intelligence. Ao assumir essas equipes, percebi que todos estavam com seus fones de ouvido nas mesas, afinal, eu não tinha costume de utilizar os fones para trabalhar.

Fiquei curioso com esse cenário, porém, antes de falar alguma coisa, passei a prestar atenção nas pessoas quando estavam utilizando os fones e quando não estavam. O ambiente de trabalho era muito amplo e com aqueles layouts de mesão, com muito ruído e pessoas andando.

Percebi que quando não estavam com os fones, se distraiam e falavam mais entre si, desta forma, exigindo um pouco mais de gestão para que o momento de distração não ultrapassasse o limite do bom, pois, eu sou totalmente a favor de ter esses momentos de distração e relaxamento durante o dia.

Porém, quando estavam com os fones de ouvido, naquela playlist da motivação e força, ficavam focados com a entrega, não se distraiam, conseguiam encontrar fórmulas e resolver problemas com muito mais rapidez e com o mínimo de erros, desta forma, também exigindo um pouco mais de gestão para que as pessoas não passassem do tempo e ficassem sem um momento de distração e relaxamento.

Um certo dia, precisava realizar um relatório e o ambiente estava com muito ruído, não tive dúvida, peguei o meu fone de ouvido e coloquei numa música bem baixa, mas que era suficiente para isolar o ruído externo. Resultado? Foi excelente, consegui me concentrar no relatório e elaborar da forma que eu desejava, a experiência foi comprovada, o fone de ouvido é bom!!!

Guardaram aquele cenário do começo? Dos estudantes universitários? Então, eles são produtivos desta forma, eles aprenderam a dividir o cérebro da música, do estudo e do trabalho. Provavelmente, muitos deles sem o fone de ouvido, poderão ser improdutivos em suas atividades e consequentemente serem advertidos por baixos resultados.

O que precisa tomar cuidado é que o relacionamento interpessoal no ambiente diminua, com as pessoas
se isolando em seus fones de ouvido.

Para vocês que podem fazer a diferença, tenho certeza de que podem conseguir flexibilizar o uso dos fones nas empresas, é claro que sem exageros e que também o volume não chegue a incomodar a pessoa que está ao lado. E também não liberar em atividades de risco. O que proponho aqui é para o pessoal interno, que fica ali em suas estações de trabalho em atividades de concentração.

Espero que o post crie a possibilidade de análise, bom trabalho com ou sem o fone de ouvido!!!!

Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/fone-de-ouvido-trabalho-pode-ou-n%C3%A3o-alexandre-horimi. Acesso em: 13 de out. de 2022.

No trecho: Antes de começar a falar do ambiente de trabalho, quero relatar uma cena que vi em uma famosa cafeteria de São Paulo.” representa um fato, pois

A) descreve uma situação que aconteceu com o autor do texto.
B) são utilizados adjetivos e locuções adjetivas na frase em destaque.
C) está retratando um ponto de vista do autor sobre São Paulo.
D) apresenta um julgamento pessoal do autor sobre a cafeteria.
E) descreve uma opinião relativa ao fato ocorrido na cafeteria.

7- S07.H07 Leia o texto a seguir.

Chocolate faz bem para a saúde?

Quando o assunto é chocolate, até conhecer um pouco de sua história e alguns de seus efeitos em nosso organismo é divertido. Mas o que para alguns é um prazer incontrolável, para outros se constitui em uma tentação, principalmente para os que querem emagrecer.
A árvore que dá origem ao cacau é o cacaueiro que tem como nome científico Theobroma cacau, cujo nome Theobroma significa bebida dos deuses. O cacaueiro é uma árvore nativa da América Central e do Sul, que necessita de condições especiais para produzir. Só para exemplificar, as árvores produtoras de cacau são muito sensíveis às variações climáticas e principalmente às doenças. Sua altura não costuma ultrapassar os 10 metros e caso as condições sejam favoráveis, em apenas 5 anos se inicia sua produção, podendo viver até quase 50 anos. A polinização de suas flores é realizada por morcegos!
O Brasil já foi um dos grandes produtores mundiais de cacau, contribuindo na época com mais de 30% da produção mundial. Entretanto, problemas relacionados aos custos de produção local e à falta de organização dos produtores cacaueiros contribuíram para a retração desse setor produtivo, representando hoje apenas 4% da produção mundial.
A história do cacau é muito antiga, visto que povos pré-colombianos já utilizavam suas sementes para fazer uma bebida usada em rituais religiosos e alguns a empregavam como moeda. Cristovão Colombo, em uma de suas várias incursões pelo continente, foi o primeiro europeu a tomar conhecimento do chocolate, mas o sucesso do chocolate na Europa só veio a ocorrer em anos posteriores. Inicialmente, a bebida, por ser amarga e oleosa, não era adequada ao gosto europeu, somente com a substituição de alguns produtos, como a pimenta pelo açúcar, por exemplo, foi que se permitiu uma maior aceitação da bebida."
Com a popularidade, logo outros países europeus começaram a produzir o cacau em suas colônias, contribuindo para a diminuição dos preços, que eram altíssimos! Desta forma, a bebida que antes era exclusiva dos reis e pessoas afortunadas, aos poucos foi se popularizando. A substituição da água por leite também contribuiu significativamente para melhorar ainda mais o sabor da bebida. A partir do aumento do consumo e do desenvolvimento de novas e modernas técnicas de produção e processamento, o chocolate passou a ser consumido em tabletes e evoluiu até a forma que conhecemos atualmente.
Em relação aos efeitos do chocolate em nosso organismo, não existem estudos conclusivos sobre como as substâncias presentes neste alimento agem em nosso sistema nervoso, entretanto, alguns estudos já realizados conseguiram desmistificar a ideia que o chocolate estaria relacionado ao aparecimento da acne e de inflamações cutâneas. Assim, o grande problema em relação ao consumo do chocolate se refere ao excesso de gordura hidrogenada acrescentada durante sua fabricação, que é prejudicial.

