ATIVIDADE 51
Objeto de Aprendizagem: Ártico
Competências da BNCC: EF09GE01/ EF09GE02/
EF09GE03/ EF09GE08/ EF09GE10
Leia o texto e responda as questões abaixo.
ÁRTICO
No Ártico, as condições naturais desafiam a sobrevivência humana e, por isso, o homem precisou encontrar meios que possibilitassem sua permanência na região, uma vez que o desenvolvimento natural da agricultura é inviável. Diversos povos compõem a população no Ártico, cada um com uma denominação distinta. Os inuits constituem um desses principais povos. Eles ocupam a região entre o Estreito de Bering e a Groenlândia. Em meados do século XX, intensificou-se a exploração da região polar ártica em razão da descoberta de suas riquezas minerais e energéticas. A ampliação de atividades econômicas voltadas para o comércio trouxe significativas transformações no es paço geográfico da região ártica, afetando o modo de vida das populações nativas. A maneira como grande parte dos inuits vive atualmente no Ártico não se assemelha ao modo de vida de seus antepassados, que eram nômades e cuja manutenção da vida era garantida pela caça, sobretudo de mamíferos, no verão.
Outro povo pertencente à região do Ártico são os lapões, que se estabeleceram, a princípio, na Lapônia, região que se estende do noroeste da Rússia ao norte da Noruega, e, nos dias atuais, vivem predominantemente na Noruega. Tradicionalmente, os lapões praticavam a pesca e a agricultura, mas se destacavam, sobretudo, pela criação de renas, deslocando-se sazonalmente para acompanhar os rebanhos. Por isso, eram considerados povos nômades. Assim como no caso dos inuits, o modo de vida e a cultura dos lapões estão se modificando. Embora ainda pratiquem a criação extensiva de renas, o povo lapão vive de maneira sedentária em povoados.
A habitação tradicional dos inuits denomina-se iglu. Para se proteger dos ventos frios do Ártico, eles constroem os iglus com a neve existente no local. Para isso, cortam a neve em vários blocos de gelo, que são empilhados e moldados até formar um domo. O iglu possui um sistema especial de ventilação capaz de proporcionar uma diferença térmica entre sua parte interna e a externa, conservando o ambiente interior bastante aquecido. Atualmente, a maioria dos inuits vive em casas de madeira e com eletricidade e os iglus são mais utilizados nos períodos de caça.
Há milhares de anos são exploradas as potencialidades econômicas da região do Ártico, porém de maneira não predatória. Nos dias atuais, embora a caça e a pesca comercial de determinadas espécies de mamíferos marinhos estejam proibidas, parte dos povos nativos pode continuar capturando esses animais apenas para sua subsistência. Atualmente, a economia do Ártico está muito diferente e, a partir de meados do século XX, a antiga economia tradicional dos povos nativos passou a conviver cada vez mais com atividades econômicas modernas. Isso ocorreu, sobretudo, em razão da descoberta de grandes jazidas minerais e de petróleo na região, que atraiu muitas empresas extrativas, que, por sua vez, acabaram por impulsionar a expansão urbana e a infraestrutura regional, incentivando a vinda de imigrantes para a região.
Observe no mapa os
principais recursos naturais explorados no Ártico. Note que amplas áreas
oceânicas favorecem a pesca e apresentam minérios, especialmente petróleo e gás
natural, dos quais já foram encontrados mais de 400 campos de exploração no
subsolo ártico. Além deles, existem na região carvão, estanho, ouro e ferro.
Além dos recursos naturais, a região possui grande importância para a economia
mundial, pois várias rotas comerciais marítimas e linhas aéreas internacionais
passam por ela.
A região do Ártico possui uma das maiores reservas de petróleo e gás natural ainda inexploradas. Por isso, essa região se tornou alvo de diversas empresas de extração de petróleo em busca do aumento da produção. Algumas das maiores empresas do ramo já iniciaram suas pesquisas e instalações para começar a extrair esses combustíveis fósseis das regiões geladas do Ártico. Algumas delas já operam em regiões frias, como a Noruega e a Groenlândia. No entanto, a região do Ártico apresenta desafios maiores, pois as condições climáticas no Ártico são inadequadas às instalações necessárias para a extração de petróleo. Além disso, os riscos ambientais são maiores porque as áreas congeladas e as constantes nevascas podem afetar as medidas de segurança, fazendo que algum vazamento de petróleo na região do Ártico cause danos irreversíveis ao ambiente local e atinja a vida em todo o planeta. Espécies que sobrevivem apenas em áreas geladas podem até ser extintas e, consequentemente, o equilíbrio ecológico em toda a Terra ficaria comprometido.
