sexta-feira, 27 de outubro de 2023

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE PORTUGUÊS 10 - SAEB / SPAECE / ENEM


1- S01.H05 Leia o texto a seguir.

Da praia ao laboratório: como me tornei uma cientista

Desde pequena sempre gostei do mar. Nos finais de semana, nas férias, nos feriados, lá estava eu curtindo uma praia. Tudo no litoral me encantava: a natureza, as paisagens, os animais. Enquanto eu desfrutava das verdes águas mornas da cidade de Maceió, minha terra natal, simultaneamente prestava atenção em todo o ecossistema ao meu redor.
No início da juventude chegou o momento de escolher qual carreira seguir. Não tive dificuldade em entender que o estudo dos seres vivos fazia com que a minha mente e meu coração vibrassem. Decidi fazer Biologia, estudei bastante e ingressei na Universidade Federal de Alagoas.
Sou muito curiosa e sempre gostei de aprender. Além da rotina das aulas na Universidade, eu participei de muitos cursos, seminários e palestras na área. Até que no ano de 1989, um encontro especial mudou o rumo da minha história. Ivan Mota - pesquisador do Instituto Butantan – ministraria em Alagoas um curso sobre Imunologia.
Como estudante, me senti estimulada a saber mais sobre aquele centro de pesquisa que eu conhecia somente pelos livros de Ciências. Eu já sabia que os cientistas de lá estudavam animais peçonhentos e produziam soros para tratar os acidentes que os venenos provocavam. E a Imunologia? Ela eu ainda não conhecia.
O curso era complexo, oferecia aulas o dia inteiro e tinha muitos alunos. Ali tive contato com muitas novidades e fiz grandes descobertas. O professor era um pesquisador competente, entusiasmado e apaixonado.
Fiquei completamente atenta e deslumbrada com a Imunologia. Para a minha surpresa, ao final do curso ele anunciou que faria a seleção de cinco alunos para um estágio no Instituto Butantan. Passei na entrevista, fui escolhida e descobri que o professor – assim como eu - também gostava do mar.
Tive total apoio dos meus pais para realizar o estágio. Sentamos, conversamos e decidimos que eu iria para São Paulo. Eles tinham consciência de que seria uma grande oportunidade e que eu viveria momentos únicos.
Quando cheguei na capital paulista, me surpreendi com o tamanho da cidade. Como ela era diferente de Maceió!
Nunca vou esquecer do primeiro dia, do primeiro olhar, das fortes batidas no coração, ou seja, minha descoberta da cidade. Em contrapartida, o Butantan era um refúgio no meio de São Paulo. Muitas árvores, prédios antigos,
museus, laboratórios, cobras, aranhas, escorpiões, entre outras espécies de animais peçonhentos.
Os pesquisadores me ensinaram muito.
As hipóteses, as perguntas, os experimentos, a vida dinâmica do laboratório e a Imunologia foram conduzindo a trajetória para que eu me tornasse uma cientista. Acabei ficando em São Paulo e terminei o curso de Biologia por aqui. Estudei muito e ingressei em uma pós-graduação na área de Imunologia. Meu objeto de estudo foi um animal peçonhento. Não era cobra, aranha, muito menos escorpião. Minhas origens litorâneas falaram mais alto e decidi estudar um peixe. O animal escolhido para a minha pesquisa foi o Niquim, de nome científico
Thalassophryne nattereri; peixe da região Nordeste que despertou a minha atenção durante um período de férias em Maceió. Um médico dermatologista me contou na ocasião relatos sobre os acidentes que o bicho causava em pescadores e banhistas.
Não havia tratamento e existiam poucos estudos sobre o veneno. Fiquei convencida da importância de estudar a espécie em questão, quando comecei a conversar com os pescadores locais. Eles me disseram: “Ele é um peixe pequeno, de movimentos discretos, não ataca ninguém, mas quando tem seu espaço invadido, solta um veneno capaz de aleijar".
O aquário no laboratório cresceu e outros peixes peçonhentos chegaram: bagres, arraias, peixe-escorpião e espécies que habitam as nossas águas e causam acidentes.
Mulher e cientista 
Esta é a minha história como mulher e cientista. Estudei, ingressei na pós-graduação e, no ano de 2000, concluí o doutorado pelo Departamento de Imunologia da Universidade de São Paulo. Sou doutora, pós-doutora, pesquisadora do Instituto Butantan e atualmente diretora do Laboratório Especial de Toxicologia.
E por tudo isso posso dizer, Sou Feliz, Sou Cientista.

Disponível em: https://www.batepapocomnetuno.com/post/da-praia-ao-laborat%C3%B3rio-como-me-tornei-uma-cientista. Acesso em: 27 de dez. de 2021.(ADAPTADO)

Qual foi o objeto de estudo da pesquisadora?

A) Imunologia.
B) Ecossistemas.
C) Peixe Niquim.
D) Cobra, aranha, escorpião.
E) Butantan.

2- S01.H07 Leia o texto abaixo.

POSSO RETIRAR O PEN DRIVE SEM CLICAR EM “REMOVER HARDWARE COM SEGURANÇA?”
GUILHERME PAROLIN, Carlos Barbosa, RS

Tecnicamente, a gente até poderia dizer “sim, mas fique atento em alguns casos”. Mas, como suspeito que você esteja atrás de uma desculpa para sair removendo pen drives como se não houvesse amanhã, a resposta oficial é “não”. Se você retirar o drive enquanto o computador estiver acessando arquivos nele, os riscos são grandes de perder o que está sendo acessado ou, no pior dos casos, de acabar tendo que formatar o drive e perder tudo que tem lá dentro. Por isso, Guilherme, para citar um poeta do seu estado, você precisa remover o hardware com segurança, senão você dança.