FERREIRA, Fabrício Alves. "Chocolate faz bem para a saúde?" Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/chocolate.htm. Acesso em 07 de outubro de 2022.

A ideia principal desse texto é

A) o preço do chocolate.
B) a árvore que dá origem ao chocolate.
C) a produção de chocolate no Brasil.
D) a popularidade do chocolate na Europa.
E) a descrição sobre aspectos do chocolate.

8- S09.H01 Leia o texto a seguir.

A estrela de Natal

Era a noite de Natal. Os três andavam pela estrada vazia. O pai, a mãe e a filha. Caminhavam sem rumo, de mãos dadas. [...] O pai punha a menina na garupa e a mãe cantava uma melodia antiga que falava sobre a estrela de Natal. A menina quis a estrela como presente de Natal. O pai falou que ela podia pedir ao vento, já que eram amigos. Ele sempre aparecia nessas andanças e a menina se distraía do cansaço das pernas conversando com o vento, que respondia de pronto e animava a menina a continuar. — Sua casa fica logo ali, sua casa está logo ali — soprava ele. Ou quem sabe pedir ao céu, continuou o pai. O céu tem muitas estrelas e pode lhe dar uma de presente. Logo em frente viram um casebre simples. A chaminé soltava fumaça. Resolveram parar, quem sabe um copo de água. — Sejam bem-vindos, sejam bem-vindos — exclamou a mulher da casa. O homem da casa ofereceu um banco para os três e o bebê, que brincava no chão de terra batida, sorriu e estendeu os braços para a menina.
Ela abaixou-se e passou a mão na cabeça careca do bebê. Ele era lindo, tinha bochechas gordas e ria. A menina acarinhou o bebê que se deitou no colo dela. Um tempinho só, mas tão confortante. Uma eternidade. Os três cearam com os outros três. Comeram raízes brancas, frutos vermelhos, sementes marrons, pão quentinho, e beberam chá de ervas perfumadas. Despediram-se desejando feliz Natal e tomaram a caminhar. Logo adiante, a mãe lembrou-se de um bichinho de pano que fizera para a filha, quando tinha a idade do bebê. Carregava o objeto na trouxa. Voltaram para entregar o presente à criança, mas a casa não estava mais lá. Nenhum vestígio do fogo, nenhum vestígio dos três. No chão batido a menina reconheceu a marca da mãozinha do bebê e ao lado dela uma estrela brilhante, a mais linda que ela já viu.

Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/estrela-natal-646955.shtml>. Acesso em 24 set 2014.

Esse texto é

A) um conto. B) um diário. C) uma biografia. D) uma entrevista.

9- S09.H08 Leia o texto a seguir.

No dia dos Povos Indígenas, veja 4 roteiros para conhecer reservas e tribos

Quando se fala em cultura indígena, moradores da cidade grande, na maioria das vezes, entendem como algo muito distante, até intangível — ou mesmo como se fosse algo do passado. Alguns acreditam que os indígenas não vivem mais nas aldeias, que já foram totalmente aculturados pela “civilização”. Mas o dia a dia dos povos originais do Brasil, além de ser muito atual, pode ser conhecido ao vivo, in loco, em reservas bem cuidadas e administradas de acordo com os costumes ancestrais — mesmo que as facilidades das novas tecnologias propiciem algum tipo de conforto para os viajantes. Com base em informações do Ministério do Turismo, o EXTRA aproveitou as comemorações do Dia dos Povos Indígenas e selecionou roteiros de viagem para quem tem curiosidades sobre a cultura, o trabalho e a relação com o meio-ambiente nas terras dos indígenas.

Reserva Pataxó da Jaqueira, BA

A 12 km do centro de Porto Seguro, na Bahia, os visitantes podem ter dois tipos de experiência: um passeio guiado de três horas pela região ou pernoitar na aldeia. Lá, o turista pode caminhar pela área da Mata Atlântica preservada, aprender como são feitas as armadilhas usadas na caça de pequenos animais, manusear o arco e flecha, tomar banho de rio e comer alimentos típicos da região, como o peixe assado na folha de patioba.
Além disso, é possível conhecer melhor a cultura indígena com as aulas de artesanato e cerâmica, além das apresentações de música e dança dos pataxós.

