quinta-feira, 29 de maio de 2025

DIA DO GEÓGRAFO E GEOGRAFIA

Hoje é o dia do geógrafo. E gostaríamos de parabenizar todos os profissionais da área ressaltando a importância dessa ciência tão valorosa para as interações socioambientais. 


A Geografia é uma ciência que se dedica ao estudo da Terra, suas características físicas, humanas e a interação entre os dois. Ela investiga como os ambientes naturais e as sociedades humanas se desenvolvem, se organizam e se transformam ao longo do tempo. A Geografia busca compreender a distribuição espacial de fenômenos, como a localização de cidades, a formação de montanhas, os padrões climáticos e as dinâmicas populacionais. Além disso, analisa as relações entre os seres humanos e o meio ambiente, considerando aspectos sociais, econômicos e culturais que influenciam a ocupação do espaço. Através de suas diversas ramificações, como a Geografia Física, Geografia Humana e Geografia Econômica, essa disciplina fornece uma visão abrangente e integrada do mundo em que vivemos.

Fonte: tudodegeografia.com

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Atividade 20 de Geografia - Ensino Médio - O espaço agrário brasileiro

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 20

Objeto de Aprendizagem: O espaço agrário brasileiro.

 

Objetivos:

  • Conhecer e analisar a evolução ocorrida no campo brasileiro desde a época da colonização e reconhecer os resquícios dessa época na organização do espaço rural do Brasil.
  • Conhecer as principais características da produção agropecuária no Brasil.
  • Compreender e analisar o processo de modernização do campo brasileiro, assim como verificar que esse fenômeno ocorreu de maneira desigual no país.
  • Analisar as relações de trabalho existentes no campo brasileiro.
  • Conhecer e refletir sobre a problemática da concentração de terras no Brasil e a reforma agrária.

 

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1- Descreva como, historicamente, as atividades agrícolas tiveram papel de desta- que no Brasil.

 

2- Quais os fatores econômicos e naturais que contribuíram para o desenvolvimento da agropecuária no Brasil?

 

3- Diferencie:

a) lavouras temporárias;

b) lavouras permanentes.

 

4- Cite alguns produtos agropecuários cuja produção brasileira se destaca em nível mundial.

 

5- Observe os mapas, escolha um dos gêneros agropecuários mostrados e descreva a distribuição espacial dessa produção no território brasileiro.

  

6- Explique o papel do Estado no processo de modernização do campo brasileiro a partir de 1950 e também os objetivos dessa política agrícola.

 

7- O processo de modernização da agricultura brasileira pode ser analisado a partir de dois pontos de vista distintos. Explique essa diferença com base no que você estudou.

 

8- Caracterize as seguintes relações de trabalho no campo:

a) assalariado;

b) arrendamento;

c) parceria;

d) posseiros;

e) grileiros.

 

9- Cite as vantagens obtidas por meio da organização dos produtores rurais em cooperativas.

 

10- Quais foram as mudanças ocorridas com relação à aquisição de terras, a partir de 1850, com a Lei de Terras?

 

11- Elabore um texto discursivo expondo sua opinião sobre o seguinte tema: “Questão da terra, conflitos no campo e reforma agrária no Brasil”.

 

 

GABARITO

 

1. As atividades agrícolas no Brasil têm importância desde o período colonial; com a introdução das plantations de cana-de-açúcar na região litorânea nordestina. Depois, outras atividades agropecuárias tiveram grande valor econômico e contribuíram para o processo de ocupação e povoamento do território, como a pecuária extensiva de bovinos no interior do Sertão nordestino e no extremo sul do país, entre os séculos XVII e XVIII, e o cultivo de café nos estados do Sudeste, desde o final do século XIX até meados do século XX.

 

2. Os principais fatores econômicos foram a expansão do mercado consumidor interno e a melhoria das técnicas empregadas no campo. Em relação aos fatores naturais, podemos citar a vasta extensão de terras de relevo suave, solos com boa fertilidade natural na maioria das regiões do país, à disponibilidade de recursos hídricos e o predo- mínio de climas quentes favoráveis ao desenvolvi- mento dos cultivos tropicais.

 

3. a) Lavouras temporárias: formadas pelos cultivos de curta duração e que fornecem apenas uma safra, sendo necessário um novo plantio após a colheita, como as lavouras de arroz, feijão, milho, algodão e soja. b) Lavouras permanentes: formadas pelos cultivos de longa duração e que produzem ao longo de vários anos consecutivos, a exemplo das lavouras de café, laranja e cacau.

 

4. Soja, café, cana-de-açúcar, laranja, criação de aves, suínos, bovinos.

 

5. Resposta pessoal. Verifique se os alunos descreveram corretamente a distribuição espacial da produção conforme o gênero agrícola ou pecuário escolhido.

 

6. A partir de 1950, o Estado brasileiro passou a conceder linhas de créditos e financiamentos bancários destinados sobretudo, aos grandes proprietários rurais, como forma de alcançar grandes safras agrícolas para ampliar as expor- tações do país e obter superávits comerciais.

