ENSINO MÉDIO
ATIVIDADE 23
Objeto de Aprendizagem: Comércio Internacional e Blocos Econômicos.
Objetivos:
• Reconhecer e compreender as mudanças ocorridas no comércio internacional diante da globalização.
• Identificar as relações comerciais existentes entre os países.
• Analisar a distribuição espacial e os fluxos do comércio mundial.
• Diferenciar os tipos de integração regional.
• Conhecer e analisar as principais características de alguns blocos econômicos, assim como alguns de seus desafios.
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GRÁTIS!
1. Qual foi a
atuação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) no período
pós-guerra?
2. Caracterize
o multilateralismo comercial.
3. Cite alguns
fatores que favoreceram a expansão do comércio internacional.
4. Quais os
três principais eixos de circulação do comércio mundial? Quais as vantagens
dessas economias em relação aos países subdesenvolvidos?
5. Cite
algumas medidas comerciais que provocam distorções nas relações comerciais
entre alguns países.
6. Explique os
motivos que levaram à formação dos blocos econômicos. Qual é o objetivo dos
países com essa formação?
7. Caracterize
os diferentes tipos de integração regional:
a) Área de
livre-comércio;
b) União
aduaneira;
c) Mercado
comum;
d) União
econômica e monetária.
8. Quais os
objetivos econômicos e políticos da criação da União Europeia?
9. Quais são
as diferenças, do ponto de vista político e econômico, entre o Nafta a União
Europeia?
10. Cite as
consequências da transição das economias socialistas para o capitalismo nos
países da Comunidade dos Estados Independentes (CE).
11. Leia o
texto a seguir e responda às questões.
Mercosul: uma
trajetória de 25 anos
Em 2016 o Mercosul
completa 25 anos de existência, nos quais pouco se caminhou no sentido de
atingir o objetivo de tornar-se um bloco de integração plena. O texto a seguir
retrata alguns aspectos dessa trajetória. As últimas decisões importantes
tomadas no Mercosul ocorreram entre 2004 e 2006, quando se incluiu como prioridade
na agenda o tema das assimetrias e se aprovou a criação do Fundo para a
Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul, o Focem. Em
2007 foi criado o Grupo de Integração Produtiva e registraram-se avanços
político-institucionais com a criação do Instituto Social e a adoção de medidas
sobre vários temas sociais e políticos. Em 2012/13 o bloco viveu momentos
difíceis, detonados pelo golpe parlamentar no Paraguai. O Estado paraguaio foi
suspenso e a Venezuela teve seu ingresso aprovado. Em agosto de 2013 o quadro
aparentemente se normalizou. A verdade é que os avanços anunciados há uma
década não se transformaram em políticas e ações concretas. As tentativas de
inserir as pequenas e médias empresas nas cadeias produtivas não contaram com os
investimentos necessários das empresas líderes e nem com maiores esforços dos
governos. E nos últimos 10 anos, com o aumento da abertura, o cresci- mento das
importações (principalmente de peças e partes) e a ida de empresas
multinacionais brasileiras para fora - América do Sul e inclusive China -
muitas cadeias de produção no Brasil estão internacionalizadas e as vendas aos
vizinhos não têm muito por onde crescer. Inclusive grandes empresários
brasileiros e dos demais países hoje consideram mais interessante que o
Mercosul retroceda e se mantenha como área de livre-comércio e não avance para
consolidar uma União Aduaneira. O patrimônio do Mercosul é grande em matéria de
instrumentos, institutos, fóruns e decisões nesses campos. Mas quanto em
matéria de esforço político e de recursos é destinado por nossos governos para
que esses instrumentos tenham papel de destaque? As decisões nesse campo
dificilmente ultrapassam a retórica.
a) De acordo
com o texto, após 25 anos o Mercosul não passou por grandes mudanças desde que
começou a vigorar. Cite um trecho do texto que exemplifica essa afirmação.
b) Segundo o
texto, o que impede o fortalecimento do Mercosul como bloco econômico?
c) De acordo
com o que você estudou, que tipo de integração regional caracteriza o Mercosul?
GABARITO
1. O Banco Mundial e o FMI foram criados para assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro internacional, fornecendo assistência técnica e ajuda financeira direta aos países por meio da concessão de empréstimos.
2. O multilateralismo comercial visa combater práticas protecionistas e promover a liberalização do comércio internacional, apoiando-se em princípios que proíbem qualquer tipo de discriminação, vantagem ou privilégio envolvendo tarifas aduaneiras entre seus signatários.
3. A expansão das empresas multinacionais pelo mundo foi beneficiada por medidas como: a redução das barreiras tarifárias; a harmonização da política aduaneira; a derrubada de inúmeras medidas protecionistas, como a cobrança de altas taxas de importação, que visavam proteger certos mercados e dificultavam a expansão das trocas comerciais; e a ampliação do setor produtivo nos países mais desenvolvidos e industrializados.