Terra indígena do Guarani Ribeirão Silveira, SP

Na cidade de São Sebastião, a cerca de 200 km da capital paulista, a reserva indígena fica junto à praia de Boracéia, onde vivem cerca de 550 indígenas da etnia Guarani Mbya. O turista pode conhecer mais sobre a cultura guarani através das apresentações de dança e música, aulas sobre artesanato e plantio de espécies nativas, importantes para a agricultura de subsistência da comunidade. As peças de artesanato e as demonstrações de pintura corporal também são destaque. A reserva é tão importante para a cidade que, em abril, a prefeitura realiza o Festival da Cultura Indígena do Rio Silveiras.

Fonte: https://extra.globo.com/noticias/viagem-e-turismo/no-dia-dos-povos-indigenas-veja-4-roteiros-para-conhecer-reservas-tribos-22964478.html (Adaptado)

Sobre o gênero conversa de Whatsapp, podemos dizer que é característica central dele

A) reportagem. B) propaganda. C) roteiro turístico D) texto didático de Geografia.

10- S10.H04 Leia o texto a seguir.


O objetivo principal do texto é

A) estabelecer uma comunicação virtual entre pessoas.
B) dar um aviso por escrito para alguém.
C) apresentar definições e informações de uma palavra.
D) registrar uma ação ou uma ocorrência.
E) ensinar a utilizar palavras por meio de passo-a-passo.

11- S11.H08 Leia o texto a seguir.

EMERGÊNCIA
(Luiz Fernando Veríssimo)

É fácil identificar o passageiro de primeira viagem.
É o que já entra no avião desconfiado.
O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.
— Bom dia...
— Como assim?
Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta.
Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado.
Tem dificuldades com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo.
Confidência para o passageiro ao lado:
— Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?
Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.
Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.”
O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve.
A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa:
— Obrigado, não bebo.
Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a expressão de “Santa Mãe do Céu!” no rosto.
Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende.
É a última espiada que dará pela janela.
Mas o pior está por vir.
De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada.
Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.
"Senhores passageiros, sua atenção, por favor.
A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho. Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás."
— Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada de
emergência. Olha, no meu é sem emergência.
Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo.
— Isto é apenas rotina, cavalheiro.
— Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai, meu santo.
"No caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus compartimentos."
— Que história é essa?? Que despressurização? Que cabine?
"Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e respire normalmente."
Respirar normalmente?! A cabine despressurizada, máscara de oxigênio caindo sobre nossas cabeças - e ela quer que a gente respire normalmente?!
"Em caso de pouso forçado na água..."
— O que??!!
"...os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...”
— Essa não!! Tudo, menos bancos flutuantes!
— Calma, cavalheiro.
— Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!
— Cavalheiro, por favor. Fique calmo.
— Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por que, está tentando arrancar as minhas mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.
— Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada.
— Só não quero mais ouvir falar em banco flutuante.
— Correto. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.
Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas. Perdeu a cabeça.
— É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do Oceano Atlântico!
A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:
— Calmante, por que?? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!
Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido.
Não quer o almoço.
Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir.
Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando a portinha do compartimento sobre sua cabeça, de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.
De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.
— Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a cidade de...
Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto:
— OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!

Disponível em: https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/. Acesso em: 18/09/2022.

O passageiro de primeira viagem parece ser

A) atencioso. B) exigente. C) intruso. D) ansioso. E) preguiçoso.

12- S12.H05 Leia os textos a seguir.

Texto I

Assim como Guga no tênis, espero que atletas como Gabriel Medina e Arthur Zanetti, um dos grandes ginastas brasileiros, recebam de nosso país pelo menos 1% da atenção que recebe um jogador de futebol. E que, assim, sirvam de inspiração para que outras crianças deem continuidade ao esporte. Parabéns, Gabriel Medina!

Moisés Moricochi Morato, servidor público (Pacaraima, RR)

Texto II

No caleidoscópio da realidade brasileira, um acontecimento auspicioso aflora. Trata-se da vitória do jovem Gabriel Medina no Campeonato Mundial de Surfe. Que sua disciplina e obstinação sirvam de estímulo para que outros jovens tenham êxitos em suas atividades, que possamos caminhar para a grande nação que tanto almejamos e temos condições de ser. Viva a juventude brasileira.

José de Anchieta Nobre de Almeida (Rio de Janeiro, RJ)

Em relação à vitória do surfista Gabriel Medina, esses dois textos

A) apresentam observações irônicas.
B) expõem comentários semelhantes.
C) mostram opiniões contrárias.
D) usam argumentos inconsistentes.

13- S12.H05 Leia os textos a seguir.

Texto I

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde.
Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!”
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.
Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.

Luís Fernando Veríssimo.

VERISSIMO, Luis Fernando. Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990. p. 58-60. © by Luis Fernando Verissimo.