Disponível em: http://super.abril.com.br/cultura/pode-tirar-pen-drive-seguranca-619472.shtml

Pela leitura do texto, remover pen drives sem segurança

A) significa perda total dos dados existentes.
B) apresenta poucos riscos ao equipamento.
C) é possível, pois não gera danos aos arquivos.
D) pode ser perigoso aos dados do equipamento.
E) equivale a executar a sua formatação.

3- S02.H03 Leia o texto a seguir

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
– Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!
– Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno. Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha. A cigarra então aconselhou:
– Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar! A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
– Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio. A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:
– Hum!! O inverno ainda está longe, querida! Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer.
Desesperada, foi bater na casa da formiga. Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa. Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: – No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós. Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

Disponível em: https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/turma_da_monica/monica_vacina.pdf. Acesso em: 06 de jan. de 2022.

Assinale a alternativa que apresenta a moral que sintetiza o sentido estabelecido pela fábula em estudo:

A) “o trabalho tem um grande valor e importância”.
B) “Nunca desconfie de ninguém, porque você pode se arrepender”.
C) "A pressa é inimiga da perfeição".
D) “A vingança não vale a pena”.
E) “O mal se paga com o bem”.

4- S02.H10 Leia o texto abaixo.

Pedreiro aposentado constrói casa de cabeça para baixo no ES

Um pedreiro aposentado construiu uma casa de cabeça para baixo, em São Mateus, no Norte do Espírito Santo. A construção, que tem quartos, banheiro e cozinha, tem chamado a atenção dos moradores da cidade.
Por dentro, a casa parece normal, com todos os cômodos de uma construção tradicional. Mas, do lado de fora, tudo é invertido para parecer que a casa está de ponta cabeça.
O telhado fica na parte de baixo, encostado no gramado. A chaminé e até a caixa d’água também se apoiam no chão, para dar sustentação à construção.
As janelas e as portas foram colocadas no alto da casa, também na posição invertida. E como a porta é apenas um “enfeite”, sem serventia, a entrada da casa fica na parte de trás.
O autor da ideia é o pedreiro aposentado Valdivino Miguel da Silva, que levantou a casa. “Trabalhei muito tempo com obras em Colatina [Noroeste do Espírito Santo] e depois que me aposentei resolvi fazer uma coisa diferente. E decidi fazer uma casa de cabeça para baixo”, contou.
Quando estava ainda no papel, a ideia não agradou a esposa de Valdivino. “Falei para ele que ele era louco.
Mas quando ele encasqueta de fazer uma coisa, ele vai e faz”, brincou a dona de casa Elisabete Clemente. [...]

Disponível em: <http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2017/01/pedreiro-aposentado-constroi-casa-de-cabeca-para-baixo-no-es.html>. Acesso em: 23 jan. 2017. Fragmento. (P100151H6_SUP)

Nesse texto, Valdivino demonstra ser

A) ágil. B) criativo. C) desconfiado. D) distraído. E) exigente.

5- S03.H07 Leia o texto a seguir.

As roupas e o tipo

Muito se tem dito a respeito das roupas. “O hábito faz o monge” é um provérbio muito antigo e bastante verdadeiro.
No entanto, há muitas mulheres que, por uma razão ou outra, procuram se vestir em completa oposição a seu tipo físico e personalidade. Trata-se, ao que tudo indica, de um caso de conflito entre a verdadeira personalidade e a que desejaria possuir. Exemplifiquemos. Uma jovem muito tímida deseja aparecer, anseia por ser admirada e ocupar um lugar de destaque na admiração de todos. Essa jovem, um tipo delicado, fino, procura quebrar a harmonia de sua silhueta usando um vestido ousado, de cor e modelo contrastantes com seu tipo suave e delicado.
Com essa preferência, está demonstrando insatisfação consigo mesma, não por possuir um tipo ingênua, mas porque não consegue chamar a atenção masculina.
Ela precisará mudar, sim, mas não as roupas, mas o seu eu, seu procedimento, seu modo de sentir as coisas.
Precisará, primeiro, adquirir confiança em si própria, cultivar o otimismo e abafar a vaidade e o espírito de prepotência que a domina...Esta jovem precisará compreender que, sendo natural e de acordo com sua própria natureza, agradará mais do que copiando gestos e atitudes de outras.

Lispector, Clarice. Correio para Mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

O uso do provérbio “O hábito faz o monge” (1o parágrafo) significa que as roupas

A) mostram a personalidade de quem as usa.
B) agradam mais que suas atitudes.
C) devem demonstrar a insatisfação de quem as usa.
D) mostram um conflito de personalidade.
E) não se relacionam à sua personalidade.

6- S04.H05 Leia o texto a seguir.


A sequência das ações na tirinha indica que

A) Cebolinha conseguiu levantar o peso depois do seu esforço.
B) Cascão está treinando Cebolinha no levantamento de peso .
C) Cebolinha queria ser fotografado levantando um peso.
D) Cascão e Cebolinha ficaram decepcionados por não conseguirem levantar o peso.
E) Cascão e Cebolinha estão querendo ver o mundo de cabeça para baixo.