 

7. Alguns autores consideram como processo de modernização da agricultura apenas as modificações de base técnica, ou seja, a utilização de máquinas e insumos agrícolas (modernização agrícola como sinônimo de mecanização ou tecnificação do campo). Outros estudiosos, porém, sustentam que o processo de modernização não pode ser analisado apenas pelo viés dos avanços técnicos e se apoiam no fato de que, mesmo nas regiões em que as técnicas de produção foram modernizadas, ainda persistem problemas que não condizem com a modernização do campo, como a baixa produtividade, a existência de trabalho não assalariado, o subemprego em atividades não agrícolas e a pobreza no campo.

 

8. a) Assalariado: indivíduo que recebe um salário ou remuneração monetária em troca de uma tarefa ou atividade exercida.

b) Arrendamento: consiste em um contrato de aluguel da terra, na qual o proprietário cede ao arrendatário o direito de uso do solo por um tempo determinado e com o pagamento de uma quantia fixa em dinheiro ou com parte da produção obtida.

c) Parceria: relação estabelecida na qual os custos e os lucros da produção são divididos entre o proprietário e o parceiro na proporção estabelecida previamente em contrato.

d) Posseiros: agricultores que ocupam ou tomam posse de terras ociosas ou devolutas.

e) Grileiros: indivíduos que tentam adquirir lotes de terras por meio de falsificação de documentos de titularidade.

 

9. A organização dos pequenos e médios proprietários rurais em cooperativas tem como objetivo torná-los mais competitivos no mercado, buscando melhores preços e formas de pagamento para a compra de maquinários e insumos, melhores preços na comercialização das safras, assistência técnica e créditos ou financiamentos para a modernização das propriedades.

 

10. Coma Lei de Terras de 1850, a doação de terras se torna proibida. Desta forma, a única maneira de se adquirir a posse de qualquer propriedade rural somente seria possível por meio de sua compra, o que tornou o acesso à terra mais difícil. Essa lei defendeu os interesses do latifúndio, visto que o fim da escravidão e a chegada da mão de obra assalariada dos imigrantes poderiam ameaçar as relações de poder vigentes até então, que restringia a aquisição de terras por esses grupos.

 

11. Resposta pessoal. A produção textual dos alunos pode ser aproveitada para a realização de debate sobre os problemas fundiários e a reforma agrária em nosso país.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Atividade 19 de Geografia - Ensino Médio - A agricultura no mundo.

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 19

Objeto de Aprendizagem: A agricultura no mundo.

 

Objetivos:

  • Analisar e compreender a organização das atividades produtivas no espaço rural.
  • Identificar e analisar as diferenças entre os sistemas de produção agrícola.
  • Reconhecer o desenvolvimento de sistemas agrícolas alternativos como meio de mitigar os impactos sociais e ambientais da agricultura moderna.
  • Conhecer e analisar as repercussões dos avanços tecnológicos na produção agropecuária.
  • Analisar as principais características da produção agropecuária no mundo desenvolvido e no subdesenvolvido.
  • Refletir sobre os problemas de concentração de terras no campo.

 

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1- Estabeleça a relação entre agricultura, tecnologia e o cultivo dos mais diversos gêneros agrícolas em lugares com diferentes características físicas.

2- O que é um sistema de produção agrícola?

 

3- Diferencie os sistemas de produção agrícola tradicional e moderno.

 

4- Sobre a Revolução Verde, explique:

a) em que consistiu essa revolução;

b) a relação entre o aumento da produtividade e a manutenção da fome no mundo;

c) os impactos ambientais gerados por essa revolução.

 

5- Dentre os sistemas agrícolas tradicionais, a agricultura de jardinagem possui características que lhe conferem elevada produtividade. Quais são as peculiaridades que a diferenciam dos demais sistemas tradicionais?

 

6- Defina o que são sistemas agrícolas alternativos. Dê exemplos.

 

7- Quais são as diferenças entre a agricultura praticada nos Estados Unidos e a praticada nos países europeus desenvolvidos?

 

8- Como as políticas protecionistas interferem na agropecuária praticada por países desenvolvidos? Exemplifique.

 

9- Caracterize as principais diferenças entre a atividade agropecuária praticada em países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

 

10- No que consiste uma reforma agrária e quais são seus objetivos?

  

11- Leia o texto a seguir e responda às questões.

 

