ENSINO MÉDIO
ATIVIDADE 24
Objeto de Aprendizagem: O Subdesenvolvimento
Objetivos:
• Compreender a relação entre o processo de globalização e o agravamento das desigualdades no mundo.
• Identificar e diferenciar as características que classificam os países em desenvolvimento e desenvolvidos.
• Analisar e refletir sobre os dados estatísticos referentes às condições socioeconômicas de países subdesenvolvidos em comparação às de países desenvolvidos.
• Conhecer e analisar os indicadores que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
• Conhecer as origens históricas do subdesenvolvimento.
• Conhecer e analisar a espacialização dos domínios europeus: entre os séculos XIX e XX.
• Compreender e refletir sobre as desigualdades existentes no mundo atual.
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GRÁTIS!
1.A
globalização e o sistema capitalista têm intensificado as desigualdades no
mundo. Explique como isso ocorre e dê exemplos.
2. Em relação
à linha de pobreza, diferencie:
a) limite de
pobreza;
b) limite de
pobreza extrema ou de indigência.
3. Selecione e
anote em seu caderno palavras e expressões-chave que caracterizem os países:
a)
desenvolvidos;
b)
subdesenvolvidos.
4. Quais são
as principais questões que dificultam a regionalização do mundo em apenas dois
grupos: países desenvolvi dos e países subdesenvolvidos?
5. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
leva em consideração três importantes variáveis para estabelecer o nível de
desenvolvimento de um país. Quais são elas? O que cada uma delas expressa sobre
um país?
6. Cite algumas das origens históricas comuns
aos países subdesenvolvidos.
7. Quais foram as consequências da atuação
das oligarquias nos países subdesenvolvidos?
8. Explique, dando exemplos, o que
caracteriza os seguintes aspectos do subdesenvolvimento:
a) precárias condições de vida;
b) dependência econômica e financeira;
c) endividamento externo;
d) dependência tecnológica.
9. Leia o texto a seguir e responda às
questões.
A economia africana e o fator China
Em 2006 realizou-se a primeira Cúpula Sino-Africana,
que reuniu em Beijing, nome atual de Pequim, a quase totalidade de chefes de
Estados dos países africanos e dirigentes chineses. Essa reunião teve como
grande objetivo implementar ainda mais as relações econômicas entre a China e
os países do continente africano. Naquela ocasião, um ministro do alto escalão
chinês afirmou enfaticamente que “a China precisava da África”. São várias as
razões que justificam o grande interesse dos chineses no continente.
Primeiramente, deve se levar em conta que, para a manutenção do alto ritmo de
crescimento da economia chinesa, o país necessita importar enormes quantidades
de matérias-primas minerais, especialmente energéticas, sendo a África
importante fornecedor. A China também precisa colocar seus produtos em mercados
consumidores em expansão, como é o caso do africano, assim como alocar
investimentos de seu capital excedente. A agressiva política chinesa de conquista
de mercados externos, que já havia atingido a Ásia, os países desenvolvidos e a
América Latina, tem se voltado cada vez mais para a África, área do mundo que
tem se mostrado como uma nova fronteira para a expansão dos interesses
econômicos chineses. “Além disso, a China está cada vez mais imbuída da
necessidade de ter apoio internacional para se proteger de determinados
questionamentos nos fóruns internacionais, sobretudo em temas ligados aos
direitos humanos e respeito à legislação sobre patentes, já que o país é
considerado como um líder na “pirataria” intelectual. Nesse sentido, o apoio
dos países africanos — e a África é o continente com maior número de países — é
absolutamente essencial. Para cumprir esses objetivos a China tem aumentado a
ajuda para o desenvolvimento dos países africanos. Ao mesmo tempo tem ofertado
vultosos empréstimos, cujo pagamento pode ser feito com matérias-primas, tão
necessárias à China. A dimensão econômica da presença chinesa na África pode
ser avaliada pelo fato de que, na primeira década do século XXI, os chineses
passaram do nono para o segundo maior parceiro comercial africano, só superados
pelos Estados Unidos, desbancando as antigas potências coloniais europeias.
Além do comércio de bens, os países africanos têm se mostrado um importante
destino para os investimentos em áreas da construção civil e mineração. O
modelo baseado na oferta de crédito oficial condicionada à contratação de
serviços chineses tornou imbatíveis os preços oferecidos pelos chineses.
Todavia, nem tudo são flores nessa relação. Um dos problemas é o desgaste do
modelo praticado, que gera endividamento dos Estados africanos, deixando a
sensação de que a China, na verdade, pratica um outro tipo de colonialismo,
fato que fica evidenciado pela grande utilização de mão de obra chinesa pelas
empresas instaladas no continente. Além disso, a China tem sido constantemente
criticada pelo apoio que tem dado a regimes acusados de violação sistemática
dos direitos humanos, cujo caso mais emblemático é o Sudão. A forma como a
China lidará com esses desafios poderá comprovar se a estratégia chinesa é um
tipo de colonialismo com uma nova roupagem, baseado na competição econômica por
recursos cada vez mais escassos, ou se essa parceria tem como objetivo o mútuo
desenvolvimento.
a) Por que a África tem se tornado uma nova
fronteira para a expansão dos interesses econômicos da China?
b) A China e a maioria dos países africanos fazem parte do mesmo conjunto de países subdesenvolvidos? Justifique sua resposta.

c) O texto aborda a questão de que a China
tem realizado um novo tipo de colonialismo. Que argumentos ele cita para apoiar
tal afirmação?