7- S05.H03 Leia o texto a seguir.


O tema principal abordado no texto está relacionado

A) às impressões da autora quanto a viagem à Turquia.
B) às informações históricas sobre as cidades da Turquia.
C) aos motivos que levaram a autora à Turquia.
D) às informações sobre o tempo e o clima na Turquia.
E) às compras feitas pela autora na cidade de Istambul.

8- S06.H06 Leia o texto a seguir.


O trecho do texto que expressa uma opinião é

A) "Reciclar é fácil.".
B) "Deixe o saco com recicláveis aberto.".
C) "A Saev Ambiental faz coleta seletiva.".
D) "Você faz sua parte e ajuda a Saev.".
E) "acesse o calendário.".

9- S07.H06 O trecho do texto que expressa uma opinião é


A presença de emojis no cartaz traz uma informação:

A) principal, pois o texto fala das maneiras de se cumprimentar nas redes sociais.
B) secundária, pois a ideia principal do texto fala sobre os avanços das redes sociais.
C) principal, pois o texto fala que só devemos nos cumprimentar por meio de emojis a partir de agora.
D) secundária, pois os emojis servem como reforço para a proposta de distanciamento social.
E) secundária, pois o emoji representa o vírus circulando no momento do cumprimento.

10- S09.H07 Leia o texto a seguir.


O texto lido geralmente circula em espaços

A) cientificos. B) religiosos. C) midiático. D) jurídicos. E) médicos.

11- S10.H06 Leia o texto a seguir.


A finalidade desse texto é

A) celebrar o dia da Consciência Negra.
B) discutir o problema da interracialidade no Brasil.
C) denunciar o preconceito que negros sofrem no Brasil.
D) criticar as desigualdades entre negros e brancos no Brasil.
E) promover atividades de inserção do negro na política brasileira.

12- S11.H04 Leia o texto a seguir.

Fortaleza da minha infância (Tom Barros)

Uma cidade de paz. De muita paz. De Nossa Senhora da Assunção. De cadeiras nas calçadas, à noite, nas boas conversas de vizinhos solidários e amigos. Fortaleza pacata e bela. De gente receptiva e hospitaleira.
Década de 1950. Eu tinha uns seis anos de idade. Não havia aqui emissoras de televisão. O rádio dominava com suas novelas e programas de auditório. O comércio fechava ao meio-dia e reabria às 14 horas. Sinal de respeito ao horário do almoço, sagrado momento do encontro em família.
Aos domingos missa na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Depois, passeio no Parque da Criança, onde funcionava um jardim zoológico. Assustei-me diante das jaulas onde estavam onças, leões, cobras e outros animais selvagens.
Nunca esqueci o instante em que pela primeira vez estive na Praça do Ferreira, ainda na época do Abrigo Central e da Coluna da Hora, a original. Ali pude acompanhar uma exposição da Semana da Asa. Fiquei muito emocionado quando me sentaram no cockpit de um avião T-6 da FAB. Creio que naquele instante nasceu o sonho de voar, concretizado anos depois.
Em 1958, acontecimento marcante foi a inauguração do Cine São Luiz. Para ter acesso era obrigatório o uso de paletó. Tudo elegante. Chique. Um desfile de roupas de luxo. Assisti ao segundo filme lá exibido: Marcelino Pão e Vinho, com Pablito Calvo. Famosas as matinês dos domingos. O cine ficava superlotado.
O PV, pequenininho, tinha arquibancadas e cabines de madeira. Mas, na minha avaliação infantil, um estádio gigante. As torcidas adversárias entravam juntas e saiam juntas, sem uma briga sequer.
O corso carnavalesco na Rua Senador Pompeu animava com o bloco dos sujos. Fervor cívico acontecia na parada militar de Sete de Setembro na Avenida Duque de Caxias.
A encantadora Praia de Iracema, já com a Igrejinha de São Pedro, não tinha arranha-céus. Defronte ao mar, casas bonitas, mas simples. Algumas permanecem intactas até hoje, resistindo ao avanço do "progresso". Os banhos eram saudáveis, sem poluição. Tempos inesquecíveis de uma cidade sem violência, sem drogas, sem gangues. Violões em serenata podiam avançar nas madrugadas, sem risco de assaltos ou qualquer outro tipo de ameaça.
Da cidade de Fortaleza, cenário da minha infância, guardo as melhores recordações. Vida em liberdade plena, sem necessidade de grades nas portas e nas janelas, sem alarmes, sem câmeras de vigilância. Cidade mais humana e fraterna, sem tiroteios ou balas perdidas. Cidade de paz. De muita paz. De Nossa Senhora da Assunção.

Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/cronica-fortaleza-da-minha-infancia-1.2998504. Acesso em 27 de dez. 2021.

O trecho que apresenta tempo psicológico é

A) “Algumas permanecem intactas até hoje, resistindo ao avanço do ‘progresso’. Os banhos eram saudáveis, sem poluição.” (8o parágrafo)
B) “Década de 1950. Eu tinha uns seis anos de idade. Não havia aqui emissoras de televisão.” (2o parágrafo)
C) “O comércio fechava ao meio-dia e reabria às 14 horas.Sinal de respeito ao horário do almoço, sagrado momento do encontro em família.” (2o parágrafo)
D) “Nunca esqueci o instante em que pela primeira vez estive na Praça do Ferreira, ainda na época do Abrigo Central e da Coluna da Hora, a original." (4o parágrafo)
E) “Em 1958, acontecimento marcante foi a inauguração do Cine São Luiz. Para ter acesso era obrigatório o uso de paletó.” (5o parágrafo)

13- S12.H02 Leia o texto a seguir.