Entrevista com o demógrafo Roberto Luiz do Carmo

Em 1798, um economista britânico chamado Thomas Malthus formulou uma teoria populacional que previa um apocalipse de fome e guerra se a população humana não parasse de crescer. Sua ideia era que a população cresceria em progressão geométrica, enquanto nossa capacidade de produzir alimentos só cresceria em progressão aritmética. Logo, em um futuro próximo, faltaria comida para alimentar tanta gente. Hoje, mais de dois séculos depois, a previsão não se confirmou. A população não parou de crescer e estamos todos, bem ou mal, vivos. Mas a teoria malthusiana ainda ressoa entre os mais alarmistas - principalmente agora que estamos atingindo o índice de 7 bilhões de seres humanos. Como dar comida para essa multidão? Como impedir o colapso de nosso já desgastado meio ambiente? Para responder a essas perguntas, a GALILEU conversou com o demógrafo Roberto Luiz do Carmo, pesquisador do Núcleo de Pesquisas da População (NEPO) da Unicamp. Segundo o pesquisador, os cientistas de hoje não veem nenhum perigo decorrente de uma superpopulação humana. Nossas modernas técnicas de agricultura garantirão que não falte comida nas próximas décadas - se ainda há fome no mundo, é porque os ali- mentos são mal distribuídos, e não por causa do excesso de gente. [...] Ainda é possível dizer que uma superpopulação humana ameaça o planeta? Eu tomaria muito cuidado na abordagem dessa questão. Não é possível, de maneira alguma, sustentar uma posição catastrofista em relação ao crescimento populacional. Não existem elementos científicos para isso. O argumento malthusiano mostrou-se totalmente equivocado. Ou seja, mesmo com o crescimento populacional da segunda metade do Século XX, não houve uma crise significativa na produção de alimentos. Houve, pelo contrário, um aumento substancial nessa produção. As situações de fome que afligem muitos países de tempos em tempos, principalmente na África, derivam da incapacidade de inserção no mercado para compra desses alimentos. Ou seja, em nível do mercado global, existe uma produção capaz de atender a população mundial. O que não existe é acesso aos mercados por parte de alguns países. 1) Existe alguma estimativa de quantos seres humanos o planeta é capaz de carregar sem se exaurir? Joel E. Coehn no livro “How Many People Can the Earth Support?”, publicado pela primeira vez em 1995, já deu a resposta que considero definitiva. Depois de reconstruir grande parte das avaliações realizadas historicamente sobre a “capacidade de suporte” do planeta, ele conclui o livro afirmando: “depende”. Depende do nível de consumo e do tipo de uso que essa população faça dos recursos ambientais. Em um padrão de consumo muito baixo, a Terra pode sustentar muito mais do que os 7 bilhões atuais. Ao nível de consumo crescente em que vivemos, com o tipo de uso que se faz dos bens naturais, creio que já ultrapassamos o limite. O que sustenta o volume atual da população é, paradoxalmente, a desigualdade de acesso aos bens e à riqueza que caracteriza a organização da sociedade atual, com um grande volume de população vivendo em situações de baixíssimo consumo, e um grupo muito reduzido (embora crescente) de pessoas com um elevadíssimo padrão de consumo dos recursos. O grande desafio das próximas décadas é a busca da redução das desigualdades, sem que isso signifique dilapidação/contaminação dos recursos naturais. Mas isso exige um outro estilo de desenvolvimento econômico e social. Então Malthus estava errado? Malthus estava totalmente equivocado. Em um exercício muito simples de imaginação basta pensar: se não nascesse mais nenhum ser humano será que os problemas sociais e ambientais estariam resolvidos? Não estou também dizendo que o volume Populacional não é importante. É sim fundamental. Mas existem outros aspectos que precisam ser considerados de maneira concomitante quando se analisa a questão populacional, como padrão de consumo e estilo de desenvolvimento.

 

a) As teorias de Malthus não se cumpririam porque o ser humano conseguiu ampliar as áreas cultivadas e a produtividade nos campos. Como isso foi possível?

 

b) Explique a seguinte afirmação: “se ainda há fome no mundo, é porque os alimentos são mal distribuídos, e não por causa do excesso de gente”.

 

c) Em uma de suas respostas, o entrevistado cita um estudo sobre as estimativas de capacidade da Terra em sustentar a população que abriga. Explique a relação que ele estabelece entre população e consumo. Qual é o padrão de consumo estabelecido na atualidade?

  

GABARITO

 

1. O ser humano desenvolveu técnicas a fim de ampliar e aperfeiçoar a produção agrícola no mundo. Podemos citar a criação e o aperfeiçoamento de instrumentos de trabalho, assim como de variedades mais resistentes de plantas, adubos, fertilizantes, sistemas de irrigação e novas técnicas de cultivo, ampliando tanto as áreas de solos cultiváveis quanto a produtividade das lavouras.

 

2. Um sistema agrícola pode ser definido como um modelo de produção agropecuária que leva em conta fatores como o capital (recursos financeiros), a terra (o tamanho das propriedades) e o trabalho (mão de obra utilizada na terra e as reações de trabalho).

 

3. Os sistemas agrícolas tradicionais são aqueles que se caracterizam, em geral, pelo uso de técnicas rudimentares, pelo baixo nível de exploração da terra e pela baixa produtividade, como ocorre nos países mais pobres e atrasados tecnologicamente da América Latina, da África e da Ásia. Os sistemas agrícolas modernos se caracterizam pela utilização de aparatos tecnológicos avançados, como maquinários e insumos, além de assistência técnica sistemática, acompanha- mento permanente de engenheiros agrônomos, veterinários, entre outros profissionais especializados, como ocorre nos Estados Unidos, Cana- dá, França, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Itália.

 

4. a) Consistiu na incorporação do chamado pacote tecnológico voltado para a modernização das atividades agrícolas, incluindo o desenvolvimento de sementes mais resistentes e produtivas, a aplicação intensiva de fertilizantes e agrotóxicos, além do uso de maquinários.

b) De um lado, a fome e a subnutrição diminuíram bastante nas áreas em que a Revolução Verde foi implantada, em especial, nos países asiáticos mais pobres. Por outro, o aumento da fome ocorreu justamente em regiões mais pobres da América Latina e da África, onde a revolução não foi implantada. Contudo, atualmente a quantidade de alimentos produzida é suficiente para alimentar de forma adequada toda a população do planeta. Porém, o problema da fome não está ligado apenas à maior ou menor disponibilidade de alimentos, mas sim aos enormes contingentes de pessoas que sobrevivem com rendimentos tão ínfimos que não conseguem ter acesso à alimentação mínima necessária, o que evidencia que a fome decorre de problemas de ordem social, política e econômica.

