segunda-feira, 21 de julho de 2025

Atividade 28 de Geografia - Ensino Médio - Conflitos no Mundo

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 28

Objeto de Aprendizagem: Conflitos no Mundo

 

Objetivos:

  Conhecer e refletir sobre a sucessão de eventos históricos que influenciaram o conflito entre judeus e palestinos e que repercutiram na formação de Israel e na organização do espaço geográfico da região. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que desencadearam os conflitos na região do País Basco e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região da Caxemira e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região do Curdistão e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região do Cáucaso e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na África e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Refletir sobre as consequências dos conflitos para as nações envolvidas, tendo em vista o número de vítimas e os problemas econômicos e sociais gerados por esses conflitos.


Faça o download dessa atividade no final, inteiramente GRÁTIS!

 

1. Em que consistiu o movimento sionista? Qual foi o objetivo desse movimento?

 

2. Descreva como foi a partilha da Palestina em 1947.

 

3. Como ficou o domínio do território da Palestina após a primeira guerra árabe- israelense?

 

4. Em que contexto se formou o ETA, movimento separatista pela criação do País Basco? Como podemos descrever esse movimento em sua atuação inicial e qual foi o encaminhamento dado a ele?

 

5. Qual a principal razão da divergência entre Índia e Paquistão? A divergência entre esses países já os levou a quais consequências?

 

6. A instituição do Estado Curdo afeta não apenas interesses políticos e sociais, mas principalmente econômicos. Quais são os fatores que impedem a criação do Curdistão?

 

7. Por que os conflitos no Cáucaso se intensificaram após a desintegração da URSS?

 

8. Quais foram as consequências étnicas e geopolíticas da divisão da África na Conferência de Berlim?

 

9. A independência das colônias africanas significou o fim dos conflitos étnicos ou de grupos rivais? Explique.

  

10. Analise o texto a seguir e realize as atividades propostas. À beira de uma nova crise nuclear?

 

“Hoje, a preocupação é a proliferação nuclear horizontal. Enquanto as grandes potências nucleares tendem a se desarmar, novas potências nucleares surgem, e nós não sabemos com segurança se seríamos ou não capaz de detê-los”, afirmou Meier-Walser em entrevista à DW. “Além das potências nucleares tradicionais, como os EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China, entraram na corrida armamentista países como Israel e Índia, e também outros mais instáveis politicamente, como o Paquistão e a Coreia do Norte. O vice-ministro norte “coreano, Pak Ki Yon, chegou a utilizar um tom de ameaça em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro último, ao afirmar que uma simples faísca bastaria para desencadear uma guerra nuclear na península da Coreia do Norte. HH As armas nucleares representam um risco incalculável e é impossível saber se as novas potências nucleares irão se portar de maneira racional ou não, afirma Annette Schaper, especialista em Política de Administração de Segurança dos Estados, do Instituto de Pesquisa de Paz e Conflitos de Frankfurt. Ainda assim, é considerada improvável a hipótese de que a Coreia do Norte ou o Irã possam vir a fazer uso de seu arsenal nuclear, uma vez que certamente sofreriam retaliações. Ambos os países se colocam em isolamento internacional e adotam políticas não democráticas, e o sistema econômico da Coreia do Norte passa por dificuldades. “Em casos como esses, países isolados tendem a reagir de modo agressivo para se aproveitar política- mente de possíveis ameaças externas”, afirma Schaper. Os objetivos dessa estratégia são impor seus interesses a outras nações e utilizar internamente a ameaça de um inimigo externo como forma de trazer estabilidade ao regime. Especialmente no caso do Irã e seu programa nuclear, a questão também envolve poder, prestígio e, principalmente, seu domínio na região do Oriente Médio: Annette Schaper vê um grande risco de que os países ameaçados, como a Arábia Saudita, comecem uma corrida armamentista em uma região já bastante instável. O Irã já está cercado por cinco novas potências atômicas, o que resulta em grande parte da ambição de sua política nuclear, como explica Reinhard Meier-Walser, da Universidade de Regensburg. Ele se refere ao medo que muitos países têm de que o Irã possa algum dia repassar seu conhecimento ou até mesmo equipamento para organizações como o Hisbolá e o Hamas, a quem o país apoia abertamente. Há o risco de países como Irã ou Paquistão se verem em uma situação de conflito, na qual as únicas saídas se- riam fazer concessões ou lançar mão do arsenal nuclear. “Armas convencionais poderiam não ser suficientes para derrotar o inimigo”, diz. Para Meier-Walser, a solução seria o desarmamento em médio prazo de todos os países.

 

a) Em que momento o texto descreve que o mundo esteve na iminência de viver um conflito nuclear, que poderia ter sido um verdadeiro desastre mundial?

 

b) O que o texto quer dizer com “Hoje, a preocupação é a proliferação nuclear horizontal”.

 

c) Como os países que detêm armas nucleares, e são politicamente instáveis, podem fomentar uma corrida armamentista na atualidade? Cite o caso do Irã.

