sexta-feira, 20 de maio de 2022

PROJETO DE ARTES: ALUNOS QUE INSPIRAM 2022

 O Festival Alunos Que Inspiram é uma iniciativa da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) que visa identificar, valorizar e dar visibilidade à produção artística e cultural das/os estudantes matriculadas/os na rede pública estadual de ensino do Ceará. Promove a interação das/os estudantes através da cultura pela participação em expressões artísticas pertencentes às manifestações culturais da coletividade que estejam presentes no cotidiano. Também oportuniza momentos para divulgar os talentos artísticos das/os estudantes matriculadas/os na rede estadual de ensino e estimula a participação em atividades que contribuam para a formação global, sem discriminação por características pessoais, físicas, sexuais, étnicas, raciais ou sociais.
A VI Edição do Festival Alunos Que Inspiram ocorrerá em 3 (três) Fases: Escolar, Regional e Estadual e todas as Fases deverão seguir os protocolos de saúde e decretos expedidos pelo Governo do Estado do Ceará, de acordo com a data de realização do evento.
Demais informações, confira o Edital:

FONTE: https://www.crede04.seduc.ce.gov.br/2022/04/08/vi-festival-alunos-que-inspiram-2022/

PROJETO ALUNOS QUE INSPIRAM EEEP FLÁVIO GOMES GRANJEIRO - PARAIPABA
FASE INTERNA
  • CATEGORIA CORDEL
HISTÓRIA
CARLOS EDUARDO DOS SANTOS SOUSA
EEEP FLÁVIO GOMES GRANJEIRO
1º ANO “B” – TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – INTEGRAL
PARRAIPABA
CREDE 02

Para falar de História
Me atrevo a rimar,
Vou brincando com as palavras
Escrevendo sem parar!
Do Egito à guerra fria
E História do Brasil
Vou usando minha rima
De maneira bem sutil.
História é minha paixão,
Tem meu amor e respeito.
É a luz que aponta a direção
Pra seguir o perfeito e o imperfeito.
Meu singelo cordel não é encantado,
Mas brota do fundo do meu coração.
Minha alegria é rimar, com amor e precisão
Sempre com o meu lápis, cantarolando educação.
Professor de História irei ser.
Me orgulho desse nome
E rimando a memória,
Vou falando sobre o homem.
No meu sonho acredito
E por isso vou lutar,
Para a toda escola
Vou falar sobre história
Com o meu jeito de rimar!
E história com cordel
Foi a minha intenção
Um cordel sobre história
Fui rimando a educa

  • CATEGORIA CRÔNICA
PERDIDOS
FRANCISCO ELTON DOS SANTOS
EEEP FLÁVIO GOMES GRANJEIRO
3º ANO “A” – TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA – INTEGRAL
PARAIPABA
CREDE 02