Texto 1

Eu sou daquelas pessoas que não aguentam cenas de violência e suspense em filmes, principalmente se elas estão dentro de uma trama cujas cores e trilha sonora colaboram para a dramaticidade. Enquanto as narrativas escritas têm o poder de me preparar para todo o tipo de suspense e violência, a imagem me causa paradas cardíacas e respiratórias, às quais não faço muita questão de me submeter. Por isso, sou fã número 1 de spoilers. Depois de saber tudo o que aconteceu no episódio, inclusive as diferentes versões sobre a insatisfação do espectador, eu vou à fonte para ter as minhas próprias impressões. Afinal, agradar a todos é tarefa quase impossível.

Disponível em: https://jornal.usp.br/artigos/narrativas-da-memoria/. Acesso em: 25 Abr. 2020. (Adaptado)

Texto 2

Nós vivemos em uma época fantástica, apesar de alguns efeitos colaterais de toda a conectividade, como a alta probabilidade de alguém te contar o final da sua série preferida. E não sei você, mas esse problema dos spoilers é uma das poucas coisas no mundo que tem o poder de realmente me irritar.
E comecei a ficar assustado, percebendo que não existiria nada que eu pudesse fazer para mudar o fenômeno dos spoilers nas redes sociais. Eu poderia evitar o Facebook, mas eu estaria me privando da minha liberdade. Poderia dar unfollow em todos que me desse spoilers, mas não queria viver em uma bolha. Iria acabar bloqueando pessoas que poderiam me trazer outros conteúdos interessantes. Ou poderíamos todos escrever um tratado ético sobre spoilers em redes sociais e obrigar todos a assinarem, sob o risco de serem banidos.
Mas o ponto de virada foi quando as próprias páginas oficiais de séries começaram a postar spoilers. Desde então, ninguém mais está a salvo.

Disponível em: http://farofageek.com.br/series/lidando-com-spoilers-um-exercicio-de-evolucao-pessoal/. Acesso em: 25 Abr. 2020.

Os textos I e II são diferentes pois
A) o texto I mostra a importância de spoilers para pessoas que têm ansiedade e o texto II complementa essa informação mostrando outros benefícios dos spoilers.
B) o texto I apresenta uma posição contrária à divulgação de spoilers enquanto que o II apresenta uma posição neutra sobre spoilers
C) o texto I mostra que o telespectador gosta de spoilers e o texto II completa essa ideia mostrando que é por isso que a divulgação de spoilers propaga-se.
D) o texto I mostra que spoillers originam-se nas redes sociais e o texto II completa esse texto destacando que ninguém está a salvo deles.
E) o texto I apresenta um ponto de vista de um telespectador que ama spoilers e o texto II apresenta a perspectiva de alguém que se sente irritado com spoilers.

14- S13.H04 Analise a imagem a seguir

Texto 1

Cientistas demonstram como um livro pode mudar sua vida para sempre

Boa parte das pessoas pode citar algum livro tão importante a ponto de mudar sua vida. Até hoje, acreditava-se que isso se devia ao impacto das ideias ou mensagens absorvidas. Um estudo organizado pela Emory University, em Atlanta, parece trazer uma explicação mais científica para isso.
O objetivo do experimento foi entender como uma narrativa é consolidada em nosso cérebro, e que efeitos ela causa ali. Para isso, 21 estudantes foram convidados a ler o romance Pompéia, de Robert Harris (que conta a história da erupção do vulcão Vesúvio no primeiro século depois de Cristo), capítulo por capítulo, durante 19 dias.
Claro que alguns não cumpriram o prometido, mas isso também já fazia parte do planejamento, para que os dois diferentes grupos pudessem ser comparados.
Um dos resultados foi relativamente óbvio. Boas histórias contadas do jeito certo fazem o leitor se colocar no lugar dos personagens. O que surpreendeu os pesquisadores foi a maneira fisiológica como isso ocorre. A chamada "memória muscular" associada às sensações físicas e sistemas de movimento foi criada no lobo temporal como se os eventos tivessem acontecido de verdade - e experiências verdadeiras sabiamente podem influenciar nosso comportamento durante toda a vida.
Os cientistas comprovaram que as mudanças causadas no cérebro não se limitaram ao período de leitura; elas puderam ser observadas pelo menos cinco dias após os estudantes terem terminado o livro.

Disponível em: https://gq.globo.com/Corpo/Saude/noticia/2014/01/cientistas-demonstram-como-um-livro-pode-mudar-sua-vida-para-sempre.html.
Acesso em: 29 de dez. de 2021.