10. Pesquise em jornais, revistas ou na
internet informações atuais sobre o relacionamento da China com países da
África. De posse dessas informações, em sala de aula, realize um debate com os
colegas a respeito de um possível novo colonialismo realizado pela China no
continente africano ou se esse país tem buscado um desenvolvimento mútuo.
Registre a conclusão de vocês em um texto-síntese coletivo ou individual.
GABARITO
1. A
desigualdade surge como produto da atual fase do desenvolvimento capitalista e
reproduz-se por meio de suas contradições. Por um lado, a globalização promove
o crescimento econômico, por outro, intensifica a acumulação do capital, o que
significa que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres ainda mais pobres.
2.
a) Limite de pobreza: faixa em que se encontram as pessoas que recebem até 3,10
dólares por dia; renda considerada suficiente para satisfazer as necessidades
mínimas dos moradores de um domicílio.
b)
Limite de pobreza extrema ou de indigência: faixa em que se encontram as
pessoas que recebem até 1,90 dólar por dia; renda sufi- ciente para comprar
apenas os alimentos necessários para repor os gastos energéticos.
3.
a) Desenvolvidos: elevado padrão de vida, alto grau de industrialização;
supremacia econômica e tecnológica.
b) Subdesenvolvidos: atraso e dependência econômica e tecnológica, grande parte da população vive em precárias condições de vida.
4.
Há uma enorme heterogeneidade tanto entre os países mais desenvolvidos quanto
entre os sub- desenvolvidos. Entre os mais desenvolvidos encontram-se as
maiores potências mundiais e as economias mais modestas. Entre os
subdesenvolvidos estão aqueles de economia agrária e frágil e aqueles que se
destacam no cenário econômico mundial como economias industrializadas.
5.
Para estabelecer o IDH de um país, leva-se em conta o nível de escolaridade,
verificado pela taxa de alfabetização e pela média de anos de estudo; a
longevidade da população, indicada pela expectativa de vida dos habitantes e
que mede as condições de vida da população; e a renda per capita, que indica a
capacidade ou poder de compra de bens e serviços pela população.
6. O
subdesenvolvimento tem origens históricas que remontam ao colonialismo, entre
os séculos XV e XVI, período que marcou a expansão do capitalismo mercantil. As
riquezas dos territórios coloniais foram intensamente exploradas pelas
metrópoles e grande parte de sua população nativa foi escravizada e dizimada. O
colonialismo também estabeleceu uma relação desigual nas trocas comer- ciais,
na qual as metrópoles forneciam manufaturas às suas colônias, enquanto estas
forneciam riquezas que geravam lucros às metrópoles.
7.
Após conquistarem a independência, a política das ex-colônias se manteve nas
mãos da elite dominante, também chamadas oligarquias, por meio de governos
autoritários e antidemocráticos. Submissos aos interesses do grande capital
internacional, esses governos agravaram ainda mais a situação de pobreza, já
que defendiam e faziam prevalecer seus interesses e privilégios.
8.
a) Parte da população não possui renda suficiente para suprir as necessidades
básicas, como alimentação, saúde, educação e lazer, o que leva à situação de
pobreza extrema e à sub- nutrição de parcela da população. A precariedade ou
inexistência dos serviços de saúde também levam à elevada taxa de mortalidade
infantil e à baixa expectativa de vida.
b) A carência de recursos financeiros, a escassez de investimentos e a economia descapitalizada tornam os países subdesenvolvidos dependentes do capital internacional, de modo que seu mercado seja dominado por grandes empresas transnacionais. Essa dependência econômica se explica em virtude da desvantagem na divisão internacional do trabalho, uma vez que são exportadores de gêneros primários e commodities de baixo valor no mercado internacional.
c) Ao exportar gêneros primários e importar produtos industrializados, os países subdesenvolvidos acumulam déficits crescentes, que limitam os recursos para investir na expansão e melhoria dos serviços públicos, e da infra- estrutura necessária para a expansão das atividades econômicas. Para cobrir os déficits e investir no desenvolvimento interno, muitos países contraem empréstimos com grandes bancos estrangeiros e organismos internacionais (FMI e Banco Mundial), ampliando ainda mais sua dependência econômica e financeira, já que as elevadas taxas de juros aumentam muito o valor da dívida.
d) Por causa da reduzida capacidade de investi- mentos, esses países destinam escassos recursos para as áreas de educação, ciência e tecnologia. Se por um lado a grande maioria dos países subdesenvolvidos apresenta domínio tecnológico reduzido ou quase inexistente, por outro, as nações mais ricas e desenvolvidas detêm o domínio das mais avançadas tecnologias, o que mantém os países subdesenvolvidos dependentes das exportações de gêneros menos valorizados no comércio internacional.
9. a) Porque a agressiva política chinesa de conquista de mercados externos, que já havia atingido a Ásia, os países desenvolvidos e a América Latina, tem se voltado cada vez mais para a África, uma vez que a China almeja colocar seus produtos em mercados consumidores em expansão.
b) Não; embora sejam países subdesenvolvidos, a China é considerada uma economia em desenvolvimento, e a maioria dos países da África é classificada como uma economia menos desenvolvida.
c) A China tem aumentado a ajuda para o desenvolvimento dos países africanos e recebe como pagamento matérias-primas, tão necessárias ao país. Além do comércio de bens, os países africanos têm se mostrado um importante destino para os investimentos em áreas da construção civil e da mineração. Todavia, o desgaste do modelo praticado tem sido um dos problemas, gerando endividamento dos Estados africanos, o que evidencia outro tipo de colonialismo, fato constatado com a grande utilização de mão de obra chinesa pelas empresas instaladas no continente.
10)
Resposta pessoal.
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