FONTE: TORREZANI, Neiva Camargo. Vontade de saber: Geografia: 9º ano: ensino
fundamental: anos finais. São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. ISBN
978-85-8392-159-2.
1.
Quais foram as principais consequências da intensificação
da exploração econômica na região ártica, a partir de meados do século XX, para
as populações nativas, como os inuits?
2.
Como o modo de vida tradicional dos povos lapões foi
alterado pelas atividades econômicas modernas na região do Ártico, segundo o
texto?
3.
De que forma a habitação tradicional dos inuits, o iglu, se
diferencia das moradias atuais, e qual a função original dessa construção?
4.
Explique por que a exploração de petróleo e gás natural no
Ártico apresenta desafios e riscos ambientais maiores em comparação com outras
áreas, como a Noruega e a Groenlândia.
5.
Quais são os principais recursos naturais explorados na
região ártica, além de petróleo e gás natural, conforme o texto?
6.
Analise a mudança no modo de subsistência dos inuits, de
nômades caçadores para uma população com modo de vida mais moderno.
7.
O texto menciona que parte dos povos nativos ainda pode
caçar para subsistência, mesmo com a proibição da caça comercial. Por que essa
distinção é importante do ponto de vista social e ambiental?
8.
Explique por que o Ártico tem grande importância para a
economia mundial, além de seus recursos naturais, e como as rotas comerciais
estão envolvidas.
9.
Quais são os riscos ambientais de um possível vazamento de
petróleo no Ártico e por que esse dano poderia ser irreversível e afetar a vida
em todo o planeta?
10.
Aponte e explique como a transição da economia tradicional
dos povos nativos para a convivência com atividades econômicas modernas trouxe
transformações na infraestrutura e na dinâmica populacional da região ártica.
GABARITO
1.
A intensificação da exploração econômica e a expansão de atividades
comerciais no Ártico trouxeram significativas transformações no espaço
geográfico e afetaram o modo de vida dos povos nativos, que deixaram de ser
nômades e caçadores para se adaptarem a um modo de vida mais moderno.
2.
Os lapões, que tradicionalmente eram nômades e se dedicavam à pesca
e à criação de renas, passaram a viver de forma sedentária em povoados, mesmo
que ainda pratiquem a criação extensiva de renas, indicando uma modificação em
seu modo de vida e cultura devido à influência da economia moderna.
3.
A habitação tradicional dos inuits, o iglu, era construída com
blocos de neve e servia como proteção contra os ventos frios, conservando o
ambiente interno aquecido. Atualmente, a maioria dos inuits vive em casas de
madeira com eletricidade, e os iglus são mais usados em períodos de caça.
4.
A exploração de petróleo e gás natural no Ártico apresenta riscos
maiores devido às condições climáticas inadequadas, como áreas congeladas e
nevascas constantes, que podem comprometer as medidas de segurança. Um
vazamento nessas condições pode causar danos irreversíveis ao ambiente e afetar
o equilíbrio ecológico global.
5.
Além de petróleo e gás natural, o texto menciona que a região ártica
possui outros recursos naturais explorados, como carvão, estanho, ouro e ferro.
6.
A mudança no modo de subsistência dos inuits ocorreu devido à
expansão das atividades econômicas modernas, que afetaram o seu modo de vida
tradicional. Eles deixaram de ser nômades que dependiam da caça de mamíferos
para viverem em povoados com acesso a infraestrutura moderna.
7.
A distinção entre a caça de subsistência e a caça comercial é
importante porque a primeira busca garantir a alimentação e sobrevivência das
populações nativas, enquanto a segunda, se for predatória, pode colocar
espécies em risco de extinção, desequilibrando o ecossistema.
8.
O Ártico tem grande importância para a economia mundial devido às
rotas comerciais marítimas e aéreas que passam pela região. O derretimento do
gelo pode abrir novas rotas, o que aumenta a sua relevância estratégica para o
comércio internacional.
9.
Um vazamento de petróleo no Ártico poderia causar danos
irreversíveis porque as condições climáticas dificultam a contenção e limpeza.
Os impactos ambientais, como a poluição, afetariam a vida de espécies adaptadas
ao ambiente gelado, que poderiam ser extintas, comprometendo o equilíbrio
ecológico em todo o planeta.
10. A transição
da economia tradicional para a convivência com atividades modernas na região
ártica, impulsionada pela descoberta de jazidas minerais e de petróleo,
resultou na expansão urbana, no desenvolvimento de infraestrutura e na vinda de
imigrantes, modificando a dinâmica populacional e o espaço geográfico.
ATIVIDADE 50
Objeto de Aprendizagem: Regiões Polares.