 

c) A substituição de extensos ecossistemas naturais por grandes monoculturas e a eliminação de espécies da flora e fauna, a proliferação de pragas cada vez mais resistentes aos agrotóxicos, a contaminação do solo e das águas pela excessiva utilização de fertilizantes e adubos químicos, a contaminação residual de alimentos pelo excesso de agrotóxicos empregados nas lavouras.

 

5. Trata-se de um sistema agrícola intensivo praticado em pequenas e médias propriedades rurais em que se utilizam técnicas minuciosas na produção. Faz uso intensivo da mão de obra familiar em todas as etapas da produção, na qual os fatores que lhe garantem elevada produtividade são: o preparo do solo, plantio e replantio das mudas, aplicação de adubos, controle de pragas e do nível da água Utilizada na irrigação das lavouras.

 

6. São práticas de produção agrícola que procuram estabelecer uma relação de harmonia com a natureza, em que, em geral, ocorre a substituição do uso de adubos químicos tóxicos pelos de origem orgânica e a utilização do controle biológico, que utiliza predadores naturais para controlar as doenças e as pragas que atacam as lavouras. Entre as principais estão a agricultura orgânica e a agroecológica.

 

7. Nos Estados Unidos predomina a agricultura moderna, de alta rentabilidade e integrada à cadeia produtiva do agronegócio. A produção agropecuária do país se baseia em grandes lavouras monocultoras, na qual se tem a especialização da produção de determinados gêneros. Já nos países desenvolvidos do continente europeu, as terras são utilizadas de maneira intensiva, com predomínio de pequenas e médias propriedades policultoras, que utilizam técnicas agrícolas clássicas, como a rotação de culturas, isto é, em uma mesma área os agricultores cultivam diferentes gêneros alternando a pecuária com períodos de repouso do solo.

 

8. As políticas agrícolas protecionistas, como os subsídios, financiamentos, barreiras sanitárias, cotas e sobretaxas de importação praticadas pelos países desenvolvidos têm como finalidade incentivar a produção interna e proteger seus produtores rurais da concorrência externa, como os produtos oriundos dos países subdesenvolvidos, cujas economias estão, em geral, apoiadas nas exportações de gêneros agropecuários.

 

9. Nos países desenvolvidos a agropecuária é moderna e avançada tecnologicamente, com elevados investimentos em capital e alta tecnologia. Nos países Subdesenvolvidos, sobretudo nos tecnologicamente atrasados, o que se verifica é o predomínio de uma agropecuária tradicional, praticada com técnicas rudimentares e com baixa produtividade.

 

10. Em linhas gerais, a reforma agrária consiste em uma reorganização da estrutura fundiária, promovendo uma distribuição justa das terras de um país. Pode ocorrer com a desapropriação de grandes propriedades improdutivas, dividindo-as em lotes para assentar os agricultores e trabalhadores rurais sem a propriedade da terra e que queiram produzir nela. Entre os seus objetivos, podemos citar a oportunidade para que os agricultores e Sua família possam trabalhar e viver no campo em melhores condições, a redução da migração de trabalhadores rurais para as cidades, o aumento da produção de alimentos básicos e a diminuição dos conflitos de luta pela posse da terra.

 

11. O aumento da produtividade foi promovido com a utilização de técnicas avançadas que permitiram a modernização e melhorias na Produção dos cultivos.

b) As situações de fome, que afligem muitos países, derivam da incapacidade de inserção no merca- do para compra desses alimentos. No mercado global, existe uma produção capaz de atender a População mundial. O que não existe é acesso aos mercados por parte de alguns países.

c) Em um padrão de consumo baixo, a Terra pode sustentar muito mais do que os 8 bilhões atuais. Ao nível de consumo crescente de bens naturais em que vivemos, o entrevistado crê que já ultrapassamos o limite. Contudo, o que sustenta o volume atual da população é a desigualdade de acesso aos bens e à riqueza, em que de um lado há uma grande parcela da população vivendo em situações de baixíssimo consumo, e de outro, um grupo muito reduzido de pessoas com um elevadíssimo padrão de consumo dos recursos.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Atividade 18 de Geografia - Ensino Médio - A urbanização brasileira e seus problemas

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 18

Objeto de Aprendizagem: A urbanização brasileira e seus problemas

 

Objetivos:

  • Verificar que o processo de urbanização ocorrido no Brasil apresentou características típicas do subdesenvolvimento.
  • Relacionar a desigualdade social e a segregação espacial nas cidades brasileiras.
  • Relacionar o modelo de urbanização brasileira e o agravamento de inúmeros problemas socioeconômicos e ambientais que ocorrem nas cidades.
  • Identificar e analisar os principais problemas relacionados ao espaço urbano no Brasil.
  • Identificar e refletir sobre os principais problemas ambientais existentes nos centros urbanos brasileiros.