4. De maneira geral, o comércio mundial se estrutura em torno de três eixos principais de circulação: os Estados Unidos e o Canadá, na América do Norte; a União Europeia; e os países asiáticos, com destaque para o Japão, a China e os Tigres Asiáticos (Coreia do Sul, Hong Kong e Singapura). Esses países têm como vantagens as trocas comerciais, que acontecem com maior intensidade, além do fato de liderarem o comércio de produtos avançados tecnologicamente e, portanto, de elevado valor agregado. Já a grande maioria dos países subdesenvolvidos depende, basicamente, da exportação de matérias-primas básicas (gêneros agropecuários, recursos minerais e energéticos) de menor valor agregado.
5. Entre essas principais medidas que provocam distorções estão: a imposição de cotas, que imita a quantidade do produto a ser importado; o dumping, que é a venda de mercadorias a preços menores que o seu custo com a finalidade de eliminar os concorrentes; os subsídios financeiros, a fim de tornar determinados setores mais competitivos no mercado; as barreiras fitossanitárias, que instituem normas rígidas principalmente sobre os produtos agropecuários; as barreiras administrativas, que são as normas e exigências técnicas; e as taxas de câmbio, reguladas pela política monetária e que podem desvalorizar a moeda nacional a fim de tornar os produtos importados mais caros ao consumidor.
6. A formação dos blocos econômicos busca ampliar a participação dos países-membros no comércio mundial, sobretudo com o aumento de suas exportações. Para tanto, os acordos comerciais e econômicos firmados entre os países, como a redução ou eliminação das tarifas alfandegárias, a uniformização de políticas monetárias e financeiras, a desburocratização do setor aduaneiro, entre outros, procuram facilitar o fluxo e a circulação de mercadorias, serviços e capitais entre os parceiros do bloco. Tal estratégia atende às necessidades de acumulação de capital inerentes à expansão das economias capitalistas.
7. a) Em uma área de livre-comércio, os países eliminam progressivamente as tarifas alfandegárias para estimular os fluxos de comércio e investimentos entre si. No entanto, cada país do bloco tem autonomia para conservar sua política tarifária em relação aos países que não pertencem ao bloco.
b) Em uma união aduaneira, além do livre-comércio estabelecido pela eliminação das barreiras alfandegárias, os países também adotam uma tarifa externa comum (TEC), cobrando os mesmos impostos e taxas alfandegárias sobre os produtos importados de países de fora do bloco.
c) Além do livre-comércio de mercadorias e serviços, o mercado comum também estabelece a livre movimentação de capitais (investimentos) e de pessoas (trabalhadores) entre os países-membros.
d) A união econômica e monetária é o estágio mais avançado de integração regional, cujo funcionamento prevê a adoção de uma moe- da única e de um Banco Central, além da criação de instituições, como tribunais de justiça e de contas, conselhos de ministros, parlamentos, entre outros, e a padronização de políticas econômicas e monetárias necessárias para garantir, entre os países-membros, níveis compatíveis de inflação, taxas de juros, déficits públicos etc.
8. O objetivo da criação da União Europeia foi o de promover a recuperação econômica dos países- -membros que haviam sido devastados pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Do ponto de vista político, sua criação buscou deter o crescente avanço da influência estadunidense, ocorrida com a implantação do Plano Marshall, e, ao mesmo tempo, impedir o eminente avanço do socialismo no Leste Europeu.
9. O Nafta foi criado com o objetivo de fortalecer à economia da União Europeia e foi alcançado graças ao processo de integração ocorrido na- quele continente. Ao contrário do bloco europeu, que caminha para uma integração política e econômica completa, o Nafta se restringe a um acordo comercial, não prevendo o avanço para uma união aduaneira ou um mercado comum, como ocorre na União Europeia.
10. Durante o processo de transição para a economia capitalista de mercado, os novos países da CEI sofreram forte desaceleração da economia. Isso ocorreu em razão da crise que surgiu com a transição político-econômica, tendo como consequência o aumento do endividamento externo, do desemprego, da inflação e a decadência de outros indicadores sociais, como o aumento da pobreza e da concentração de renda.
11. a) “A verdade é que os avanços anunciados há uma década não se transformaram em políticas e ações concretas”. “As decisões nesse campo [esforço político) dificilmente ultrapassam a retórica”.
b) Atualmente o Mercosul consiste em uma união aduaneira, em que os países-membros definem uma tarifa externa comum (TEC).
c)
As “assimetrias” significam as grandes diferenças econômicas entre os
países-membros. A dívida externa, o desemprego e a inflação são problemas que
afetam de maneira diferente os países do bloco. Alguns países, por exemplo,
possuem altas taxas de desemprego e inflação, enquanto outros têm maior
endividamento externo.
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