Texto II

Ditando e andando
POR CARLOS CASTELO

É a primeira vez que estou usando uma ferramenta de ditado no meu computador.
Eu falo daqui do sofá, ele escreve lá na tela. Pena que vocês não podem ver a situação – que, pelo menos para mim, é bastante inusitada.
Dizem nerds e geeks que a ferramenta pode escrever cinco vezes mais rápido do que o seu autor digitando. Confesso estar mesmo encantado ao perceber a minha voz interagindo com a máquina e escrevendo tudo, ou quase tudo, que ordeno.
Fico imaginando esse recurso no século XIX. Devido à facilidade de redação é bem provável que os livros de Victor Hugo tivessem, em vez de 800 páginas, bem mais de 1600. E o que dizer da Bíblia então? Traria, no mínimo, uns quatro testamentos: pré-histórico, antigo, novo e premium – com versões apócrifas do Apocalipse.
O lado ruim do ditado voz-texto é que só é possível pontuar um discurso na língua inglesa. Para variar, só o Primeiro Mundo tem direito a vírgulas, travessões, dois pontos e parênteses. Os que ficam abaixo do Equador que se contentem usando os dedos.
Outra coisa desagradável, para quem é da velha geração, é a falta de ruídos metálicos vindo do teclado.
Explico: quem já trabalhou numa redação, à época das Remington, sabe que o barulho era algo intrinsecamente ligado à qualidade final dos textos produzidos. Havia todo um conluio no momento da criação vinda do encontro dos dedos nas teclas. E hoje, em 2017, com um aplicativo escrevendo por você, ganhasse em praticidade, mas perde-se em dramaticidade.
Agora, com licença, prezado leitor, vou fazer um teste rápido no software. Quero ver o que ele escreve quando eu solfejo:
“Dadadadadadadadá! Dum dê dum dê! Opaleiê, opalaiá! SSSquindum, SSSSquindum, daiê, daiê!”
Olha só, ele pegou direitinho a levada da minha voz e ainda enfatizou os “ssss” do “ssssquindum”. É mesmo de ficar de queixo caído, tamanha capacidade de interpretar e expressar o pensamento da gente.
Agora eu...vou dizer que... humm, parece que deu algum bug na coisa aqui. Ele... não está querendo me... não, espera um minuto, no seu manual diz que eu falo e você transcreve pra tela. Não é o contrário. O quê é isso? Como? Você...olha, se continuar desse jeito eu aperto o shut down e acabou a palhaçada. Vou dizer a frase, você joga no Word. Entendeu? Para, para. Eu estou mandando e se...é isso mesmo? Então eu sou obrigado a... aaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!

Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/cronica-por-quilo/ditando-e-andando/. Acesso em: 23/08/2022.

Os textos possuem ideias em comum por

A) compararem os softwares mais usados no mercado.
B) abordarem um tema sobre tecnologia.
C) compararem aplicativos de escrita de textos.
D) mostrarem o conhecimento de usuários experientes no computador.
E) destacarem como os livros de Victor Hugo foram importantes.

14- S13.H04 Leia o texto a seguir.

Texto I

“A maior conquista que eu quero é a Mãe Terra”, afirma Cacique Pequena

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, Brasil de Fato conversou com a Cacique Pequena sobre música, luta e

conquista
Francisco Barbosa

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) | 09 de Agosto de 2021 às 18:07

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado hoje (9), Cacique Pequena conversou com o Brasil de Fato sobre sua história, lutas e conquistas indígenas.
Você é uma das primeiras caciques mulheres do país. O que isso representa para a luta indígena e, principalmente, para as mulheres indígenas?
Em 1995, eu tive a graça de receber a missão de empoderamento de ser uma cacique mulher, a partir de então comecei a viajar. Ainda em 1995, eu fui para Brasília, lá fui discriminada por indígenas do norte e do sul porque não podia uma mulher entrar em um trabalho de um homem. Eu disse “Eu também não tenho culpa se o povo me fez cacique para cuidar do meu povo”. Em 1997, nosso povo e nossa terra foram reconhecidos. Em 1999, recebi a notícia de que nossa terra tinha sido delimitada pelo governo, aí quando foi em 2000 começou a entrar benefícios.
Entrou primeiro uma casa de farinha, ainda em 1999, pela Cáritas, aí começaram a entrar os outros benefícios, as conquistas: energia, água, educação, saúde, quando foi em 2005, foi feito o posto de saúde. Começou a entrar nas conquistas, sempre lutando pela Mãe Terra. A maior conquista que eu quero é a Mãe Terra. Ainda faltam alguns processos. Nossa terra foi reconhecida oficialmente, essa terra aqui, o Recanto do Morro do Urubu, no Lagoa Encantada, Aquiraz , no Ceará e em 2011, ela foi demarcada. Eu ser considerada uma das primeiras caciques mulheres do Brasil é um fortalecimento para as mulheres indígenas de hoje. É muito importante elas não abandonarem a luta, ser uma pessoa forte. Nós por si só somos fortes.