 

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1- O “inchaço” do setor terciário nas grandes cidades brasileiras é consequência do modelo de urbanização ocorrido em nosso país? Explique.

 

2- Como a segregação socioespacial pode ser percebida na paisagem do espaço urbano?

 

3- O que determina essa segregação? O crescimento desordenado dos centros urbanos tem provocado graves problemas sociais. Dê alguns exemplos.

 

4- De que maneira os agentes econômicos privados conseguem obter elevados lucros por meio da especulação imobiliária?

 

5- Cite alguns fatores que contribuem para o aumento da violência urbana.

 

6- Quais são os principais problemas ambientais das cidades brasileiras? Em sua opinião, esses problemas ocorrem apenas nas grandes cidades? Explique sua resposta.

 

7- Explique como se formam as ilhas de calor.

 

8- Quais são as consequências resultantes da má destinação e acúmulo de resíduos em locais impróprios? Dê exemplos.

 

9- Observe as fotos e responda as questões.

 

Cortiço em São Paulo.

 

a) Os cortiços, em geral localizados nas áreas centrais das grandes cidades, são áreas deterioradas. Os cortiços são um exemplo da urbanização excludente? Explique.

 

b) Qual é a relação entre a ocupação desses locais e as problemáticas enfrentadas pela população que depende de transporte coletivo?

  

10- Leia o texto e realize as atividades propostas a seguir.

 

O transporte urbano no Brasil

As maiores cidades brasileiras, assim como muitas grandes cidades de países em desenvolvimento, foram adaptadas, nas últimas décadas, para o uso eficiente do auto- móvel, o que correspondeu a um projeto de privatização da mobilidade, fortemente associada aos interesses das classes médias forma- das no processo de acumulação capitalista. Vários esquemas de financiamento e incentivo mercadológico promoveram grande ampliação da frota de automóveis no Brasil e, mais recentemente, da frota de motocicletas, neste caso atendendo a um público mais jovem e novos grupos em ascensão social e econômica. Paralelamente, o sistema de transporte público foi crescentemente negligenciado, em uma pedagogia negativa para afastar a sociedade do seu uso como principal forma de transporte motorizado. O transporte público, apesar de alguns investimentos importantes em locais específicos, permaneceu insuficiente e de baixa qualidade e tem experimentado crises financeiras cíclicas, ligadas principal- mente à incompatibilidade entre custos, gratuidades, tarifas e receitas, bem como às deficiências na gestão e na operação. Adicionalmente, ele experimentou um declínio na sua importância, eficiência e confiabilidade junto ao público, passando a ser visto como um “mal necessário” para aqueles que não podem dispor do automóvel ou da motocicleta. A motorização privada da mobilidade trouxe consigo grandes impactos negativos, na forma de aumento dos custos de operação dos ônibus, dos acidentes, da poluição e dos congestionamentos [..] Como o uso do auto- móvel requer o consumo de grande espaço físico nas vias, o congestionamento cresceu e rebaixou a velocidade dos ônibus para 12.a 15 km/h, quando o desejável e possível com tratamento adequado é 20 a 25 km/h. Isso levou ao aumento dos custos operacionais dos ônibus entre 15% e 25%, sendo o custo adicional repassado aos usuários pagantes, na maioria com baixo nível de renda. [...] Às grandes diferenças de qualidade entre 0 transporte público e o individual devem ser acrescentadas as vantagens do custo de usar automóveis ou motos: uma viagem de 7 quilômetros no pico da tarde em uma grande cidade, usando transporte público, leva mais do que o dobro do tempo da viagem em auto- móvel ou motocicleta, além de custar o triplo da viagem em moto e apenas 10% a menos que a viagem em auto. No campo ambiental, mas cidades com mais de 60 mil habitantes o transporte individual foi, em 2010, responsável por 87% das emissões de poluentes locais (que afetam a saúde das pessoas) e por 64% das emissões de dióxido de carbono (CO2), principal poluente do efeito estufa, que afeta a saúde da Terra. Na área da segurança do trânsito, morrem no Brasil 40 mil pessoas por ano, a maioria relacionada ao uso de veículos privados, com índices por habitante entre 4 e 6 vezes superiores aos dos países desenvolvidos. A questão, portanto, é saber quais podem ser as bases de uma política de mobilidade ambientalmente saudável, equitativa e sus- tentável, por meio da qual o transporte urbano seja organizado de forma a garantir prioridade aos deslocamentos não motorizados e por transporte público, para que sejam feitos com qualidade e eficiência. Assim, as perguntas mais importantes para o nosso futuro são: Que sistema de transporte urbano devemos organizar para acomodar, com qualidade e eficiência, os futuros deslocamentos nas cidades brasileiras? Qual deve ser o tratamento dispensado a cada modo de transporte e quais deles de- vem ter prioridade?

 

a) A que o texto se refere com “privatização da mobilidade”? De acordo com o texto, de que maneira esse fenômeno urbano tem sido estimulado?

 

b) Você concorda que esse processo tem desestimulado a população a usar o transporte coletivo? Justifique sua resposta.

 

c) Você tem observado essa realidade pelas ruas do lugar onde mora? Como isso afeta o seu dia a dia?

