domingo, 5 de outubro de 2025

Atividade 43 de Geografia - 9ª série - Anos Finais - Conflito árabe israelense

ATIVIDADE 43

Objeto de Aprendizagem: Conflito árabe-israelense.

Competências da BNCC: EF09GE01 / EF09GE02 / EF09GE03 / EF09GE04 / EF09GE05 / EF09GE06 / EF09GE07 / EF09GE08 / EF09GE09 / EF09GE10

 

Leia o texto e responda as questões abaixo. 

CONFLITO: ISRAEL X PALESTINA

O conflito entre árabes e israelenses é um dos mais duradouros e complexos da história contemporânea, com raízes profundas que remontam ao final do século XIX. O movimento sionista, fundado oficialmente em 1896 pelo jornalista húngaro Theodor Herzl, surgiu como uma resposta ao crescente antissemitismo na Europa. Seu objetivo era estabelecer um Estado judeu na região da Palestina, considerada por muitos judeus como a Terra Prometida. Na época, a Palestina era habitada majoritariamente por árabes muçulmanos, o que gerou tensões desde os primeiros núcleos de colonização judaica apoiados por potências europeias, especialmente o Reino Unido, após a Declaração de Balfour em 1917.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, que exterminou cerca de seis milhões de judeus, a pressão internacional pela criação de um Estado judeu se intensificou. Em 1947, a ONU propôs a divisão da Palestina em dois Estados: um judeu e outro árabe, com Jerusalém sob administração internacional. A proposta foi aceita pelos líderes judeus, mas rejeitada pelos países árabes. Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, o que desencadeou a primeira guerra árabe-israelense. Desde então, ocorreram diversos conflitos armados, como a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973), além de inúmeros embates diplomáticos e episódios de violência entre israelenses e palestinos.

A criação de Israel resultou na expulsão de centenas de milhares de palestinos de suas terras, episódio conhecido como Nakba, ou "catástrofe", pelos árabes. A partir desse momento, a luta palestina por um Estado próprio se intensificou, com a formação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e, posteriormente, de grupos como o Hamas. A Cisjordânia e a Faixa de Gaza tornaram-se os principais territórios reivindicados pelos palestinos, embora estejam sob diferentes formas de controle israelense. A construção de assentamentos israelenses em áreas palestinas, considerada ilegal pela ONU, agravou ainda mais o conflito, dificultando negociações de paz e gerando tensões constantes.

Atualmente, o conflito entre Israel e Palestina continua sem solução definitiva. Em 2023, segundo dados da ONU, mais de 5,9 milhões de palestinos viviam como refugiados, enquanto a Faixa de Gaza enfrentava uma grave crise humanitária, com bloqueios, escassez de recursos e infraestrutura precária. A escalada de violência entre o exército israelense e grupos armados palestinos, como o Hamas e a Jihad Islâmica, resultou em centenas de mortes civis nos últimos anos. Em outubro de 2023, uma nova onda de ataques foi registrada, com bombardeios intensos em Gaza e represálias contra cidades israelenses, reacendendo o debate internacional sobre a necessidade de uma solução negociada.

Apesar de diversos acordos de paz tentados ao longo das décadas, como os de Oslo (1993) e Camp David (2000), o impasse persiste. As principais barreiras para a paz incluem o status de Jerusalém, o direito de retorno dos refugiados palestinos, a segurança de Israel e o reconhecimento mútuo entre os Estados. A comunidade internacional continua dividida, com países como os Estados Unidos apoiando Israel, enquanto outras nações e organizações defendem a criação de um Estado palestino soberano. O conflito árabe-israelense, portanto, permanece como um dos maiores desafios geopolíticos do século XXI, com impactos diretos sobre a estabilidade regional e global.