Competências da BNCC: EF09GE01/ EF09GE02/
EF09GE03/ EF09GE08/ EF09GE10
Leia o texto e responda as questões abaixo.
AS REGIÕES POLARES
O planeta Terra possui
duas regiões polares. Uma delas, a região polar antártica, no extremo sul,
constitui um continente chamado Antártida, ocupada por turistas temporários e
cientistas que ficam instalados em algumas bases científicas (a maioria delas
ativa somente no verão). Já a região polar ártica, no extremo norte do planeta,
não constitui um continente. Essa região encontra-se rodeada por terras
continentais (da Europa, Ásia e América do Norte) e é ocupada, há milhares de
anos, por povos que se adaptaram para enfrentar as rigorosidades do clima
polar. Conforme podemos observar nos mapas abaixo, as regiões polares
compreendem, ao norte do planeta (Polo Norte), as áreas localizadas ao redor do
Círculo Polar Ártico e no interior dele, e ao sul do planeta (Polo Sul), as
áreas localizadas ao redor do Círculo Polar Antártico e no interior dele. Em
razão da curvatura terrestre e, consequentemente, da baixa incidência dos raios
solares nessas áreas de elevada latitude, suas temperaturas permanecem baixas
durante todo o ano.
Durante muito tempo, pensou-se que os polos geográficos e magnéticos se localizassem no mesmo ponto. No entanto, os termos “polos magnéticos” e “polos geográficos” não têm o mesmo significado. Esses polos não são coincidentes, pois existe uma diferença entre suas localizações. Os polos geográficos Norte e Sul são uma convenção humana e são marcados no ponto de encontro do eixo de rotação do planeta com a superfície terrestre. A Terra possui um campo magnético que age como um grande ímã. Os polos magnéticos são os pontos que variam de acordo com esse campo magnético, para onde, normalmente, a agulha de uma bússola aponta. Ou seja, o movimento de rotação da Terra determina a localização dos polos geográficos Norte e Sul, e o campo magnético da Terra determina a localização dos polos magnéticos Norte e Sul.
As regiões ártica e antártica apresentam muitas características em comum, sobretudo no que se refere aos fatores naturais. Dentre elas destacam-se: Banquisas, Inlândsis, Icebergs e Permafrost.
·
Os
banquisas constituem grandes blocos de gelo formados pelo congelamento da
superfície da água do mar. São, portanto, capas de gelo que funcionam como um
isolante térmico das águas mais profundas. Essas águas mais profundas
permanecem líquidas por não terem contato com a fria atmosfera polar. Sobre as
águas extremamente frias e salgadas dos polos, as banquisas se expandem no
inverno e se retraem no verão. O oceano Glacial Ártico abriga um conjunto de
enormes banquisas, sobre as quais se localiza o Polo Norte geográfico do
planeta. A Antártida também abriga grandes banquisas em suas costas,
especialmente nas baías, como de Ross ou de Weddel.
·
Os
Inlândsis constituem grandes plataformas de gelo sobre a terra. São formados
pelo congelamento da água doce proveniente das precipitações atmosféricas, e
não da água salgada do mar. São, portanto, o acúmulo de camadas de neve e gelo
em uma superfície continental. Movendo-se do interior do continente para o
litoral um pouco a cada ano, constituem os maiores reservatórios de água doce
do mundo. Quando suas bordas se despedaçam, caindo no mar, formam os icebergs.
A Antártida abriga sobre sua plataforma continental o maior inlândsis do mundo,
chegando a atingir uma espessura de mais de 4 mil metros em algumas áreas. Sobre
esses inlândsis se localiza o Polo Sul geográfico do planeta. O possível
derretimento dos inlândsis vem preocupando, principalmente, ambientalistas e
governantes do mundo todo, pois certamente esse fenômeno aumentaria a
quantidade de icebergs à deriva e causaria a elevação do nível das águas dos
oceanos, podendo gerar inundações nas áreas costeiras.
·
Os
icebergs são grandes blocos de gelo que se desprendem dos inlândsis. Após
deslizarem até o oceano, passam a vagar de acordo com a dinâmica das correntes
marítimas. Esses blocos apresentam parte do gelo acima da água, boiando, mas a
maior parte de seu corpo fica submersa. Os icebergs podem percorrer centenas de
quilômetros até que seu derretimento os consuma totalmente, o que acontece à
medida que se aproximam das latitudes mais baixas, onde a temperatura é mais
elevada.