 

d) Elabore um texto argumentativo, que pode ser produzido individualmente ou em dupla, respondendo às duas questões propostas ao final do texto. Depois, apresente-o aos colegas da sala.

 

 

GABARITO

 

1. Sim, pois o processo de industrialização, ocorrido somente no século XX, se pautou na transferência de tecnologias mais avançadas importadas de países já industrializados. O setor industrial brasileiro, por sua vez, não foi capaz de absorver a numerosa mão de obra que migrou do campo para os centros urbanos. Com isso, muitos dos trabalhadores que não conseguiram em- prego nas fábricas ingressaram no setor terciário, provocando um inchaço do setor terciário.

 

2. Na criação de espaços fragmentados que dividem os grupos e as classes sociais, em que os grupos segregados apresentam disparidades de Moradia, de acesso aos serviços e de qualidade de vida. Os fatores determinantes da segregação são a renda da população é o valor dos terrenos e imóveis, que obriga a população de baixa renda a se instalar nos bairros e imóveis de preços mais acessíveis, por consequência, os mais desprovi- dos de infraestrutura e outros aparatos urbanos.

 

3. Entre alguns problemas estão a falta de habitação e de transportes, os altos índices de violência e criminalidade, e a insuficiência ou mesmo a ausência de serviços essenciais, como o abasteci- mento de água, rede de esgoto, segurança, iluminação, educação, saúde.

 

 

4. Os agentes privados adquirem áreas ou terrenos na periferia das cidades, próximo aos conjuntos habitacionais populares, e aguardam que o poder público implante a infraestrutura básica (como pavimentação, redes de água e esgoto, eletrificação) nos já construídos. Contudo, essa infraestrutura é implantada também nos terrenos vazios mais próximos, de posse dos especula- dores, que lucram muito com a venda desses terrenos que se valorizaram com tais obras.

 

5. Exclusão e marginalização de uma parcela da população, a ausência e omissão do poder do Estado, a corrupção, a criação de milícias e quadrilhas (crime organizado).

 

6. Poluição atmosférica, contaminação das águas, produção de lixo e descarga de esgotos sem tratamento. Resposta pessoal. Oriente os alunos a compreender que alguns problemas ambientais, como poluição atmosférica por aglomeração de indústrias e intenso movimento de veículos, podem ocorrer de maneira mais intensa nas grandes cidades, assim como poluição dos rios por lixo e esgoto doméstico podem ocorrer também nas cidades menores.

 

7. Fenômeno que provoca diferenças de temperatura média entre as regiões centrais das grandes cidades e suas periferias, uma vez que nas áreas centrais, densamente edificadas e impermeabilizadas, os prédios e as construções, as ruas, as avenidas e os viadutos pavimentados se aquecem com mais intensidade e irradiam o calor para a atmosfera, tornando o ar mais quente. Além disso, os grandes edifícios dificultam a circulação dos ventos e o calor não se dispersa, o que mantém as temperaturas mais altas.

 

8. A proliferação de insetos, ratos e outros animais transmissores de doenças; a contaminação do solo e do subsolo, ameaçando as águas do lençol freático; a perda da qualidade ambiental provocada pelo mau cheiro e o degradante aspecto visual; o risco de doenças às pessoas que manipulam o lixo e as que residem próximo aos depósitos irregulares.

 

9. a) Sim, pois os cortiços são considerados sub- moradias, ocupado por pessoas de baixa renda. Além disso, há déficit de habitações construídas pelo Estado, visto que elas atendem apenas uma parte da população, forçando a parcela excluída a ocupar imóveis em condições precárias.

b) Para economizar nos gastos com transporte, assim como no tempo despendido nele, muitas pessoas escolhem viver nos cortiços, em geral, localizados nas áreas centrais das cidades, de onde têm acesso mais facilitado aos seus locais de trabalho ou têm o seu deslocamento até eles reduzido.

 

10. a) Ao aumento do uso de veículos individuais como carros e motocicletas. Esse aumento se deve ao financiamento e incentivos mercadológicos, juntamente com a crescente negligência na utilização do transporte público, que se mostra insuficiente e de baixa qualidade.

b) Resposta pessoal.

c) Resposta pessoal.

d) Resposta pessoal.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Atividade 17 de Geografia - Ensino Médio - Urbanização e Industrialização no Brasil

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 17

Objeto de Aprendizagem: Urbanização e Industrialização no Brasil

 

Objetivos:

  • Compreender que o processo de industrialização brasileira foi um dos impulsos à urbanização do país, principalmente, a partir de 1930.
  • Identificar os vários fatores repulsivos que provocaram o êxodo rural, de modo que milhares de pessoas deixaram o campo e foram viver nas cidades, intensificando o crescimento das cidades.
  • Distinguir os fatores que serviram de atração à população do campo que decidiu viver nas cidades.
  • Verificar e analisar as desiguais taxas de urbanização entre os estados e regiões brasileiras.
  • Compreender o que é uma metrópole e como ocorreu o processo de metropolização no Brasil.
  • Compreender como se formam as regiões metropolitanas.
  • Conhecer e analisar informações sobre as principais regiões metropolitanas do Brasil.
  • Compreender o processo de desconcentração da atividade industrial no Brasil e suas consequências na organização urbana do país.
  • Compreender a organização da rede urbana e o sistema de hierarquia urbana no Brasil.
  • Compreender a dinâmica da espacialização industrial no Brasil.