 


O conflito entre Israel e Palestina intensificou-se novamente em 2025, como desdobramento direto dos ataques iniciados em outubro de 2023, quando o grupo Hamas lançou uma ofensiva surpresa contra Israel, resultando em mais de 1.200 mortes e centenas de reféns. Em resposta, Israel iniciou uma campanha militar de larga escala na Faixa de Gaza, que se estendeu por dois anos e culminou em uma nova escalada em setembro de 2025. A Cidade de Gaza, considerada o último bastião do Hamas, tornou-se alvo de intensos bombardeios e operações terrestres. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 65 mil pessoas foram mortas desde o início da guerra, incluindo mais de 18 mil crianças, e mais de 167 mil ficaram feridas. A ONU estima que cerca de 450 mil pessoas foram forçadas a fugir da Cidade de Gaza, enquanto outras 900 mil permanecem em condições extremamente precárias. A infraestrutura urbana foi praticamente destruída, com hospitais, escolas e redes de abastecimento de água e energia colapsadas. A população enfrenta grave insegurança alimentar, falta de assistência médica e traumas psicológicos profundos. Organizações internacionais alertam para uma crise humanitária sem precedentes, e líderes mundiais pressionam por uma solução diplomática urgente, enquanto a população palestina luta diariamente pela sobrevivência em meio ao caos.

Em síntese, os conflitos entre árabes e israelenses têm origem no movimento sionista e na criação do Estado de Israel, mas se perpetuam por questões territoriais, religiosas e políticas que ainda não foram resolvidas. A situação atual entre Israel e Palestina é marcada por violência, deslocamentos forçados e ausência de consenso diplomático. Com milhões de vidas afetadas e um cenário de instabilidade permanente, o conflito exige esforços multilaterais e soluções que respeitem os direitos humanos e a soberania dos povos envolvidos.

Fonte: Microsoft Copilot (2025)


1. O que motivou a criação do movimento sionista no final do século XIX e qual era seu principal objetivo?

2. Por que a proposta da ONU em 1947 para dividir a Palestina em dois Estados não foi aceita pelos países árabes?

3. Quais foram as consequências imediatas da criação do Estado de Israel em 1948 para os palestinos?

4. Explique o que foi a Nakba e como esse episódio influenciou a luta palestina por um Estado próprio.

5. Quais são os principais territórios reivindicados pelos palestinos atualmente e como estão distribuídos?

6. De que forma a construção de assentamentos israelenses em áreas palestinas contribui para a intensificação do conflito?

7. Quais fatores dificultam a resolução do conflito entre Israel e Palestina, mesmo após acordos como Oslo e Camp David?

8. Como está a situação humanitária na Faixa de Gaza em 2025, segundo os dados apresentados no texto?

9. Quais são os impactos da guerra atual sobre a população palestina, especialmente na Cidade de Gaza?

10. Por que o conflito árabe-israelense é considerado um dos maiores desafios geopolíticos do século XXI?

 

GABARITO

1. O movimento sionista surgiu como resposta ao antissemitismo na Europa e tinha como objetivo criar um Estado judeu na Palestina. 

2. Porque os países árabes não aceitavam a divisão da Palestina e a criação de um Estado judeu em território majoritariamente árabe. 

3. A expulsão de centenas de milhares de palestinos de suas terras e o início da primeira guerra árabe-israelense. 

4. A Nakba, ou “catástrofe”, foi a expulsão dos palestinos após a criação de Israel, intensificando a luta por um Estado próprio. 

5. Cisjordânia e Faixa de Gaza; a Cisjordânia está parcialmente sob controle israelense e a Faixa de Gaza sob domínio do Hamas. 

6. Os assentamentos são considerados ilegais pela ONU e dificultam negociações de paz, gerando tensões constantes. 

7. O status de Jerusalém, o direito de retorno dos refugiados, a segurança de Israel e o reconhecimento mútuo entre os Estados. 

8. Em 2025, Gaza enfrenta destruição urbana, escassez de recursos, falta de assistência médica e grave insegurança alimentar. 

9. Mais de 65 mil mortos, 167 mil feridos, 450 mil deslocados e 900 mil vivendo em condições precárias, com traumas e fome. 

10. Porque envolve questões religiosas, territoriais e políticas, afeta milhões de pessoas e compromete a estabilidade regional e global.


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