 

d) O texto cita alguns países que detêm a tecnologia nuclear e preocupam o mundo em relação à sua instabilidade política, econômica e militar, como Paquistão e Coreia do Norte. Pesquise notícias recentes sobre conflitos envolvendo esses ou outros países.

  

GABARITO

 

1. O movimento sionista defendia a migração dos judeus para a Palestina, a antiga terra dos hebreus. Esse movimento propunha a criação de um Estado judeu nos arredores do Monte Sião, uma das colinas que cercam as terras da cidade de Jerusalém, considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.

 

2. Em meados da década de 1940, quando os judeus somavam quase um terço da população da Palestina, os britânicos, que apoiavam tal movimento, decidiram abandonar o plano de construção do Estado judaico, deixando essa tarefa a cargo da ONU. Pressionada pela comunidade judaica internacional e com o apoio dos Estados Unidos, a Assembleia Geral da ONU aprovou em 1947 a partilha da Palestina, criando dois Esta- dos: um árabe e outro judaico. Os territórios foram divididos de acordo com a população predominante e os judeus declararam oficialmente a independência do Estado de Israel, ocupando aproximadamente 56% de toda a Palestina.

 

3. Essa guerra foi vencida por Israel, que ampliou seus domínios sobre os territórios palestinos. Assim, o território reservado inicialmente aos palestinos praticamente desapareceu, o que levou esse povo a se refugiar em vários países da região. Desde então, os palestinos lutam pela criação de seu Estado, uma luta que se estende até os dias atuais e é chamada questão palestina.

 

4. A ideia de um país basco surgiu com o Partido Nacionalista Basco, criado no final do século XIX. Contudo, o partido sofreu forte repressão política, o que levou ao surgimento de um movimento separatista em prol da libertação dos bascos, o ETA, criado em 1959 por dissidentes do Partido Nacionalista Basco. Nas décadas seguintes, esse movimento passou a defender seus ideais por meio de luta armada e ações terroristas. O uso da violência comprometeu a imagem do ETA, que, em 2011, divulgou seu fim definitivo.

 

5. A disputa pela região da Caxemira já levou a Índia e o Paquistão a se enfrentarem em duas guerras, ocorridas em 1965 e 1971, e tem levado à uma crescente militarização na região, utilizada inclusive para justificar a corrida armamentista que impulsionou esses países a desenvolverem armas nucleares. A instabilidade política na região tem sido alvo de grande preocupação internacional, já que a eclosão de uma nova guerra entre esses países poderia ter consequências imprevisíveis.

 

6. A enorme resistência dos países da região à criação de um Estado curdo se justifica pelo fato de que essa região dispõe de imensas reservas de petróleo em seu subsolo.

 

7. Porque até então a URSS manteve o controle dessa região com mão de ferro, com o uso da força, inibindo qualquer tipo de rebelião entre as repúblicas. Com o fim da União Soviética, algumas dessas repúblicas se tornaram países independentes e outras passaram ao controle da Rússia, principal herdeira do império soviético. Com o novo arranjo político-territorial e as diferenças étnico-religiosas existentes, foi praticamente inevitável a eclosão de grandes conflitos na região.

 

8. A partilha desestruturou a organização política, econômica e social da maioria dos povos africanos. As fronteiras foram traçadas de maneira arbitrária pelos europeus, que ignoraram as diferenças étnicas dos inúmeros reinos e grupos tribais existentes no continente. Desse modo, em muitos casos, essa divisão acabou colocando no território de uma mesma colônia antigos povos rivais, ou, ainda, separando povos com a mesma identidade histórico-cultural. Os colonizadores também escravizaram populações e impuseram suas línguas, costumes e valores morais e étnicos aos povos colonizados.

 

9. Não, pois, mesmo após a independência política, muitos desses países africanos mantiveram praticamente os mesmos limites territoriais traçados pelos colonizadores europeus na Conferência de Berlim. A desorganização étnico-cultural herda- da do traçado dessas antigas fronteiras tem sido a causa de inúmeros conflitos territoriais e guerras civis na África.

 

10. a) Na Assembleia Geral da ONU, quando o vice-ministro norte-coreano fez um discurso em tom ameaçador, no qual afirmou que um pequeno desentendimento poderia provocar uma guerra nuclear na península da Coreia do Norte.

b) Diz respeito ao surgimento de novas e várias potências nucleares no mundo, com o desenvolvimento de programas nucleares incentiva- dos pelo governo desses países.

c) Esses países tendem a reagir de modo agressivo, impor suas políticas e se aproveitar de possíveis ameaças externas, com o objetivo de assegurar seus interesses a outras nações. No caso do Irã, o domínio da tecnologia das armas nucleares significa ter o controle e o poder da região do Oriente Médio. Dessa forma, essa busca pelo poder pode levar outros países a desenvolver programas nucleares a fim de competir pelo controle da região.

d) Resposta pessoal.

 

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