Texto 2

O primeiro livro de cada uma das minhas vidas (Clarice Lispector)

Perguntaram-me uma vez qual foi o primeiro livro da minha vida. Prefiro falar do primeiro livro de cada uma das minhas vidas. Busco na memória e tenho a sensação quase física nas mãos ao segurar aquela preciosidade: um livro fininho que contava a história do patinho feio e da lâmpada de Aladim. Eu lia e relia as duas histórias, criança não tem disso de só ler uma vez; criança quase aprende de cor e, mesmo quase sabendo de cor, relê com muito da excitação da primeira vez. A história do patinho que era feio no meio dos outros bonitos, mas quando cresceu revelou o mistério: ele não era pato e sim um belo cisne. Essa história me fez meditar muito, e identifiquei-me com o sofrimento do patinho feio – quem sabe se eu era um cisne?
Quanto a Aladim, soltava minha imaginação para as lonjuras do impossível a que eu era crédula: o impossível naquela época estava ao meu alcance. A ideia do gênio que dizia: pede a mim o que quiseres, sou teu servo – isso me fazia cair em devaneio. Quieta no meu canto, eu pensava se um dia um gênio me diria: “Pede a mim o que quiseres?”. Mas, desde então, revelava-se que sou daqueles que têm que usar os próprios recursos para ter o que querem, quando conseguem.
Tive várias vidas. Em outra de minhas vidas, o meu livro sagrado foi emprestado porque era muito caro: Reinações de Narizinho. Já contei o sacrifício de humilhações e perseveranças pelo qual passei, pois, já pronta para ler Monteiro Lobato, o livro grosso pertencia a uma menina cujo pai tinha uma livraria. A menina gorda e muito sardenta se vingara tornando-se sádica e, ao descobrir o que valeria para mim aquele livro, fez um jogo de “amanhã venha em casa que eu te empresto”. Quando eu ia, com o coração literalmente batendo de alegria, ela me dizia: “hoje não posso emprestar, venha amanhã”. Depois de cerca de um mês de venha amanhã, o que eu, embora altiva que era, recebia com humildade para que a menina não me cortasse de vez a esperança, a mãe daquele monstrinho de minha vida notou o que se passava e, um pouco horrorizada com a própria filha, deu-lhe ordens para que naquele mesmo momento me fosse emprestado o livro. Não o li de uma vez, li aos poucos, algumas páginas de cada vez para não gastar. Acho que foi o livro que me deu mais alegria naquela vida.
Em outra vida que tive, eu era sócia de uma biblioteca popular de aluguel. Sem guia, escolhia os livros pelo título. E eis que escolhi um dia um livro chamado O lobo da estepe, de Herman Hesse. O título me agradou, pensei tratar-se de um livro de aventuras tipo Jack London. O livro, que li cada vez mais deslumbrada, era de aventuras, mas de outras aventuras. E eu, que já escrevia pequenos contos, dos 13 aos 14 anos fui germinada por Herman Hesse e comecei a escrever um longo conto imitando-o: a viagem interior me fascinava. Eu havia entrado em contato com a grande literatura.
Em outra vida que tive, aos 15 anos, com o primeiro dinheiro ganho por trabalho meu, entrei, altiva porque tinha dinheiro, numa livraria, que me pareceu o mundo onde eu gostaria de morar. Folheei quase todos os livros dos balcões, lia algumas linhas e passava para outro. E, de repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! E, contendo um estremecimento de profunda emoção, comprei-o. Só depois vim a saber que a autora não era anônima, sendo, ao contrário, considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield.

LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992. Disponível em: http://ftp-acd.puc-campinas.edu.br/pub/professores/cchsa/lucianeoliveira/PraticaFormacao/TextoClariceLispector.pdf.

O texto I e texto II
A) indicam livros que todo leitor precisa ler.
B) narram a experiência pessoal de personagens com a leitura.
C) apontam a leitura como sendo importante na vida de alguém.
D) apontam que a leitura pode mudar o cérebro das pessoas.
E) mostram experiências científicas sobre a influência da leitura na vida das pessoas

15- S14.H01 Leia o texto

A Promotoria de Direitos Humanos, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), notificou a prefeitura da capital para que sejam garantidas 8 mil vagas de abrigo à população de rua. Para isso, seriam usados hotéis com capacidade ociosa e escolas públicas. O executivo municipal lançou edital que previa vagas para 500 pessoas acima de 60 anos. Atualmente, 25 mil pessoas vivem nas ruas da cidade, de acordo com pesquisa da prefeitura.
Na notificação, o MP determina que as medidas sejam tomadas antes de um eventual decreto para isolamento rígido. O documento afirma que “Não será cabível a decretação daquela medida extrema de isolamento social sem que se ofereça a toda e a cada pessoa em situação de rua a possibilidade de acolhimento. Deixar tais pessoas nas ruas, em tal situação, isoladas e sem qualquer assistência, será condená-las à morte – pelo vírus, pela fome ou de
frio.”
A proposta foi construída por diversos grupos de proteção e coletivos. O padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral Povo da Rua, afirma que a iniciativa se deu diante da percepção de que faltam estruturas que garantam isolamento social para essa população. Segundo ele, mais da metade dessas pessoas não está abrigada..

LACERDA, N. População de rua e covid-19: prefeitura de São Paulo é notificada para criar abrigos. Brasil de Fato, 2020. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/05/26/populacao-de-rua-e-covid-19-prefeitura-de-sao-paulo-e-notificada-para-criar-abrigos. Acesso em 27/05/2020 .

Em “Segundo ele, mais da metade dessas pessoas não está abrigada” (3o parágrafo), a palavra destacada se refere a(o)

A) executivo municipal.
B) edital.
C) Ministério Público.
D) padre Julio Lancellotti.
E) grupos de proteção e coletivos.

16- S15.H02 Leia o texto a seguir.