 

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1- Qual era a função das primeiras cidades brasileiras?

 

2- Quais foram os principais fatores que levaram à urbanização brasileira, a partir da metade do século XX?

 

3- O Sudeste e o Centro-Oeste são as regiões brasileiras que apresentam taxas mais elevadas de urbanização. A urbanização nessas regiões, porém, se explica por fatores diferentes. Explique os fatores que impulsionaram o processo de urbanização nessas regiões.

 

4- Podemos dizer que o processo de urbanização brasileira foi acompanhado por um processo de metropolização. Justifique.

 

5- Quais os objetivos da criação das regiões metropolitanas? Dê exemplos.

 

6- Explique os fatores que têm levado à desconcentração industrial e à interiorização urbana no Brasil.

 

7- As cidades médias, nos últimos anos, têm atraído um número cada vez maior de migrantes. Por que isso ocorre?

 

8- Defina e dê exemplos:

a) grande metrópole nacional;

b) metrópoles nacionais;

c) metrópoles;

d) capitais regionais.

 

9- Em que consistiu o modelo de industrialização denominado substituição de importações?

 

10- Cite os principais fatores da concentração industrial na região Sudeste do Brasil.

  

11- Analise o gráfico. 

 

 

a) Qual é a região mais urbanizada do Brasil? E a região menos urbanizada do Brasil?

 

b) O que ocorreu com a taxa de urbanização da região Centro-Oeste ao longo do período representado?

 

c) Quais regiões apresentaram maior crescimento ao longo desse período?

 

d) A urbanização é homogênea pelo território brasileiro? Explique sua resposta com base nos dados do gráfico.

 

12- Leia o texto e realize as atividades propostas.

 

Industrialização

Desde o século XIX, e sobretudo nas primeiras décadas do século XX, consolidou-se a crença de que industrialização era sinônimo de modernização. Assim, sociedades ditas tradicionais, por exemplo, as da América Latina das primeiras décadas do século XX, começaram a se esforçar por assentar suas economias em bases industriais sólidas. (Apesar da polêmica, parece haver consenso que tais sociedades (no caso da América Latina) não podiam seguir os mesmos passos que as potências capitalistas plena- mente industrializadas, devido a seu contexto histórico, em que a economia se encontrava dependente do capital monopolista já estabelecido nos países avançados. No caso latino-americano, os chamados países de industrialização retardatária ou de Capitalismo tardio tiveram de enfrentar entraves internos e externos ao processo de industrialização. Externamente, sua dependência com relação às economias de Capitalismo avançado dificultou o estabelecimento de uma indústria competitiva, pois as nações já industrializadas detinham o monopólio do capital e da tecnologia e produziam artigos industriais com menor custo. Internamente, havia setores da elite, liga- dos à economia de exportação de bens primários, que propagavam a ideia de que seus países tinham uma natural “vocação agrícola”, justificando, assim, uma divisão do trabalho internacional em que cabia a algumas nações a produção de bens industriais, e a outras, a produção de matérias-primas. Outro problema enfrentado pelas nações latino-americanas foi dada a pouca capitalização de suas economias, criar um mercado consumidor interno para bens industriais. Particularmente em países com o Brasil, as ações econômicas em prol da industrialização dependeram de medidas políticas advindas do Estado para organizar a produção, favorecer os industriais privados, criar empresas estatais, “harmonizar” as classes sociais (impedindo os conflitos), disciplinar a força de trabalho pela violência e/ou persuasão de sindicatos controlados pelo Estado etc. Seja como for, a especificidade histórica da América Latina dificultou O processo de “transição” de suas economias.

 

 

a) Assim como em outros países latino-americanos, o processo de industrialização no Brasil teve início no final do século XIX e início do século XX. Que fatores impediam o desenvolvimento da indústria em nosso país até então?

 

b) Por que a industrialização no Brasil foi chamada de retardatária ou tardia?

 

c) De acordo com o texto, quais foram os entraves externos e internos ao processo de industrialização?

 

d) De que maneira o capital estatal, o nacional e o estrangeiro atuaram no processo de industrialização do Brasil?

 

e) Elabore um texto explicativo descrevendo qual foi a relação entre O apogeu e a crise da economia cafeeira no Brasil e o processo de industrialização do país, abordando os seguintes tópicos: capital, diversificação, infraestrutura, mão de obra e mercado consumidor. 

 

 

GABARITO

 

1. As primeiras cidades brasileiras tinham como função desempenhar o papel de porto comercial, já que sua economia se baseava na produção agrícola voltada para a exportação, e também militar, com a instalação de bases militares para garantir a posse da Colônia.

 

2. Os principais fatores são a instalação de grandes mineradoras e indústrias de base (siderúrgicas, metalúrgicas e petroquímicas) na região Sudeste do país e o intenso processo de êxodo rural, que levou milhões de pessoas a migrar do campo para as cidades.