Passara eu todos os dias para ir ao trabalho, na frente do jardim da empresa que, durante o verão, sempre estava preenchido de flores de um ar bem doce. Eu havia de vê-las todo santo dia, mas nunca parava pra apreciá-las. Seguia-se assim o ciclo infernal dos dias, quando percebi, o verão estava para acabar e restara somente uma flor naquele jardim, uma margarida. Ela ainda vivia, pois brilhava em meio as outras mortas. O que a deixara tão bonita era o contraste entre vida e morte. A morte das outras trouxe a ela a solidão, mas a deixou mais linda porque sua cor destacava-se diante daquelas que pereciam. Haveria um dia em que eu passaria por aquele mesmo jardim e veria a única flor morta, mas até lá eu aproveitaria e gozaria do tempo que ainda tenho vendo os resquícios de vida daquela margarida, que jazia num jardim morto.
Como eu aproveitaria? Não fazia ideia. Se alguém conseguisse me responder, eu perguntaria. Mas por enquanto, dou eu mesmo a resposta: não tem resposta. Olhar. Simplesmente olhar e sentir o brilho daquela flor esguia e sozinha era o aproveitar. Se eu sorrisse a olhá-la, eu aproveitaria; se eu lembrasse dela à noite durante minhas crises de insônia, eu aproveitaria; se eu dedicasse poucos versos a ela, eu aproveitaria. Aproveitaria o que, afinal? O momento e a sensação de estar aqui, sobretudo, viver e a vida. Mas é inútil pensar assim, porque à medida que se passarão os dias, eu me perderei no cotidiano maçante e nesse ciclo infindável de fazer e refazer. Nessa vida mais mecânica que orgânica, eu acabaria por esquecer da flor e das palavras ditas da boca pra fora. Então, apenas me daria conta dela quando finalmente a visse morta no jardim. A morte tem dessas, de nos fazer perceber as pequenas coisas com a dor de quando elas se vão; de relembrar os pequenos momentos quando sabemos que eles não se repetirão.
A única flor viva daquele jardim morto virou minha fuga da realidade nas manhãs. Olhava ela e lembrava dos risos e sorrisos que um dia eu tinha dado com tanto gosto. Agora, não mais, pois preso estava no cotidiano do trabalho e não tinha mais tempo pra reencontrar os velhos amigos que amo tanto.
Eu estou perdido como tantos outros nesse mundo de arranha-céus e roncado dos escapamentos e, como tantos outros, fujo da realidade por meio da internet. Ela é, sobretudo, dura. Preso nela, esqueço de viver. O que seria o viver, se não o simples ato de sentir? Então vivo no constante fugir, pois se eu
me prender nela de novo, esquecerei de como é sentir a felicidade das pequenas coisas da vida e aproveitar a única flor daquele jardim morto. Os dias viriam a se tornar monótonos enquanto eu morreria aos poucos, como aquela flor.
Parece-me que todos somos um jardim no final das contas. Temos tantas flores mortas que deixamos de regá-las e tantas vivas, que estão morrendo porque as negligenciamos. Aos poucos em que vivemos, vamos colecionando mais e mais flores que fazem de nós algo bonito. O conjunto das pequenas coisas torna o singular tão bonito, como um jardim florido.
Pergunto-me se alguém viu aquela margarida. Talvez sim, mas será que da mesma forma que eu? Talvez não haveria de ter um nesta terra que a visse como vejo. As coisas são como são, e buscar sentido em todas elas, como busquei naquela flor, é um caminho onde há somente um final: a loucura. Ligamos diariamente nossos celulares e computadores para vermos notícias do mundo afora, sem ao menos notarmos nosso mundo de dentro. E quando o notamos, buscamos sentido em tudo que vemos aqui dentro. Nesse dilema infernal, nós acabamos por nos sentirmos perdidos sem o sentido do que há dentro de nós, sem perceber que só deveríamos deixar, porque passa. Tudo passa, tal como a flor passara e o que restara era só um sentimento sem sentido que ela me causou. Sentimento esse que dediquei tantas palavras a ela em busca de dar-lhe um. No final das contas, eu também estou perdido, mas quem não está? Buscamos sentido até na morte, mesmo que não haja, nós matutamos até que ela acaba por nos levar também. Nessa busca do sentido em meio a realidade dura preenchida de um cotidiano repetitivo, esquecemos do que nos torna humanos, o simples fato de sentir.
Talvez eu deva comprar uma flor pra olhá-la toda manhã e não me perder. Não me perder de mim mesmo nesse mundo de tantas máscaras e poucos sentimentos.

PERDIDOS

FRANCISCO ELTON DOS SANTOS

EEEP FLÁVIO GOMES GRANJEIRO

3º ANO “A” – TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA – INTEGRAL

PARAIPABA

CREDE 02

Passara eu todos os dias para ir ao trabalho, na frente do jardim da empresa que, durante o verão, sempre estava preenchido de flores de um ar bem doce. Eu havia de vê-las todo santo dia, mas nunca parava pra apreciá-las. Seguia-se assim o ciclo infernal dos dias, quando percebi, o verão estava para acabar e restara somente uma flor naquele jardim, uma margarida. Ela ainda vivia, pois brilhava em meio as outras mortas. O que a deixara tão bonita era o contraste entre vida e morte. A morte das outras trouxe a ela a solidão, mas a deixou mais linda porque sua cor destacava-se diante daquelas que pereciam. Haveria um dia em que eu passaria por aquele mesmo jardim e veria a única flor morta, mas até lá eu aproveitaria e gozaria do tempo que ainda tenho vendo os resquícios de vida daquela margarida, que jazia num jardim morto.