·
Os
permafrost são solos ou rocha congelados cuja temperatura permanece inferior a
0 °C durante dois ou mais anos. Esse tipo de solo não é exclusivo das regiões
polares, pois ocorre com relativa frequência em áreas de climas frios,
especialmente nas terras do Hemisfério Norte ou em elevadas altitudes
montanhosas. No Hemisfério Sul, sua ocorrência é bem menor, localizando-se no
extremo sul da América do Sul (Patagônia) e em algumas áreas das bordas do
continente antártico.
Outro fato curioso
dessas regiões geladas são as auroras boreais. Nosso planeta é constantemente
atingido por tempestades de ventos solares. As auroras polares são um fenômeno
físico natural que ocorrem quando essas tempestades se tornam visíveis por
causa da incidência de ventos solares em períodos noturnos. No Polo Norte é
chamado Aurora Boreal, e no Polo Sul, Aurora Austral. As auroras polares
ocorrem durante os equinócios, sendo mais comuns entre os meses de março e abril
e entre setembro e outubro. O fenômeno ocorre quando a escuridão da noite
permite observar o efeito luminoso do impacto de partículas de ventos solares,
canalizados pelo campo magnético terrestre, ao atingir as camadas mais elevadas
da atmosfera da Terra, entre 80 e 300 quilômetros de altitude. A luz observada
no fenômeno é emitida no momento da colisão entre partículas de elétrons e
prótons trazidas pelos ventos solares, e partículas de oxigênio e nitro gênio
existentes na atmosfera terrestre. O mais comum é observar o fenômeno em forma
de luzes difusas pelo céu em diferentes tonalidades de verde, mas também pode
variar entre os tons de vermelho. Alguns satélites também já registraram
auroras em tons de azul e violeta. A Aurora Boreal pode ser observada mais
facilmente na região norte do Canadá, enquanto a Aurora Austral é mais bem
percebida ao sul da Tasmânia, ilha australiana.
Aurora
Boral, Inslandia 2025.
As regiões polares constituem ambientes extremamente frágeis e necessitam ser cuidadosamente monitoradas e protegidas diante dos avanços dos impactos ambientais causados pela ação humana. Entre essas alterações destacam-se as mudanças climáticas pelas quais tem passado o planeta, com forte impacto sobre o volume de gelo armazenado nos polos e aumento do nível dos oceanos, além da destruição de hábitats naturais de diversas espécies, como ursos-polares (no Ártico) e elefantes-marinhos (na Antártida). Veja, no gráfico a seguir, a evolução do volume de degelo no Ártico. Além do degelo e a consequente destruição do hábitat de muitos animais que vivem nos polos, a ação humana tem causado outros impactos ambientais, como:
·
A
pesca predatória de animais polares, como baleias e focas, sem respeito aos
seus ciclos de reprodução, ou mesmo ignorando-os, é um problema que não está
totalmente superado, pois muitas espécies encontram-se ameaçadas.
Navio pesqueiro, Ártico - 2025.
· As estações científicas internacionais têm um cuidado especial com o tratamento e o armazenamento sustentável do lixo produzido. No entanto, o turismo, o lixo industrial e os objetos que chegam de outros lugares vindos pelo oceano poluem as regiões polares.
· Enquanto o subsolo da Antártida permanece relativamente intacto, o Ártico é alvo de disputas territoriais, principalmente dos países que o rodeiam, interessados na exploração econômica dos recursos energéticos da região.
· Embora a pesca do krill esteja controlada, tanto a Antártida quanto o Ártico são conhecidos como regiões muito ricas para a pesca desse crustáceo.
FONTE: TORREZANI, Neiva Camargo. Vontade de saber: Geografia: 9º ano: ensino
fundamental: anos finais. São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. ISBN
978-85-8392-159-2.
1. O que são os polos geográficos e os polos magnéticos da Terra e qual a principal diferença entre eles, segundo o texto?
2. O que são os inlândsis, como se formam, e qual o risco ambiental associado ao seu derretimento?
3. De que forma a região polar ártica e a região polar antártica se diferenciam em termos de formação e ocupação humana?
4. Explique como ocorrem as auroras polares (boreal e austral) e quais elementos da natureza estão envolvidos nesse fenômeno.
5. Quais são as principais características comuns entre as regiões ártica e antártica, conforme o texto?
6. Descreva o que são os icebergs, de onde eles se originam e o que acontece com eles à medida que se movem para latitudes mais baixas.
7. O texto menciona que os permafrosts podem ser encontrados em outras áreas além das regiões polares. Quais são essas áreas e o que caracteriza esse tipo de solo?
8. Quais são os principais impactos ambientais causados pela ação humana nas regiões polares, segundo o texto?
9. Analise por que as estações científicas nas regiões polares precisam ter um cuidado especial com o lixo e como o turismo pode ser um fator de poluição nesses locais.