Disponível em: https://www.brasildefatoce.com.br/2021/08/09/a-maior-conquista-que-eu-quero-e-a-mae-terra-afirma-cacique-pequena. Acesso em: 22/07/2022. (ADAPTADO).

Texto II

Cacique Pequena, líder indígena no Ceará, é homenageada em campanha mundial do Google
Ao lado de nomes como o da cientista Marie-Curie, primeira mulher a ganhar um Nobel, e da empreendedora pioneira Madam C.J. Walker, a líder indígena cearense ilustra a campanha "First of Many — Women’s History Month 2021", em alusão ao Dia Internacional da Mulher

Protagonismo e liderança são palavras que definem a trajetória da primeira mulher cacique de um grupo indígena no Brasil. Maria de Lourdes da Conceição Alves, conhecida por Cacique Pequena, é a liderança indígena central na etnia dos Jenipapo-Kanindé, que ocupa parte da região do município de Aquiraz, no litoral cearense. Ao lado de nomes como o da cientista Marie-Curie, primeira mulher a ganhar um Nobel, e da empreendedora pioneira Madam C.J. Walker, a líder indígena cearense ilustra a campanha "First of Many — Women 's History Month 2021", promovida mundialmente pelo Google, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
A Campanha celebra marcos de mulheres do passado e do presente, desde a primeira mulher a quebrar a barreira do som até todas aquelas que continuam quebrando o teto de vidro.
Uma das principais lutas vencidas pela cacique Pequena foi tornar as 129 famílias do povo Jenipapo-Kanindé reconhecidas pela Funai como indígenas.

Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/2021/03/05/cacique-pequena--lider-indigena-no-ceara--e-homenageada-em-campanha-mundial-do-google.html. Acesso em: 28 de abr. de 2022.

O Texto I e o Texto II são diferentes, porque o Texto I

A) faz uma homenagem à Cacique Pequena enquanto que o texto II apresenta um relato pessoal dela.
B) apresenta uma linguagem objetiva enquanto o texto II aparece uma linguagem subjetiva.
C) apresenta a história da Cacique Pequena a partir da fala de outra pessoa enquanto o texto II é narrado pela Cacique Pequena.
D) é relatado pela própria Cacique Pequena enquanto o texto II é contado a partir de uma fala de outra pessoa.
E) apresenta a perspectiva de um jornalista sobre a Cacique Pequena enquanto o texto II apresenta narrativas de seu povo.

15- S14.H05 Leia o texto a seguir.


No trecho “ O que a boca não diz, a cara revela”, a palavra destacada no texto tem o sentido de

A) negação. B) tempo. C) modo. D) intensidade. E) afirmação.

16- S15.H01 Leia o texto.

Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2007.
Prezado Prefeito,
Apresento nesta carta o grande problema ecológico que está ocorrendo em nosso planeta, que em consequência afeta nossa cidade. O aquecimento global é um problema que está sendo debatido pela sociedade, porém nem todos já se conscientizaram de seus efeitos negativos. É preciso que a população aprenda o que fazer para não ter problemas no futuro.
Precisamos apresentar em colégios, programas sobre o que é o aquecimento global para mostrarmos os grandes problemas que ele traz e trará para a nossa sociedade. Por exemplo, as geleiras do Alasca que estão sendo destruídas, aumentam o volume da água e faz com que a maré suba, chegando a nossos prédios (exemplo tirado do jornal O Globo de agosto/2007, fato que já está acontecendo na cidade de Recife no estado de Pernambuco).
Para fazermos com que os efeitos do aquecimento global diminuam, precisamos usar novas matérias como biodiesel, que é um combustível biodegradável, muito menos poluente que a gasolina, pois emite menor quantidade de gás carbônico (CO2) (exemplo retirado do site da Petrobrás). Outro modo, é usarmos menos automóveis e mais transportes alternativos como metrô.
O único modo de fazermos com que as pessoas se conscientizem é mostrar para eles o mal que o aquecimento global faz para a ecologia e a nós mesmos. Porque se ficarmos parados, nosso mundo sofrerá grandes problemas. Obrigado.

Atenciosamente,
Rafael Roditi Lachter.

Disponível em: https://deixaeufalareescrever.blogspot.com/2007/10somente-quando-for-cortada-ltima-rvore.htm

Considerando as partes que compõem o texto, podemos afirmar que o trecho que demonstra a estrutura conclusiva dessa carta de reclamação é:

A) “Apresento nesta carta o grande problema ecológico que está ocorrendo em nosso planeta [...]” (1o parágrafo)
B) “Por exemplo, as geleiras do Alasca que estão sendo destruídas aumentam o volume da água [...]” (2o parágrafo)
C) “[...] precisamos usar novas matérias como o biodiesel, que é um combustível biodegradável [...]” (3o parágrafo)
D) “Outro modo, é usarmos menos automóveis e mais transportes alternativos como o metrô. [...]” (3o parágrafo)
E) “Porque se ficarmos parados, nosso mundo sofrerá grandes problemas. Obrigado“ (4o parágrafo)

17- S16.H03 Leia o texto a seguir.