“No Brasil ainda tem preconceito. Ainda tem desigualdade específica dos negros, mas as coisas diminuíram. A possibilidade de inserção aumentou. De certa forma, há até mais cordialidade, compreensão, inter-racialidade e inter-sociabilidade na sociedade brasileira do que em outras. Tem um lado que é superação de problemas, e isso inclui resistência política, luta por cidadania, luta por inclusão e auto-reconhecimento. Por outro lado, há uma outra dimensão, que é de integração, comunhão e regozijo por estarmos em processo de reconhecimento profundo da importancia do negro na vida brasileira.” (Dia da Consciência Negra.)

Disponível em: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/com-post-em-rede-social-gilberto-gil-celebra-dia-da-consciencia-negra-reconhecimento-do-negro-na-vida-brasileira.ghtml. Acesso em: 19 de nov. de 2021.

O trecho que evidencia a tese no texto é

A) “Tem um lado que é a superação de problemas.”
B) “No Brasil ainda tem preconceito.”
C) “...e isso inclui resistência política, luta por cidadania, luta por inclusão e auto-reconhecimento.” .
D) “A possibilidade de inserção aumentou.”
E) “...há uma outra dimensão, que é de integração, comunhão e regozijo.”

17- S16.H03 Leia o texto a seguir.

O aquecimento global é um fenômeno climático que se refere ao aumento da temperatura média da superfície do planeta, produzido pelos gases que se acumulam na atmosfera. Segundo Eustáquio de Sene, Doutor em Geografia Humana pela FFLCH-USP, gases como o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso são os principais responsáveis pelo efeito estufa. Esse fenômeno vem sendo acelerado desde o processo de industrialização, iniciado com a Revolução Industrial. Acredita-se que o desenvolvimento acelerado das sociedades e os gases poluentes lançados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis e as queimadas intensificaram as mudanças climáticas geradas pelo aquecimento global. De acordo com pesquisas, o aumento populacional e a urbanização são agravantes dos problemas já citados. Essas ações trarão consequências, algumas delas irreparáveis, como: o degelo nas calotas polares, a elevação do nível dos oceanos, furacões, ciclones, tornados e o fenômeno El Niño.

Disponível em:http://www.unesc.net/portal/blog/ver/53/38139. Acesso em: 21 de nov. de 2021.

O trecho do texto que apresenta um argumento de autoridade é

A) “O aquecimento global é um fenômeno climático que se refere ao aumento da temperatura.”
B) “Esse fenômeno vem sendo acelerado desde o processo de industrialização, iniciado com a Revolução Industrial.”
C) “Acredita-se que o desenvolvimento acelerado das sociedades e os gases poluentes lançados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis e as queimadas intensificaram as mudanças climáticas geradas pelo aquecimento global.”
D) “Segundo Eustáquio de Sene, Doutor em Geografia Humana pela FFLCH-USP, gases como o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso são os principais responsáveis pelo efeito estufa.”
E) “Essas ações trarão consequências, algumas delas irreparáveis, como: o degelo nas calotas polares, a elevação do nível dos oceanos...".

18- S17.H04 Leia o texto abaixo.

Um chá com o passado

Todos nós temos um tipo de “máquina do tempo”, alguma coisa que nos remete instantaneamente a outra época, com um simples contato, cheiro, imagem, som ou gosto.
Temos, na verdade, várias dessas máquinas, uma para cada momento da vida e cada uma tem sua própria intensidade, seu próprio espaço na linha do tempo.
Hoje estou usando uma das minhas mais fortes: o chá-mate que minha avó preparava. Minha avó costumava fazer um chá delicioso, com erva-mate, cravo e canela. Ele, normalmente, era preparado em dias frios, dias de chuva no sítio, quando não podíamos fazer nada além de jogar cartas sentindo o seu cheirinho e o gosto quente ao descer pela garganta. Eu podia beber litros! Adorava! Era um cheiro de aconchego, um gosto de carinho de vó, temperado
com risadas e palavras doces, no ambiente mágico da minha infância.
Apesar de esse não ser exatamente igual – jamais será, sem o toquinho mágico de suas mãos – ao degustar o meu chá-mate, as lembranças se tornam vivas e quase que ouço as risadas da minha avó bem-humorada ao fundo, sempre falando algo engraçado ou rindo do que fazíamos. Quase posso sentir o chão gelado, de lajota[...]; o barulho da chuva, o barulho da casa.[...] Transporto-me, misturando o gosto do chá com todas as outras sensações: todos
os cheiros, ruídos, imagens e sentimentos. Funciona. E como!
Contudo, essa “máquina do tempo” deve ser usada com moderação, mais raramente, para não perder seu gosto de passado, trazendo-a como parte do meu presente. [...]
O chá traz alguns sintomas, além do efeito costumeiro da cafeína, que já nem é tão perceptível no meu caso, tão acostumada com ela: traz um leve aperto no coração, [...] traz saudade. E por que se utilizar de uma máquina que me traz esses sentimentos?
Engana-se quem pensa que eu fujo da saudade. Eu convivo com ela! Faz parte do meu dia a dia, sempre longe de alguém que amo, sempre longe de uma das minhas pátrias, onde quer que eu esteja. Eu brinco com a saudade, deixo que ela me leve pra onde quiser e depois agradeço por me deixar sempre tão claro tudo o que amo. [...]

SZABADKAI, Carol. Disponível em: <https://goo.gl/k9BN1t>. Acesso em: 13 fev. 2017. Fragmento.