10.
Aponte e explique por que a Antártida e o Ártico enfrentam
situações diferentes em relação à exploração econômica e disputas territoriais.
GABARITO
1. Polos
geográficos são os pontos de encontro do eixo de rotação da Terra com a
superfície, enquanto polos magnéticos são os pontos para onde a agulha da
bússola aponta, variando de acordo com o campo magnético terrestre. A principal
diferença é que os polos magnéticos não são coincidentes com os polos
geográficos.
2. Inlândsis
são grandes plataformas de gelo sobre a terra, formadas pelo acúmulo de neve e
gelo provenientes da água doce. O risco ambiental do seu derretimento é o
aumento da quantidade de icebergs e a elevação do nível das águas dos oceanos,
que pode causar inundações nas áreas costeiras.
3. A
região ártica não constitui um continente, sendo rodeada por terras
continentais e ocupada por povos há milhares de anos. A região antártica é um
continente, a Antártida, e é ocupada principalmente por cientistas em bases
temporárias.
4. As
auroras polares ocorrem quando partículas de ventos solares, canalizadas pelo
campo magnético terrestre, colidem com partículas de oxigênio e nitrogênio nas
camadas superiores da atmosfera. Esse impacto gera o efeito luminoso visível no
céu noturno.
5. As
principais características comuns entre as regiões ártica e antártica, segundo
o texto, são a presença de banquisas (gelo marinho), inlândsis (gelo
continental), icebergs (blocos de gelo flutuantes) e permafrost (solo
congelado).
6. Icebergs
são grandes blocos de gelo que se desprendem dos inlândsis e vagam pelo oceano.
Eles se originam das bordas dos inlândsis que caem no mar. À medida que se
movem para latitudes mais baixas, onde a temperatura é mais elevada, eles
derretem gradualmente.
7. Além
das regiões polares, os permafrosts podem ser encontrados em áreas de climas
frios no Hemisfério Norte ou em elevadas altitudes montanhosas. Esse tipo de
solo ou rocha é caracterizado por permanecer congelado a uma temperatura
inferior a 0ºC por dois ou mais anos.
8. Os
principais impactos ambientais causados pela ação humana incluem as mudanças
climáticas (aumento do degelo e do nível dos oceanos), a destruição de hábitats
naturais, a pesca predatória de animais polares, a poluição por lixo trazido
pelo oceano e a contaminação por atividades de turismo e industriais.
9. As
estações científicas precisam ter cuidado especial com o lixo para evitar a
poluição de um ambiente extremamente frágil. O turismo contribui para a
poluição ao gerar lixo e levar objetos que podem contaminar a região. O
monitoramento e o tratamento adequado dos resíduos são essenciais para proteger
esse ecossistema.
10. A Antártida e o Ártico enfrentam situações diferentes porque, enquanto o subsolo da Antártida é relativamente protegido, o Ártico é alvo de disputas territoriais, principalmente por países vizinhos interessados na exploração econômica de seus recursos naturais. Isso resulta em pressões diferentes sobre a conservação e o uso desses territórios.
ATIVIDADE 49
Objeto de Aprendizagem: Oceania - Aspectos
Gerais.
Competências da BNCC: EF09GE01 / EF09GE02 /
EF09GE03 / EF09GE04 / EF09GE05 / EF09GE06 / EF09GE07 / EF09GE08 / EF09GE09 /
EF09GE10
1. No caderno, explique como ocorreu o povoamento da Oceania.
2. De que maneira a colonização europeia comprometeu o modo de vida dos povos nativos no continente australiano?
3. Os índices de desenvolvimento humano da Austrália e da Nova Zelândia são bastante elevados. Explique, no caderno, por que o IDH desses países é alto.
4. Compare o mapa climáticos e descreva, no caderno, a relação entre as condições naturais e a distribuição da população pelo território australiano.
5. Quais são as principais fontes de energia consumidas na Oceania?
6. Descreva, no caderno, o contraste existente entre Austrália e Nova Zelândia e os demais países da Oceania, em relação:
a) ao setor industrial.
b) ao desenvolvimento do espaço agrário.
7.
Com base na tabela abaixo, responda no caderno.
a) Qual a situação da Austrália em relação ao ranking de produção e reservas de recursos minerais?
b) Nesse país, a presença desses recursos minerais em grande quantidade é significativa para sua economia? Justifique sua resposta.
8. Leia as manchetes e responda às questões em seu caderno.
Micronésia tem um dos
melhores
pontos de mergulho do
mundo
G1, 2 jun. 2017.