            Como eu aproveitaria? Não fazia ideia. Se alguém conseguisse me responder, eu perguntaria. Mas por enquanto, dou eu mesmo a resposta: não tem resposta. Olhar. Simplesmente olhar e sentir o brilho daquela flor esguia e sozinha era o aproveitar. Se eu sorrisse a olhá-la, eu aproveitaria; se eu lembrasse dela à noite durante minhas crises de insônia, eu aproveitaria; se eu dedicasse poucos versos a ela, eu aproveitaria. Aproveitaria o que, afinal? O momento e a sensação de estar aqui, sobretudo, viver e a vida. Mas é inútil pensar assim, porque à medida que se passarão os dias, eu me perderei no cotidiano maçante e nesse ciclo infindável de fazer e refazer. Nessa vida mais mecânica que orgânica, eu acabaria por esquecer da flor e das palavras ditas da boca pra fora. Então, apenas me daria conta dela quando finalmente a visse morta no jardim. A morte tem dessas, de nos fazer perceber as pequenas coisas com a dor de quando elas se vão; de relembrar os pequenos momentos quando sabemos que eles não se repetirão.

            A única flor viva daquele jardim morto virou minha fuga da realidade nas manhãs. Olhava ela e lembrava dos risos e sorrisos que um dia eu tinha dado com tanto gosto. Agora, não mais, pois preso estava no cotidiano do trabalho e não tinha mais tempo pra reencontrar os velhos amigos que amo tanto.

            Eu estou perdido como tantos outros nesse mundo de arranha-céus e roncado dos escapamentos e, como tantos outros, fujo da realidade por meio da internet. Ela é, sobretudo, dura. Preso nela, esqueço de viver. O que seria o viver, se não o simples ato de sentir? Então vivo no constante fugir, pois se eu me prender nela de novo, esquecerei de como é sentir a felicidade das pequenas coisas da vida e aproveitar a única flor daquele jardim morto. Os dias viriam a se tornar monótonos enquanto eu morreria aos poucos, como aquela flor.

            Parece-me que todos somos um jardim no final das contas. Temos tantas flores mortas que deixamos de regá-las e tantas vivas, que estão morrendo porque as negligenciamos. Aos poucos em que vivemos, vamos colecionando mais e mais flores que fazem de nós algo bonito. O conjunto das pequenas coisas torna o singular tão bonito, como um jardim florido.

            Pergunto-me se alguém viu aquela margarida. Talvez sim, mas será que da mesma forma que eu? Talvez não haveria de ter um nesta terra que a visse como vejo. As coisas são como são, e buscar sentido em todas elas, como busquei naquela flor, é um caminho onde há somente um final: a loucura. Ligamos diariamente nossos celulares e computadores para vermos notícias do mundo afora, sem ao menos notarmos nosso mundo de dentro. E quando o notamos, buscamos sentido em tudo que vemos aqui dentro. Nesse dilema infernal, nós acabamos por nos sentirmos perdidos sem o sentido do que há dentro de nós, sem perceber que só deveríamos deixar, porque passa. Tudo passa, tal como a flor passara e o que restara era só um sentimento sem sentido que ela me causou. Sentimento esse que dediquei tantas palavras a ela em busca de dar-lhe um. No final das contas, eu também estou perdido, mas quem não está? Buscamos sentido até na morte, mesmo que não haja, nós matutamos até que ela acaba por nos levar também. Nessa busca do sentido em meio a realidade dura preenchida de um cotidiano repetitivo, esquecemos do que nos torna humanos, o simples fato de sentir.

            Talvez eu deva comprar uma flor pra olhá-la toda manhã e não me perder. Não me perder de mim mesmo nesse mundo de tantas máscaras e poucos sentimentos.


PLANETAS

ANA ROCILDA DE CASTRO GONÇALVES

EEEP FLÁVIO GOMES GRANJEIRO

3º ANO B -TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – TURNO INTEGRAL

PARAIPABA

CREDE 02

 

Navegando pelo universo encontrei o sol que iluminava a lua

Porém é nas constelações de Órion que me perco

Não vejo que defeito possa ocorrer

Se Saturno pudesse ver Plutão

Admiraria a pequenez do simples

Admiraria a incrível sagacidade de admirar

Admiraria a certeza absoluta que acelera na luz constante

Quantas estrelas há no céu? Não sei.