Especialistas alertam para o impacto das mudanças climáticas na saúde

A resposta de organizações como o Einstein é a adoção do compromisso com o ESG, em que o “S”, de social, é também de saúde

Temperaturas extremas, inundações e deslizamentos, secas prolongadas, poluição. Os impactos das mudanças climáticas são visíveis em todo o planeta e representam, hoje, a maior ameaça à vida humana. O alerta foi feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em relatório divulgado em 2021, antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-26), em Glasgow, e ainda em meio à pandemia de covid-19.
Segundo a organização, a expectativa é que, entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas serão responsáveis por cerca de 250 mil mortes por ano, com causas que vão de desnutrição a doenças como malária.
O cenário evidencia a urgência na mobilização de governos e empresas no combate às severas alterações no clima como uma emergência sanitária. Uma das respostas é a adoção de práticas ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) que enderecem o "S" também como "saúde", como já faz o Hospital Israelita Albert Einstein.
“O relatório foi claro: a mudança climática é a maior ameaça à saúde da humanidade”, destacou Guilherme Schettino, pneumologista e diretor superintendente do Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS) do Einstein, durante participação em painel do EXAME ESG Summit 2022. “E vale lembrar que isso foi dito durante a pandemia, o que reforça a importância desse tema quando falamos da saúde da população.”
Os efeitos de eventos climáticos extremos para a saúde podem ser diretos, com impactos físicos e psicológicos, ou indiretos, quando alteram a qualidade da água e do ar, afetam a produção de alimentos ou ecossistemas, e contribuem para a proliferação de vetores de doenças.
As populações mais vulneráveis são as mais afetadas. Por isso, não há como dissociar os debates sobre ações em saúde e na área social feitos por governos, empresas e outras organizações. No caso do Einstein, que faz a gestão de dois hospitais públicos em São Paulo e um em Goiânia, além de várias unidades públicas na capital paulista, a atuação junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) permite contribuir com o acesso a atendimento de saúde de qualidade.
“No Einstein atuamos tanto no SUS quanto na saúde suplementar. E nós estamos, dentro desse movimento ESG, elegendo a saúde como um dos domínios do ‘S’ de social", afirmou Schettino.
Para Luciana Coen, diretora de comunicação integrada e responsabilidade social corporativa da SAP, “dentro do ‘S’ de social certamente está o fator saúde, em todos os seus aspectos”, incluindo a saúde mental. “E essa agenda ESG é uma agenda do setor privado, do setor público e de cada um de nós como cidadãos, que precisam atuar em conjunto”, disse Luciana, no mesmo painel.
Operações em risco Além dos efeitos sobre os indivíduos, o sistema de saúde é também fortemente afetado pelos eventos climáticos extremos, o que gera ainda mais preocupação entre quem é responsável por cuidar da população.
“Quando ocorre uma chuva muito forte, com deslizamentos, ou com grandes enchentes, isso tem um impacto para o sistema de saúde. Dificulta, por exemplo, o acesso dos pacientes e colaboradores à unidade de saúde, pode haver corte de energia, desabastecimento. O oxigênio que eu preciso para operação dos hospitais pode não ser reposto”, observou Schettino.
O médico lembrou que, em tempestades de grandes proporções, como o Katrina e o Sandy, nos Estados Unidos, e o furacão Maria, em Porto Rico, a operação do sistema de saúde foi duramente afetada, o que deixou a população sem atendimento justamente em um momento de grande necessidade. "Quando houve o Katrina, em Nova Orleans, o sistema de saúde parou de funcionar", lembrou, ressaltando que, após esse tipo de evento, o sistema fica desestruturado por um tempo prolongado.

Disponível em: https://exame.com/negocios/especialistas-alertam-impacto-mudancas-climaticas-saude-2/. Acesso em: 09 de nov. de 2022.

O trecho que apresenta um argumento de autoridade é:

A) “Quando ocorre uma chuva muito forte, com deslizamentos, ou com grandes enchentes, isso tem um impacto para o sistema de saúde” (9o parágrafo).
B) “Uma das respostas é a adoção de práticas ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) que enderecem o "S" também como ‘saúde’” (3o parágrafo).
C) “No caso do Einstein,[...] a atuação junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) permite contribuir com o acesso a atendimento de saúde de qualidade” (6o parágrafo).
D) “... o sistema de saúde é também fortemente afetado pelos eventos climáticos extremos, o que gera ainda mais preocupação entre quem é responsável por cuidar da população” (9o parágrafo).
E) “O cenário evidencia a urgência na mobilização de governos e empresas no combate às severas alterações no clima como uma emergência sanitária” (3o parágrafo).

18- S17.H02 Leia o texto a seguir.