No trecho “Contudo, ‘essa máquina do tempo’ deve ser usada com moderação,...” (parágrafo 5o), a palavra destacada apresenta ideia de

A) adição. B) conclusão. C) consequência. D) modo. E) oposição.

19- S17.H05 Leia o texto a seguir.

Eternos é o novo filme da Marvel e, apesar da ansiedade dos fãs pelo surgimento de uma nova era de heróis, foi a produção que teve a nota mais baixa até o momento. O filme pode não ter tido o sucesso esperado, entretanto não é nem um pouco o pior filme do estúdio. A maioria das críticas citam a falta da fórmula Marvel e acusam a produção de ter um ritmo muito aquém do desejado. Mas, como marvete de carteirinha, venho aqui rebater tudo isso. Sendo bem sincera, percebi que o fato de ter um elenco com tanta representatividade, Marvel chocou mais do que se esperava, pois ao lermos as críticas em sites especializados, percebemos que foram esses os fatos que fizeram o filme ter uma aceitação tão baixa. Na minha opinião, Eternos tem a fórmula Marvel sim! É extremamente engraçado nos momentos certos, as lutas são bem coreografadas e o efeito visual das cenas é lindo.

Disponível em: https://hospicionerd.com.br/eternos-e-sim-um-epico-da-marvel-resenha-com-spoiler. Acesso em: 24 de nov. de 2021.(ADAPTADO).

Identifique a relação discursiva que a conjunção MAS, em destaque no texto, produz entre o início do texto e o trecho “...como marvete de carteirinha, venho aqui rebater tudo isso.” :

A) exclusão.. B) oposição. C) explicação. D) causalidade. E) tempo.

20- S18.H03 Leia o texto a seguir.

A IMPORTÂNCIA DA INTERRUPÇÃO

Agenda apertada. Compromissos diários. Acorda cedo, vai pra escola. Almoça correndo, vai pro inglês. Sai do inglês, natação. Volta pra casa, lição. Assiste televisão, fica no celular. Janta. Sono. Vê a mãe e o pai chegarem, olhos se fecham e, quando abrem, já é um adulto. Que não para, igual a essa criança. Essa é a rotina de muitas crianças. As atividades mudam, mas a carga de atividades é quase a mesma. Adulto tem medo de interrupção. De pausa, de silêncio! Nem nas férias consegue silenciar. Sempre algum passeio, sempre programação cheia. Mas, vejam, o silêncio é a possibilidade de nos conectarmos com o que não conhecemos, com o que está dentro das nossas mentes, dos nossos corações. A interrupção nos faz mais inteligentes e sensíveis. Sim! O que aprendemos é elaborado, acomodado e se transforma em conhecimento, em sabedoria. Criança precisa de tempo só. Precisa fazer nada para inventar a sua vida! Ser autora de seus pensamentos. Quer que sua criança cresça saudável e inteligente? Quer que encontre alguma felicidade no viver? Deixe-a ser o que pode ser nos tempos livres que nós, adultos, lhes oferecemos!

Disponível em: https://en-gb.facebook.com/pg/coretoeducacao/posts/. Acesso em: 15 de dez. de 2021.

O trecho “Agenda apertada. Compromissos diários. Acorda cedo, vai pra escola. Almoça correndo, vai pro inglês” indica a

A) necessidade das crianças aprenderem uma língua estrangeira.
B) importância da interrupção para as crianças.
C) necessidade de acompanhamento das crianças pelos seus responsáveis.
D) sequência de atividades na vida das crianças.
E) rotina intensa das pessoas adultas.

21- S19.H03 Leia o texto a seguir


O autor do texto usa a palavra “criação” para

A) dizer que mulheres sabem criar objetos no mundo.
B) dizer que mães são muito criativas em achar soluções para os seus filhos..
C) mostrar que mulheres sabem melhor criar filhos do que homens.
D) apontar que mulheres são mais criativas que os homens.
E) homenagear as mães por serem especialistas na criação de seus filhos e em criar ideias.

22- S20.H03 Leia o texto a seguir.