Disponível em: <http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2017/06/micronesia
tem-um-dos-melhores-pontos-de-mergulho-do-mundo.html>. Acesso em: 6 nov. 2018
Queenstown, a capital
de aventura
ao ar livre da Nova
Zelândia
Beto Conte, 10 abr.
2014. Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/betonomundo/2014/04/10/
queenstown-capital-de-aventura/>. Acesso
em: 6 nov. 2018.
a) Qual é o destaque turístico da Micronésia, de acordo com a primeira manchete?
b) Qual a importância da atividade turística para as pequenas ilhas da Oceania?
c) Por que a cidade de Queenstown é conhecida como a capital mundial dos esportes de natureza?
9. Observe os climogramas abaixo e responda às questões em seu caderno.
a) Aponte as principais características do clima mostrado no gráfico A e no gráfico B.
b) Em qual porção do território australiano ocorre o clima representado no gráfico B? E qual tipo de vegetação desenvolve-se na área onde esse clima atua?
c) Descreva as características de outro clima encontrado na Oceania que não tenha sido representado nos climogramas acima.
d) A cidade de Sydney situa-se na costa leste da Austrália e apresenta elevada pluviosidade. Qual o principal aspecto que promove as chuvas abundantes em toda essa localidade?
10.
Observe a imagem ilustrativa que representa os países integrantes da Apec.
a) Pesquise quais são os países-membros da Apec.
b) Qual o principal objetivo desse bloco econômico?
c)
Por que esse bloco econômico é considerado uma zona preferencial de comércio?
GABARITO
1. Antes da chegada dos exploradores
europeus, grande parte do território da Oceania já era habitada por povos
nativos que provavelmente vieram do Sudeste Asiático.
2. Resposta esperada: o contato com
os europeus desencadeou enfermidades até então desconhecidas dos aborígines,
como sarampo, gripe e varíola, doenças que dizimaram uma grande quantidade de
grupos nativos. Além disso, os colonizadores deslocaram os povos de suas
terras, obrigando-os a migrar para outras regiões.
3. Entre os principais motivos desse
elevado índice, podemos destacar a distribuição de renda mais igualitária e os
altos investimentos do governo na área social, como nos setores de saúde,
educação e previdência social.
4. A porção central da Austrália,
onde atua o clima desértico, é pouco ocupada; a maior parte da população desse
país concentra-se nas áreas litorâneas.
5. As principais fontes de energia
consumidas na Oceania são provenientes de combustíveis fósseis, como o petróleo
e o carvão.
6. a) A atividade industrial do
continente se concentra na Austrália, e em menor grau na Nova Zelândia,
enquanto os outros países apresentam fraco desenvolvimento industrial.
6. b) As principais lavouras e
criações do continente se desenvolvem na Austrália e na Nova Zelândia, onde são
altamente mecanizadas e produtivas, enquanto nos outros países a agropecuária é
feita de modo tradicional com o emprego de pouca tecnologia.
7. a) A Austrália ocupa as primeiras
posições do ranking mundial em relação às reservas e produção mineral, exceto
de alumínio.
b) Sim, as exportações de recursos
minerais da Austrália representam mais de 57% de toda pauta de exportações do
país.
8. a) A Micronésia é considerada um
dos melhores pontos de mergulho do mundo.
8. b) Resposta esperada: as pequenas
ilhas que compõem a Oceania, como Taiti, Bora Bora e outras, têm no turismo uma
fonte de renda importante, em razão de suas belezas naturais.
8. c) Resposta esperada: porque
favorece a prática de esportes ao ar livre, como parapente, trilhas na
floresta, ciclismo, asa-delta, balonismo, canoagem, rafting (descida em
corredeiras utilizando botes infláveis), mergulho, bungee jumping (salto em
queda livre, em que a pessoa é amarrada aos pés por um elástico), esqui,
snowboarding (descida na neve utilizando pranchas), entre outras, que são
procuradas por turistas aventureiros do mundo todo.
9. a) O clima de Tibooburra apresenta
temperaturas mais elevadas no verão e mais baixas no inverno, com baixo volume
de chuvas durante todo o ano. O clima de Sydney apresenta temperaturas mais
amenas no verão e chuvas abundantes durante todo o ano.
9. b) O clima temperado, apresentado
nessa área, é predominante na costa leste da Austrália, onde se desenvolvem
florestas temperadas, com variadas espécies de plantas.
c) Resposta pessoal. O aluno poderá
escrever sobre os climas equatorial, tropical ou mediterrâneo.
9. d) As massas de ar vindas do
oceano encontram obstáculos nas formações da grande Cordilheira Australiana e
dos Alpes Australianos, ocasionando abundantes precipitações em toda a costa
leste do país, onde a cidade de Sydney se localiza.