EMERGÊNCIA
(Luiz Fernando Veríssimo)

É fácil identificar o passageiro de primeira viagem.
É o que já entra no avião desconfiado.
O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.
— Bom dia...
— Como assim?
Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta.
Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado.
Tem dificuldades com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo.
Confidência para o passageiro ao lado:
— Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?
Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.
Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.”
O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve.
A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa:
— Obrigado, não bebo.
Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a expressão de “Santa Mãe do Céu!” no rosto.
Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende.
É a última espiada que dará pela janela.
Mas o pior está por vir.
De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada.
Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.
"Senhores passageiros, sua atenção, por favor.
A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho. Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás."
— Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada de
emergência. Olha, no meu é sem emergência.
Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo.
— Isto é apenas rotina, cavalheiro.
— Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai, meu santo.
"No caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus compartimentos."
— Que história é essa?? Que despressurização? Que cabine?
"Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e respire normalmente."
Respirar normalmente?! A cabine despressurizada, máscara de oxigênio caindo sobre nossas cabeças - e ela quer que a gente respire normalmente?!
"Em caso de pouso forçado na água..."
— O que??!!
"...os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...”
— Essa não!! Tudo, menos bancos flutuantes!
— Calma, cavalheiro.
— Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!
— Cavalheiro, por favor. Fique calmo.
— Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por que, está tentando arrancar as minhas mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.
— Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada.
— Só não quero mais ouvir falar em banco flutuante.
— Correto. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.
Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas. Perdeu a cabeça.
— É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do Oceano Atlântico!
A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:
— Calmante, por que?? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!
Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido.
Não quer o almoço.
Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir.
Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando a portinha do compartimento sobre sua cabeça, de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.
De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.
— Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a cidade de...
Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto:
— OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!

Disponível em: https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/. Acesso em: 18/09/2022.

No trecho: “Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.”, a palavra destacada “e” tem o sentido de

A) oposição.. B) explicação. C) adição. D) conclusão. E) alternância.

19- S18.H10 Leia o texto a seguir.

CIRCUITO FECHADO

Chinelo, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoadura, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Mesa e poltrona, cadeira, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, telefone. Bandeja, xícara pequena. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vale, cheques, memorando, bilhetes, telefone, papéis. Relógio, mesa, cavalete, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Taxi. Mesa, toalha, cadeira, copo, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, telefone, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesas, cadeiras, prato, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Poltrona, livro. Televisor, poltrona. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

RAMOS, R. Circuito fechado: In: Contos brasileiros contemporâneos. Org.: Julieta de G. Ladeira. São Paulo: Moderna, 1991.

O texto Circuito Fechado apresenta

A) uma sequência lógica de palavras, organizadas sem elos coesivos que levam o leitor a construir um sentido para o texto.
B) ausência de continuidade, pois se constitui de uma lista de palavras organizadas sem elementos coesivos entre si.
C) uma sequência aleatória de palavras sem relação de sentido entre si, simbolizando o aspecto caótico do cotidiano.
D) ausência de sentido do texto causada pela falta de elementos coesivos entre as partes do texto.
E) uma sequência de substantivos que se repetem indicando a falta de coesão e coerência textuais.

20- S19.H03 Leia o texto a seguir.


Ao usar a palavra destacada no trecho “Quero. Completo, mas suspenda o pepino!”, qual era a intenção de Hagar?

A) A intenção de Hagar era que o outro personagem ficasse com o pepino levantado, o que foi atendido.
B) A intenção de Hagar era que parassem de vender pepino na lanchonete, o que não foi compreendido pelo personagem.
C) A intenção de Hagar era que incluíssem o pepino dentre os ingredientes do hambúrguer, o que não foi compreendido pelo outro personagem.
D) A intenção de Hagar era que tirassem o pepino do hambúrguer, mas o outro personagem não entendeu isso.
E) A intenção de Hagar era barrar a inclusão do pepino como ingrediente do hambúrguer, o que foi atendido pelo outro personagem.

21- S20.H01 Leia o texto a seguir.

EMERGÊNCIA
(Luiz Fernando Veríssimo)

É fácil identificar o passageiro de primeira viagem.
É o que já entra no avião desconfiado.
O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.
— Bom dia...
— Como assim?
Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta.
Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado.
Tem dificuldades com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo.
Confidência para o passageiro ao lado:
— Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?
Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.
Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.”
O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve.
A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa:
— Obrigado, não bebo.
Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a expressão de “Santa Mãe do Céu!” no rosto.
Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende.
É a última espiada que dará pela janela.
Mas o pior está por vir.
De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada.
Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.
"Senhores passageiros, sua atenção, por favor.
A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho. Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás."
— Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada de
emergência. Olha, no meu é sem emergência.
Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo.
— Isto é apenas rotina, cavalheiro.
— Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai, meu santo.
"No caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus compartimentos."
— Que história é essa?? Que despressurização? Que cabine?
"Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e respire normalmente."
Respirar normalmente?! A cabine despressurizada, máscara de oxigênio caindo sobre nossas cabeças - e ela quer que a gente respire normalmente?!
"Em caso de pouso forçado na água..."
— O que??!!
"...os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...”
— Essa não!! Tudo, menos bancos flutuantes!
— Calma, cavalheiro.
— Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!
— Cavalheiro, por favor. Fique calmo.
— Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por que, está tentando arrancar as minhas mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.
— Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada.
— Só não quero mais ouvir falar em banco flutuante.
— Correto. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.
Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas. Perdeu a cabeça.
— É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do Oceano Atlântico!
A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:
— Calmante, por que?? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!
Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido.
Não quer o almoço.
Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir.
Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando a portinha do compartimento sobre sua cabeça, de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.
De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.
— Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a cidade de...
Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto:
— OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!

