ENSINO MÉDIO
ATIVIDADE 18
Objeto de
Aprendizagem: A urbanização brasileira e seus problemas
Objetivos:
- Verificar que o processo de urbanização ocorrido no Brasil apresentou características típicas do subdesenvolvimento.
- Relacionar a desigualdade social e a segregação espacial nas cidades brasileiras.
- Relacionar o modelo de urbanização brasileira e o agravamento de inúmeros problemas socioeconômicos e ambientais que ocorrem nas cidades.
- Identificar e analisar os principais problemas relacionados ao espaço urbano no Brasil.
- Identificar e refletir sobre os principais problemas ambientais existentes nos centros urbanos brasileiros.
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1- O “inchaço”
do setor terciário nas grandes cidades brasileiras é consequência do modelo de
urbanização ocorrido em nosso país? Explique.
2- Como a
segregação socioespacial pode ser percebida na paisagem do espaço urbano?
3- O que
determina essa segregação? O crescimento desordenado dos centros urbanos tem
provocado graves problemas sociais. Dê alguns exemplos.
4- De que
maneira os agentes econômicos privados conseguem obter elevados lucros por meio
da especulação imobiliária?
5- Cite alguns fatores que contribuem para o
aumento da violência urbana.
6- Quais são os principais problemas
ambientais das cidades brasileiras? Em sua opinião, esses problemas ocorrem
apenas nas grandes cidades? Explique sua resposta.
7- Explique como se formam as ilhas de calor.
8- Quais são as consequências resultantes da
má destinação e acúmulo de resíduos em locais impróprios? Dê exemplos.
9- Observe as fotos e responda as questões.

Cortiço em São Paulo.
a) Os cortiços, em geral localizados nas
áreas centrais das grandes cidades, são áreas deterioradas. Os cortiços são um
exemplo da urbanização excludente? Explique.
b) Qual é a relação entre a ocupação desses
locais e as problemáticas enfrentadas pela população que depende de transporte
coletivo?
10- Leia o texto e realize as atividades
propostas a seguir.
O transporte urbano no
Brasil
As maiores cidades brasileiras, assim como muitas
grandes cidades de países em desenvolvimento, foram adaptadas, nas últimas
décadas, para o uso eficiente do auto- móvel, o que correspondeu a um projeto
de privatização da mobilidade, fortemente associada aos interesses das classes
médias forma- das no processo de acumulação capitalista. Vários esquemas de
financiamento e incentivo mercadológico promoveram grande ampliação da frota de
automóveis no Brasil e, mais recentemente, da frota de motocicletas, neste caso
atendendo a um público mais jovem e novos grupos em ascensão social e econômica.
Paralelamente, o sistema de transporte público foi crescentemente
negligenciado, em uma pedagogia negativa para afastar a sociedade do seu uso
como principal forma de transporte motorizado. O transporte público, apesar de
alguns investimentos importantes em locais específicos, permaneceu insuficiente
e de baixa qualidade e tem experimentado crises financeiras cíclicas, ligadas
principal- mente à incompatibilidade entre custos, gratuidades, tarifas e
receitas, bem como às deficiências na gestão e na operação. Adicionalmente, ele
experimentou um declínio na sua importância, eficiência e confiabilidade junto
ao público, passando a ser visto como um “mal necessário” para aqueles que não
podem dispor do automóvel ou da motocicleta. A motorização privada da
mobilidade trouxe consigo grandes impactos negativos, na forma de aumento dos
custos de operação dos ônibus, dos acidentes, da poluição e dos
congestionamentos [..] Como o uso do auto- móvel requer o consumo de grande
espaço físico nas vias, o congestionamento cresceu e rebaixou a velocidade dos
ônibus para 12.a 15 km/h, quando o desejável e possível com tratamento adequado
é 20 a 25 km/h. Isso levou ao aumento dos custos operacionais dos ônibus entre
15% e 25%, sendo o custo adicional repassado aos usuários pagantes, na maioria
com baixo nível de renda. [...] Às grandes diferenças de qualidade entre 0
transporte público e o individual devem ser acrescentadas as vantagens do custo
de usar automóveis ou motos: uma viagem de 7 quilômetros no pico da tarde em
uma grande cidade, usando transporte público, leva mais do que o dobro do tempo da
viagem em auto- móvel ou motocicleta, além de custar o triplo da viagem em moto
e apenas 10% a menos que a viagem em auto. No campo ambiental, mas cidades com
mais de 60 mil habitantes o transporte individual foi, em 2010, responsável por
87% das emissões de poluentes locais (que afetam a saúde das pessoas) e por 64%
das emissões de dióxido de carbono (CO2), principal poluente do efeito estufa,
que afeta a saúde da Terra. Na área da segurança do trânsito, morrem no Brasil
40 mil pessoas por ano, a maioria relacionada ao uso de veículos privados, com
índices por habitante entre 4 e 6 vezes superiores aos dos países
desenvolvidos. A questão, portanto, é saber quais podem ser as bases de uma
política de mobilidade ambientalmente saudável, equitativa e sus- tentável, por
meio da qual o transporte urbano seja organizado de forma a garantir prioridade
aos deslocamentos não motorizados e por transporte público, para que sejam
feitos com qualidade e eficiência. Assim, as perguntas mais importantes para o
nosso futuro são: Que sistema de transporte urbano devemos organizar para
acomodar, com qualidade e eficiência, os futuros deslocamentos nas cidades
brasileiras? Qual deve ser o tratamento dispensado a cada modo de transporte e
quais deles de- vem ter prioridade?