10. a) Austrália, Brunei, Canadá,
Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova
Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Taiwan,
Tailândia, Estados Unidos da América e Vietnã. 10.
b) A Apec é um bloco econômico
instituído com o objetivo principal de impulsionar o crescimento econômico de
seus países-membros.
c) Porque na Apec ocorre a eliminação parcial de algumas tarifas alfandegárias sobre seus produtos comercializados.
ATIVIDADE 48
Objeto de Aprendizagem: APEC
Competências da BNCC: EF09GE01/ EF09GE02/
EF09GE05/ EF09GE09/ EF09GE10
Leia o texto e responda as questões abaixo.
APEC
A Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), sigla em inglês para *Asia-Pacific Economic Cooperation*, é um fórum multilateral criado em 1989, na cidade de Camberra, Austrália, por iniciativa do então primeiro-ministro australiano Bob Hawke. A proposta surgiu durante um discurso em Seul, Coreia do Sul, como resposta à crescente interdependência comercial entre os países da região do Pacífico e à necessidade de fortalecer seus interesses nas negociações internacionais, especialmente nas rodadas do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio). Oficializada em 1993, a Apec tornou-se um dos principais mecanismos de cooperação econômica e comercial entre países da Ásia, Oceania, América do Norte e América do Sul banhados pelo Oceano Pacífico. Sua sede está localizada em Singapura.
O fórum é composto por 21 membros: Austrália, Brunei, Canadá, China, Chile, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova-Guiné, Peru, Rússia, Singapura, Tailândia, Taiwan e Vietnã. Essa diversidade inclui economias altamente desenvolvidas, como Estados Unidos e Japão, e emergentes, como Peru e Indonésia. A Apec não é um bloco econômico tradicional com tratados vinculativos, mas sim um espaço de diálogo e cooperação voluntária, onde os países discutem políticas, compartilham experiências e estabelecem metas comuns para o desenvolvimento regional.
O principal objetivo da Apec é promover o crescimento econômico sustentável e a integração regional por meio da facilitação do comércio e dos investimentos. Para isso, o fórum atua na criação e revisão de acordos comerciais regionais, na harmonização de políticas econômicas e na redução de barreiras tarifárias e não tarifárias. Há mais de três décadas, discute-se a criação de uma zona de livre comércio entre os países da região, o que tornaria o fluxo de mercadorias mais eficiente e intensificaria o comércio internacional. Além disso, a Apec promove iniciativas voltadas à inclusão social, como a capacitação de trabalhadores rurais para o uso de tecnologias digitais, o apoio a comunidades indígenas no comércio global e ações para aumentar a resiliência frente às mudanças climáticas, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Em termos econômicos, a Apec representa um dos maiores arranjos globais. Os países membros concentram 37% da população mundial e respondem por 61% do Produto Interno Bruto (PIB) global, totalizando US$ 64,4 trilhões em 2023. Quatro das dez maiores economias do mundo fazem parte do fórum: Estados Unidos (US$ 27,36 trilhões, 42,4% do PIB da Apec), China (US$ 17,79 trilhões, 27,6%), Japão (US$ 4,21 trilhões, 6,5%) e Canadá (US$ 2,14 trilhões, 3,3%). Essa concentração de poder econômico torna a Apec um ator central nas dinâmicas do comércio internacional.
O impacto comercial da Apec é expressivo: o fórum é responsável por 49,1% das exportações mundiais de mercadorias e 34,6% das exportações de serviços. Os principais produtos exportados pelos países membros incluem circuitos integrados, aparelhos de transmissão (como equipamentos de telecomunicação) e veículos. A China lidera as exportações, respondendo por cerca de 35% do total do fórum. Por outro lado, os Estados Unidos são os maiores importadores, adquirindo 28,8% das mercadorias comercializadas no contexto da Apec. As importações do bloco representam 48,7% do total mundial, com destaque para circuitos integrados, petróleo bruto e automóveis, provenientes tanto de países membros quanto de nações externas, como Brasil, Alemanha, Índia e Reino Unido. Em serviços, as importações da Apec equivalem a 37,7% do total global.
A atuação da Apec vai além dos números. O fórum realiza reuniões periódicas entre líderes, ministros e representantes técnicos para discutir temas como inovação, digitalização, segurança alimentar, sustentabilidade e inclusão. Essas reuniões permitem o alinhamento de políticas nacionais e o fortalecimento da cooperação entre os membros. A flexibilidade e o caráter não vinculativo da Apec favorecem a troca de experiências e a construção de consensos, respeitando as diferentes realidades econômicas e sociais dos países envolvidos.