A ORIGEM DO POVO CIGANO

Uma antiga lenda fala de um povo que habitava o subterrâneo de uma ilha fantasma, perdida no meio do Oceano Atlântico. Essa ilha era permanentemente encoberta por denso nevoeiro, e somente um dia, a cada sete anos, tornava-se visível. Os habitantes desse lugar viviam às escuras, o que os tornava um povo privado de luz, do contato com diversos elementos da Natureza e, sobretudo, da liberdade.
Os dias naquele lugar passavam sem que a população experimentasse qualquer fato novo, qualquer emoção, qualquer mudança numa entediante rotina. Predominavam a mesmice e a resignação.
E foi assim que um rapaz, quando perambulava pelo lugar, avistou uma claridade em um canto e resolveu segui-la.
Ele viu uma estreita passagem. Curioso, decidiu seguir em frente. Arrastou-se pela fenda, caminhou, escalou, saltou, até que se viu na superfície nunca antes pisada.
A emoção que aquele homem sentiu, naquele momento, era indescritível. Imagine uma vida inteira transformada de um instante para outro. Viu a claridade jamais experimentada. Surpreendeu-se com as árvores imensas e os arbustos, e os pássaros, e o boi, e as borboletas, e o ribeirão, e as nuvens. Ficou em pânico quando o sol desapareceu e a noite surgiu. E, com ela, uma misteriosa bola branca e arredondada. Ficou encantado com aquele
manto bordado de muitos pontos luminosos, uns mais fortes, outros mais fracos. Caminhou, caminhou, até que, exausto, adormeceu.
Acordou com a claridade, e viu-se cercado de gente curiosa, mas amistosa.
Contou a sua história e ouviu a deles. Comeram, cantaram e dançaram em torno da fogueira, quando o céu novamente enegreceu.
Passada uma semana, a saudade de seu povo apertou. Ele prometeu voltar, embrenhou-se pelo mesmo caminho e retornou à profundeza.
De volta, foi recebido com festa, mas também com recriminação. Seu lugar era aquele e qualquer outro era proibido, devendo ser esquecido como um sonho mau.
Mas o rapaz falou:
- Como a claridade, o céu azul, as nuvens, as estrelas, o horizonte podem ser maus?
Ele teve vontade de ter aquilo tudo como um direito e não como uma aventura proibida.
Logo, não apenas ele, como todos aqueles aos quais relatou sua maravilhosa experiência, foram tomados por uma onda de inconformismo e de curiosidade.
Queriam a luz, o sol, o verde, a liberdade.
Queriam a vida. E por ela foram até a divindade. Generosa e compreensiva, a divindade atendeu ao pedido daquela gente essencialmente boa e disse:
- Vocês estão livres para viver na superfície, mas existem condições: vocês não terão uma terra sua para que possam conhecer todas as terras. Serão errantes e terão carroças como casas. Terão, assim, uma vida de magia, alegria e encantamento. E serão filhos do vento, do sol, da lua e das estrelas.
E assim foi feito e surgiu o povo cigano.

ADAPTAÇÃO DE AUGUSTO PESSÔA
Disponível em< https://www.augustopessoa.com/cpntos-ciganos>

Em “‒ Como a claridade, o céu azul, as nuvens, as estrelas, o horizonte podem ser maus? ” o travessão foi usado para

A) explicar a fala do personagem.
B) introduzir uma informação complementar.
C) dar realce a uma informação do texto.
D) marcar a fala do personagem.
E) intercalar as ideias entre claridade, nuvens e céu azul.

23- Leia o texto a seguir.

O senhor Francisco, fugindo da seca no Ceará, se aboletou num pau-de-arara, e aterrissou no Rio de Janeiro, depois de 4 dias de viagem. Com aquela cara de fugitivo de guerra e retirante esfaimado, sem um tusta nos bolsos, entrou em um restaurante e assentou-se numa mesa bem escondida num canto.
O garçom olhou pra ele meio desconfiado e ia passando de largo, quando o cearense falou:
- Faça favor!
- O que deseja?
- Fineza fazer frango frito
- Com quê?
- Feijão, farinha, farofa
O garçom já meio desconfiado que fosse gozação:
- E se não tiver?
- Filé ou fígado.
(...) Aí foi levar o cafezinho, colocou-o sobre a mesa, e enquanto o cearense bebia, pensou consigo: “Agora eu pego ele”, e o perguntou:
- Como estava o café?
- Fraco e frio.
- Como o senhor gosta.
- Forte e fervendo.
O garçom já começou a simpatizar com o seu Chico. (...)
- Qual o seu nome?
- Francisco Fernandes Ferreira Fagundes Filho.
- Qual a sua profissão?
- Fui ferreiro.
- Deixou a profissão? Por quê?
- Faltou ferro.
- O que o senhor fazia:
- Fabricava facas, foices, facões, fechaduras, ferraduras, ferramentas.
- O garçom, impressionado, mas querendo fazer um último teste, falou:
- Se o senhor falar mas 4 palavras com efe (F), não paga a conta, fica de graça.
- Foi formidável. Ficando fiado fico freguês. (...)

Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/humor/1540459. Acesso em: 30 mai. 2020.

A repetição da letra F na narrativa é utilizada com o objetivo de

A) demonstrar a irritação do garçom com o freguês.
B) mostrar a baixa escolaridade do senhor Francisco.
C) reproduzir a afetividade do garçom com o freguês.
D) produzir um efeito humorístico na fala do senhor Francisco.
E) indicar que é incorreto escrever um texto cujas palavras se iniciam com a mesma letra.

24- S22.H04 Leia o texto a seguir.

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos covardes
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Vamos celebrar o horror de tudo isto
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou essa canção

Venha!

Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!

O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha que o que vem é perfeição

Disponível em:https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/46967/. Acesso em: 23 de nov. de 2021.

A ironia nessa canção deve-se ao fato do eu-lírico

A) ter esperança.
B) criticar a justiça.
C) celebrar coisas negativas.
D) criticar quem cantou a canção.
E) relacionar verdade com liberdade.

25- S22.H09 Leia o texto abaixo.


O que causa humor nesse texto?

A) O número de pratos na mesa.
B) O sono da menina após o almoço.
C) O tempo de duração do almoço.
D) O uso da expressão “chomp!”.
E) O uso da palavra “engraçado!”.

26- Leia o texto a seguir.


No trecho “Só falta uma resposta pro meu trabalho escolar!”, a palavra destacada evidencia o uso da linguagem

A) formal. B) coloquial. C) escolar. D) científica. E) técnica.


GABARITO

1- C
2- D
3- A
4- B
5- A
6- C
7- A
8- A
9- D
10- C
11- A
12- D
13- E
14- C
15- D
16- B
17- D
18- E
19- B
20- D
21- E
22- D
23- D
24- C
25- C
26- B

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