a) A que o texto se refere com “privatização
da mobilidade”? De acordo com o texto, de que maneira esse fenômeno urbano tem
sido estimulado?
b) Você concorda que esse processo tem
desestimulado a população a usar o transporte coletivo? Justifique sua
resposta.
c) Você tem observado essa realidade pelas
ruas do lugar onde mora? Como isso afeta o seu dia a dia?
d) Elabore um texto argumentativo, que pode
ser produzido individualmente ou em dupla, respondendo às duas questões
propostas ao final do texto. Depois, apresente-o aos colegas da sala.
GABARITO
1.
Sim, pois o processo de industrialização, ocorrido somente no século XX, se
pautou na transferência de tecnologias mais avançadas importadas de países já
industrializados. O setor industrial brasileiro, por sua vez, não foi capaz de
absorver a numerosa mão de obra que migrou do campo para os centros urbanos.
Com isso, muitos dos trabalhadores que não conseguiram em- prego nas fábricas
ingressaram no setor terciário, provocando um inchaço do setor terciário.
2.
Na criação de espaços fragmentados que dividem os grupos e as classes sociais,
em que os grupos segregados apresentam disparidades de Moradia, de acesso aos
serviços e de qualidade de vida. Os fatores determinantes da segregação são a
renda da população é o valor dos terrenos e imóveis, que obriga a população de
baixa renda a se instalar nos bairros e imóveis de preços mais acessíveis, por
consequência, os mais desprovi- dos de infraestrutura e outros aparatos
urbanos.
3.
Entre alguns problemas estão a falta de habitação e de transportes, os altos
índices de violência e criminalidade, e a insuficiência ou mesmo a ausência de
serviços essenciais, como o abasteci- mento de água, rede de esgoto, segurança,
iluminação, educação, saúde.
4.
Os agentes privados adquirem áreas ou terrenos na periferia das cidades,
próximo aos conjuntos habitacionais populares, e aguardam que o poder público
implante a infraestrutura básica (como pavimentação, redes de água e esgoto,
eletrificação) nos já construídos. Contudo, essa infraestrutura é implantada
também nos terrenos vazios mais próximos, de posse dos especula- dores, que
lucram muito com a venda desses terrenos que se valorizaram com tais obras.
5.
Exclusão e marginalização de uma parcela da população, a ausência e omissão do
poder do Estado, a corrupção, a criação de milícias e quadrilhas (crime
organizado).
6.
Poluição atmosférica, contaminação das águas, produção de lixo e descarga de
esgotos sem tratamento. Resposta pessoal. Oriente os alunos a compreender que
alguns problemas ambientais, como poluição atmosférica por aglomeração de
indústrias e intenso movimento de veículos, podem ocorrer de maneira mais
intensa nas grandes cidades, assim como poluição dos rios por lixo e esgoto
doméstico podem ocorrer também nas cidades menores.
7.
Fenômeno que provoca diferenças de temperatura média entre as regiões centrais
das grandes cidades e suas periferias, uma vez que nas áreas centrais,
densamente edificadas e impermeabilizadas, os prédios e as construções, as
ruas, as avenidas e os viadutos pavimentados se aquecem com mais intensidade e
irradiam o calor para a atmosfera, tornando o ar mais quente. Além disso, os
grandes edifícios dificultam a circulação dos ventos e o calor não se dispersa,
o que mantém as temperaturas mais altas.
8. A
proliferação de insetos, ratos e outros animais transmissores de doenças; a
contaminação do solo e do subsolo, ameaçando as águas do lençol freático; a
perda da qualidade ambiental provocada pelo mau cheiro e o degradante aspecto
visual; o risco de doenças às pessoas que manipulam o lixo e as que residem
próximo aos depósitos irregulares.
9.
a) Sim, pois os cortiços são considerados sub- moradias, ocupado por pessoas de
baixa renda. Além disso, há déficit de habitações construídas pelo Estado,
visto que elas atendem apenas uma parte da população, forçando a parcela
excluída a ocupar imóveis em condições precárias.
b)
Para economizar nos gastos com transporte, assim como no tempo despendido nele,
muitas pessoas escolhem viver nos cortiços, em geral, localizados nas áreas
centrais das cidades, de onde têm acesso mais facilitado aos seus locais de
trabalho ou têm o seu deslocamento até eles reduzido.
10.
a) Ao aumento do uso de veículos individuais como carros e motocicletas. Esse
aumento se deve ao financiamento e incentivos mercadológicos, juntamente com a
crescente negligência na utilização do transporte público, que se mostra
insuficiente e de baixa qualidade.
b)
Resposta pessoal.
c)
Resposta pessoal.
d)
Resposta pessoal.
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