Disponível em: https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/. Acesso em: 18/09/2022.

As aspas utilizadas no trecho a seguir têm a função de Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.” (12o parágrafo)

A) enfatizar que, apesar do medo, o personagem estava bem.
B) indicar a fala do personagem depois de ter colocado o cinto.
C) ironizar a situação que o personagem estava passando naquele momento..
D) mostrar o nervosismo do personagem quanto ao voo.
E) mencionar a fala do passageiro ao lado do personagem.

22- S20.H09 Leia o texto a seguir.

A música escolhida

Então hoje poderia mostrar para todo mundo o seu talento, a sua voz.
Edineia passaria a infância inteira cantando e adorando música, em casa, nas festas da família, nas reuniões de amigos, nos eventos da escola ‒ e para si mesma. Para si mesma, sempre: enquanto estudava, tomava banho, quando andava pela rua, lendo um livro, às vezes em que tomava o ônibus; quando percebia, o passageiro ao lado a estava olhando, entre surpreso e divertido, elogiando-a pela beleza da voz e da música que ela cantava sem perceber [...]
Quando apareceu o concurso que se anunciava como a maior revelação de novos talentos da música brasileira, ela tremeu e decidiu que ali estava a sua chance.
Escolhida a música, começaram os ensaios dias a fio e noite adentro, sem descanso e sem cansar, abnegação apaixonada que pareceria loucura se não fosse tão bonita. Edineia acordava pensando na música que cantaria, repassava no silêncio do café da manhã os acordes que julgava mais difíceis, domando em palavras toda a melodia e assim ia até quando todas as vozes da casa, com ares de madrugada insone, lhe pedissem para dormir.
Ensaiava no sono, aferrada à chance, e tão logo o dia amanhecesse, começava a cantar ainda na cama. A música foi se amoldando à voz de Edineia, feliz em sua emocionante beleza, pronta a que, no dia certo, todos descobrissem o talento de quem a cantava. Edineia tinha a certeza: o concurso seria a sua porta. E se emocionava com isto.
Ela está ali, agora, em frente ao conjunto, enquanto o apresentador do concurso a anuncia como a próxima concorrente da noite. Quando o homem lhe deseja boa sorte, [...] ela suspira, fecha os olhos, sente um
breve e indizível tremor [...]
Mas quando o conjunto começa a tocar os acordes iniciais da canção, uma névoa de pavor tisna os olhos assustados de Edineia: como é mesmo a primeira frase da letra da música?

SCHNEIDER, Henrique. A música escolhida. Disponível em: <https://bit.ly/2wktaE5>. Acesso em: 7 jan. 2020.

Nesse texto, no trecho “... nos eventos da escola ‒ e para si mesma.” (2o parágrafo), o travessão foi usado para

A) apontar indecisão.
B) apresentar explicação.
C) enfatizar uma informação.
D) introduzir uma crítica.
E) marcar discurso direto.

23- S21.H05 Leia o texto a seguir.


No terceiro quadrinho, a palavra “clac” reproduz o sentido

A) do silêncio do personagem de terno.
B) da disposição do personagem em quebrar o galho.
C) da felicidade do personagem em poder ajudar o seu colega de terno.
D) do som do galho quebrando nas mãos do personagem.
E) da alegria do rapaz em poder dividir o galho com o seu amigo de terno.

24- S22.H04 Leia o texto.


Identificamos ironia no texto quando

A) são usadas palavras características dos caraíbas.
B) os personagens assemelham-se aos indígenas.
C) os personagens demonstram preocupação.
D) os personagens visualizam o desmatamento.
E) a palavra progresso é associada ao desmatamento.

25- S22.H11 Leia o texto a seguir.


O humor do texto acontece em decorrência de

A) ter alguém que acredite em horóscopo.
B) estar presente em um site de comédia.
C) conter imagens icônicas.
D) fazer uma paródia do horóscopo chinês.
E) fazer referência ao período de 21/03 a 20/04.

26- S23.H04 Leia o texto a seguir.


Esse texto usa predominantemente uma linguagem

A) popular. B) formal. C) técnica. D) literária. E) poética.


GABARITO

1- D
2- E
3- E
4- E
5- E
6- A
7- E
8- A
9- C
10- C
11- D
12- B
13- B
14- D
15- A
16- E
17- A
18- C
19- A
20- D
21- B
22- C
23- D
24- E
25- D
26- A

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