O bastante creio para iluminar esse universo

O bastante para amar mil amores enlouquecidamente

O bastante para que Saturno vesse Plutão

Quem dirá a galáxia que possa desmembrar seus belos anéis

Que sólido, pequeno, transparente e completo

Saiba que Júpiter tem inveja porque está atrás de seus delicados fragmentos cósmicos.

Por não ter a companhia de titã e muito menos de mimas.

Se Saturno deixasse de lado seus lindos anéis

Veria com certa nitidez o brilho que há nos outros planetas.

 

Que na origem da vida há o mistério impetuoso, disso eu sei

Das pequenas poeiras do universo, das constelações infinitas

Dos átomos, das estrelas, do segundo sol, das fases da lua

Da textura desse mito da cosmogonia, perco o apreço do desconhecido.

Procuro-me perdidamente sobre o sentido da vida

Embora afogue-me em lágrimas por não estar próximo de Saturno.

Não te procuro, mas te noto. Te curo, te querendo.

 

Mas saiba que é nas fases da lua que enlouqueço

E caí a ficha e dessa vez percebo

O porquê o sol ilumina a lua

Como combina em meio as tempestades

Olhe lá, bem ali, veja.

Até mesmo os planetas se atraem

Até mesmo Saturno e seus indecifráveis anéis

Até mesmo os meteoros, meteoritos, cometas

Isso mesmo o caos que aquece o céu do universo

A gravidade de observar o céu a noite pertos das águas claras

Para sentir com o sentido do que se passa no vácuo ausente

Se Saturno observasse a beleza escondida que há nos outros planetas.

Como seria diferente.


  • CATEGORIA POEMA
PLANETAS
ANA ROCILDA DE CASTRO GONÇALVES
EEEP FLÁVIO GOMES GRANJEIRO
3º ANO B -TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – TURNO INTEGRAL
PARAIPABA
CREDE 02

Navegando pelo universo encontrei o sol que iluminava a lua
Porém é nas constelações de Órion que me perco
Não vejo que defeito possa ocorrer
Se Saturno pudesse ver Plutão
Admiraria a pequenez do simples
Admiraria a incrível sagacidade de admirar
Admiraria a certeza absoluta que acelera na luz constante
Quantas estrelas há no céu? Não sei.
O bastante creio para iluminar esse universo
O bastante para amar mil amores enlouquecidamente
O bastante para que Saturno vesse Plutão
Quem dirá a galáxia que possa desmembrar seus belos anéis
Que sólido, pequeno, transparente e completo
Saiba que Júpiter tem inveja porque está atrás de seus delicados fragmentos cósmicos.
Por não ter a companhia de titã e muito menos de mimas.
Se Saturno deixasse de lado seus lindos anéis
Veria com certa nitidez o brilho que há nos outros planetas.
Que na origem da vida há o mistério impetuoso, disso eu sei
Das pequenas poeiras do universo, das constelações infinitas
Dos átomos, das estrelas, do segundo sol, das fases da lua
Da textura desse mito da cosmogonia, perco o apreço do desconhecido.
Procuro-me perdidamente sobre o sentido da vida
Embora afogue-me em lágrimas por não estar próximo de Saturno.
Não te procuro, mas te noto. Te curo, te querendo.
Mas saiba que é nas fases da lua que enlouqueço
E caí a ficha e dessa vez percebo
O porquê o sol ilumina a lua
Como combina em meio as tempestades
Olhe lá, bem ali, veja.
Até mesmo os planetas se atraem
Até mesmo Saturno e seus indecifráveis anéis
Até mesmo os meteoros, meteoritos, cometas
Isso mesmo o caos que aquece o céu do universo
A gravidade de observar o céu a noite pertos das águas claras
Para sentir com o sentido do que se passa no vácuo ausente
Se Saturno observasse a beleza escondida que há nos outros planetas.
Como seria diferente.

  • CATEGORIA MUSICA INTÉRPRETE

  • CATEGORIA MUSICA AUTORAL

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