 

3. No Sudeste, o processo de urbanização foi impulsionado pelo avanço da industrialização, enquanto no Centro-Oeste, a urbanização está ligada ao processo de concentração fundiária e desenvolvimento de uma agricultura altamente mecanizada que utiliza reduzida mão de obra.

 

4. O processo de urbanização brasileira foi acompanhado pela formação de grandes cidades (metrópoles), centro urbanos que atraíram grande contingente de pessoas que se deslocaram do campo e de outros centros urbanos, tornando- -se grandes focos de atração populacional.

 

5. Entre os objetivos estão o de promover o planeja- mento urbano integrado dessas grandes aglomerações e de disciplinar o crescimento horizontal. Assim, visam evitar e solucionar problemas típicos dessas grandes cidades, como os relacionados a transporte, habitação, educação, saúde, abasteci- mento de água e esgoto, fornecimento de energia, uso do solo e poluição.

 

6. Os fatores repulsivos das grandes cidades que geram a desconcentração industrial e a interiorização urbana são a escassez e o alto custo dos terrenos, a falta de segurança, o maior custo da mão de obra, que levaram muitas indústrias a redirecionar seus investimentos para as maiores cidades o interior, que oferecem atrativos como a redução, e até mesmo isenção de impostos, a doação de terrenos, instalações de infraestrutura, como forma de incentivar a vinda de tais investimentos a seus municípios.

 

7. Nessas cidades há maior possibilidade de encontrar melhores oportunidades de trabalho, assim como o custo de vida, e as dificuldades de sobre- vivência são menores. Ainda, a redução de postos de trabalho em alguns setores específicos, sobre- tudo da indústria, levou ao estabelecimento de uma nova dinâmica dos fluxos migratórios pelo território, caracterizada pelo predomínio da migração urbana-urbana em todas as regiões do país.

 

8. a) Grande metrópole nacional: cidade que concentra a maior parte das sedes de grandes empresas nacionais e estrangeiras, e que, por isso, exerce forte influência econômica sobre todo o território nacional. Também considerada uma cidade global por estar fortemente integrada aos fluxos mundiais, conectando a economia nacional com a economia mundial. Exemplo: São Paulo.

b) Metrópole nacional: também conhecida como cidade global, se caracteriza por concentrar a maior parte das sedes de grandes empresas nacionais e estrangeiras, além de exercer forte in- fluência econômica sobre todo o território nacional. Exemplos: Rio de Janeiro e Distrito Federal.

c) Metrópoles: cidades que apresentam economias diversificadas, concentram grandes empresas com forte projeção nacional e importantes órgãos político-administrativos. Exemplos: Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Manaus.

d) Capitais regionais: cidades que possuem área de influência sobre as regiões em que estão localizadas. Exemplos: Juiz de Fora (MG), Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP), Dourados (MS).

 

9. Consistiu em medidas para incentivar o crescimento da atividade industrial no Brasil, na qual o Estado passou a facilitar a importação de máquinas e equipamentos e restringindo a importação de produtos industrializados. Assim, tinha-se como objetivo fabricar os produtos industrializados que até então eram importados para atender a demanda interna.

 

10. Podemos citar a disponibilidade de capital proveniente da economia cafeeira que se desenvolveu na região; a concentração de investimentos públicos destinados à criação de indústrias de base e de infraestrutura; a existência de mão de obra numerosa e um amplo mercado consumidor; a disponibilidade de recursos minerais, energéticos e matérias-primas.

 

11 a) A região mais urbanizada é a Sudeste e a me- nos urbanizada é a Nordeste.

b) A região Centro-Oeste apresentou a maior urbanização no período representado no gráfico, com aumento de 64,6%.

c) Centro-Oeste, Sul e Nordeste.

d) Não, pois em cada região do país houve um ritmo e uma intensidade no crescimento das taxas de urbanização, diferente das demais. Essas taxas foram influenciadas pela desconcentração industrial, pelos incentivos fiscais oferecidos por cidades menores de diversos estados, pelo êxodo rural, pela criação de regiões metropolitanas, pelos investimentos do capital privado, estrangeiro e estatal, entre outros.

 

12. a) Neste período, consolidou-se a crença de que industrialização era sinônimo de modernização. Assim, esses países não podiam seguir os mesmos passos que as potências capitalistas plenamente industrializadas devido a seu contexto histórico, em que a economia se encontrava dependente do capital monopolista já estabelecido nos países avançados.

b) Porque essa industrialização ocorreu séculos após os países avançados ou desenvolvidos, na chamada Revolução Industrial.

c) O entrave externo se deve a sua dependência às economias avançadas, que dificulta o estabelecimento de uma indústria competitiva devido a seu monopólio do capital e da tecnologia, na qual produzem artigos industriais com menor custo. Internamente, a elite e setores ligados à economia de exportação de bens primários propagavam a ideia de que Seus países tinham uma natural vocação agrícola, ou seja, cabia a algumas nações a produção de bens industriais, e a outras, a produção de matérias-primas.

d) O chamado tripé da produção industrial brasileira foi constituído pelo capital nacional, amplamente investido na produção de bens de consumo não duráveis; pelo capital estatal, aplicado nas indústrias de base ou de bens de produção; e pelo capital estrangeiro, com forte participação nas indústrias de bens de consumo duráveis.

e) Resposta Pessoal.