Em resumo, a Apec é um fórum estratégico que desempenha papel fundamental na promoção do comércio internacional, na integração econômica regional e no desenvolvimento sustentável. Com uma estrutura que valoriza o diálogo e a cooperação voluntária, ela contribui para a estabilidade e o crescimento das economias do Pacífico, influenciando diretamente as dinâmicas globais. Seu impacto se reflete não apenas nos indicadores econômicos, mas também na capacidade de seus membros de enfrentar desafios comuns e construir um futuro mais próspero e inclusivo.
Fonte: Brasilescola, 2025.
1.
O que significa a sigla APEC e quando o fórum foi criado?
2.
De que forma a APEC se diferencia de um bloco econômico
tradicional, como a União Europeia, de acordo com o texto?
3.
Quais são os principais objetivos da APEC para a integração
e desenvolvimento econômico dos países membros?
4.
Explique como a APEC promove a inclusão social e a
sustentabilidade, além de suas metas comerciais.
5.
O texto menciona que a APEC discute a criação de uma zona
de livre comércio. Quais seriam os possíveis impactos dessa medida no fluxo de
mercadorias entre os países membros?
6.
Como a diversidade de desenvolvimento econômico entre os
membros da APEC, que inclui países como Estados Unidos e Peru, pode influenciar
o diálogo e as negociações dentro do fórum?
7.
Analise a importância econômica da APEC em escala global,
considerando os dados de PIB e população apresentados no texto.
8.
Quais são os principais produtos exportados e importados
pelos países da APEC e como esse comércio se relaciona com a dinâmica global?
9.
Identifique, a partir das informações do texto, o país que
mais exporta e o que mais importa mercadorias no contexto da APEC e discuta a
relevância desses países no fórum.
10.
Aponte e explique como a APEC atua na harmonização de
políticas econômicas entre seus membros para facilitar o comércio e os
investimentos.
GABARITO
1.
A sigla APEC significa Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, e o fórum
foi criado em 1989.
2.
A APEC se diferencia por não ser um bloco econômico com tratados
vinculativos, mas sim um espaço de diálogo e cooperação voluntária para
discutir políticas, compartilhar experiências e estabelecer metas comuns,
diferentemente de blocos tradicionais com regras mais rígidas.
3.
Os principais objetivos da APEC são promover o crescimento econômico
sustentável, a integração regional, a facilitação do comércio e dos
investimentos, a criação e revisão de acordos comerciais, a harmonização de
políticas econômicas e a redução de barreiras tarifárias e não tarifárias.
4.
A APEC promove a inclusão social e a sustentabilidade através de
iniciativas como a capacitação de trabalhadores rurais para o uso de
tecnologias digitais, o apoio a comunidades indígenas no comércio global e
ações para aumentar a resiliência frente às mudanças climáticas, alinhando-se aos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
5.
A criação de uma zona de livre comércio na APEC poderia tornar o
fluxo de mercadorias mais eficiente entre os membros e intensificar o comércio
internacional, gerando um impacto significativo nas dinâmicas comerciais da
região e do mundo.
6.
A diversidade de desenvolvimento econômico entre os membros da APEC,
que inclui economias desenvolvidas e emergentes, pode levar a diferentes
prioridades e desafios. As negociações e o diálogo precisam considerar essas realidades
distintas para que as políticas e metas atendam às necessidades de todos,
promovendo um crescimento inclusivo.
7.
A APEC é extremamente importante economicamente em escala global,
pois seus membros concentram 37% da população e 61% do PIB mundial. Essa
concentração de poder econômico, incluindo quatro das dez maiores economias do
mundo, faz do fórum um ator central no comércio e nas finanças internacionais.
8.
Os principais produtos exportados pelos países da APEC são circuitos
integrados, aparelhos de transmissão e veículos. Já os principais importados
são circuitos integrados, petróleo bruto e carros. Esse comércio reflete a
interdependência global, com o fórum sendo um grande polo de produção e
consumo.
9.
A China é o país que mais exporta mercadorias no contexto da APEC,
sendo responsável por cerca de 35% do total do fórum, o que demonstra sua
enorme relevância como potência industrial e exportadora. Os Estados Unidos são
os maiores importadores, adquirindo 28,8% das mercadorias, o que sublinha sua
importância como mercado consumidor.
10. A APEC atua na harmonização de políticas econômicas através de reuniões periódicas entre líderes, ministros e representantes técnicos. Nesses encontros, eles discutem e alinham políticas nacionais, compartilham experiências e estabelecem metas comuns que visam facilitar o comércio e os investimentos entre os membros.
