segunda-feira, 21 de julho de 2025

Atividade 30 de Geografia - Ensino Médio - Os Problemas Ambientais


ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 30

Objeto de Aprendizagem: Os Problemas Ambientais.

 

Objetivos:

Identificar os principais fatores responsáveis pelos problemas ambientais existentes atualmente.

Verificar e refletir sobre como as atividades humanas vêm degradando os recursos hídricos em nosso planeta. 

Localizar as regiões de estresse hídrico, ou seja, onde a disponibilidade da água está ameaçada diante da demanda da população. 

Compreender o que é poluição atmosférica, assim como suas principais causas. 

Identificar e compreender os fatores causadores da inversão térmica e da chuva ácida.


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1. Que fatores têm levado ao surgimento ou ao agravamento de problemas ambientais?

 

2. Podemos dizer que os problemas ambientais na atualidade não têm apenas repercussão local, mas também mundial? Justifique sua resposta dando exemplos.

 

3. Além do aumento do consumo e do desperdício, quais outros fatores têm contribuído para a escassez da água em diversas regiões do mundo?

 

4. Descreva de que maneira as atividades agrícolas têm provocado a degradação dos recursos hídricos.

 

5. Os derramamentos de petróleo estão entre as principais causas da degradação das águas oceânicas. Quais são as consequências desse tipo de poluição para a fauna e a flora marinhas?

 

6. Diferencie os poluentes atmosféricos: a) primários; b) secundários.

 

7. Como se forma a chuva ácida? Quais são as consequências desse fenômeno nas paisagens?

 

8. Descreva, de maneira sintética, as duas posições antagônicas sobre a questão do aquecimento global, estudadas nesta unidade.

  

9. Com base no mapa ao lado, elabore um texto descrevendo os principais problemas ambientais existentes no Brasil, indicando a localização geográfica dessas ocorrências no território. Em seguida, escolha um deles e discorra sobre as consequências desse problema para o meio ambiente e para a população. Você pode se basear nos estudos desta unidade ou desenvolver pesquisas complementares. Essa atividade pode ser realizada individualmente ou em dupla.


10. Analise o texto de acordo com as questões.

 


Satélites de observação terrestre podem parar de funcionar — ou porque acabou o combustível ou porque foram atingidos por detritos espaciais, como, por exemplo, peças de dispositivos fora de uso ou perdidos. No espaço, as chances de que aconteçam colisões são grandes por causa do lixo espacial. Em fevereiro de 2009, pela primeira vez na história da exploração do espaço, dois satélites ainda intactos colidiram em órbita. O Iridium-33 e o Kosmos-2251, satélites comerciais das potências espaciais EUA e Rússia, chocaram-se enquanto sobrevoavam a Sibéria, a. uma altitude de 790 quilômetros. “Era realmente de se esperar que isso acontecesse um dia”, disse Heiner Klinkrad, chefe do departamento de lixo espacial da ESA. Pois cada missão no espaço também deixa lixo para trás - desde chaves de fenda perdidas até destroços inteiros de satélite, passando por motores de foguetes descartados. Tudo isso está incluído no conceito de lixo espacial, explicam Klinkrad e Frank-Júrgen Diekmann, chefe da missão dos satélites de observação Envisat. "São principalmente as peças maiores que causam problemas a longo prazo”, diz Klinkrad. Pois elas podem provocar reações em cadeia, ou seja, colisões catastróficas de satélites que ameaçam, por sua vez, outros satélites. No catálogo da rede norte-americana de observação espacial Space Surveillance Network estão listados 13 mil destroços espaciais de grande porte. Segundo estimativas, o número de objetos inferiores a um centímetro pode chegar a mais de 700 mil. A maioria dos fragmentos provém de explosões. E como se livrar da sucata de satélites? “É possível cortar o combustível e fazer baixar o satélite, de forma que ele é apanhado pela atmosfera e se incendeia”, explica Klinkrad. Como uma queda controlada seria muito dispendiosa, essas maravilhas da comunicação são catapultadas para ainda mais longe, explica Klinkrad: “Retira-se o satélite desativado do anel geoestacionário para uma assim chamada órbita-cemitério”. [..] Até hoje, pelo me- nos mil objetos foram enterrados — ou estacionados - ali.

 

a) De acordo com o texto, a poluição ultrapassou os limites da superfície terrestre. Que tipo de poluição o ser humano tem ocasionado no espaço sideral?

 

b) Quais problemas o lixo espacial pode ocasionar?

 

c) De acordo com o texto, como esse problema tem sido resolvido?

 

 

GABARITO

 

1. O modelo de desenvolvimento econômico calcado no avanço da industrialização, no consumismo desenfreado e na exploração cada vez mais intensa dos recursos naturais do planeta tem levado ao surgimento ou agravamento dos problemas ambientais.

 

2. Os problemas ambientais adquiriram enormes proporções e já atingem as áreas mais remotas e inóspitas do planeta, como as regiões polares, que já sofrem os efeitos das alterações climáticas desencadeadas pela intensa poluição atmosférica. Os gases tóxicos, que provocam aquecimento global, extinção de espécies, perda de biodiversidade, desertificação dos solos, Chuva ácida, diminuição da camada de ozônio, entre outros graves problemas, deixaram de ser uma preocupação restrita a um ou outro país, pois as consequências geradas por eles não respeitam as fronteiras nacionais.

 

3. A diminuição das reservas disponíveis, o desperdício e a poluição dos cursos d'água, provocada por resíduos industriais, domésticos e agrícolas e também pela chuva ácida, têm contribuído para a escassez de água no mundo.

 

4. Pelo uso de agrotóxicos, fertilizantes, pesticidas e outros produtos químicos, aplicados em larga escala para aumentar a produtividade das lavouras. Quando chove, as águas carregam as partículas dos compostos químicos para os cursos d'água e também se infiltram no solo, contaminando o lençol freático.

 

5. Os derramamentos de petróleo causam a intoxicação e morte de peixes, aves e mamíferos marinhos, além de dificultar a passagem da luz, interrompendo a realização da fotossíntese pelas algas marinhas, causando a morte da flora marinha e também dos animais que dependem dela para sua alimentação, o que desencadeia grande desequilíbrio na cadeia alimentar das águas oceânicas.

 

6. a) Primários: são aqueles liberados diretamente das fontes de emissão, como os gases que provêm de queimadas em florestas ou da queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão); são eles: o monóxido de carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2), o dióxido de enxofre (SO2) e o metano (CH4).

 

b) Secundários: são aqueles formados na atmosfera pelas reações químicas entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera, como ácido sulfúrico (H2SO2), ácido nítrico (HNO2; e ozônio (O2). A esses poluentes somam-se ainda materiais particulados, como poeira e fumaça, suspensos na atmosfera.

 

7. A água da chuva, por natureza, é um pouco ácida. Contudo, quando gases tóxicos, como o dióxido de enxofre (SO2) e o dióxido de nitrogênio (NO2), são lançados na atmosfera, ocorre o aumento de sua acidez, pois esses gases reagem com o hidrogênio da água e dão origem a uma água com maior teor de ácido sulfúrico (H2SO2) e de ácido nítrico (HNO2). Como consequência, podem ser afetadas lavouras e outros tipos de vegetação por onde essa chuva se distribui, assim como ocorrer a contaminação dos lençóis freáticos e a corrosão de estruturas metálicas, construções e veículos.

 

8. Para um grupo numeroso de estudiosos, representado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), existe uma relação direta entre o aumento da poluição atmosférica e a elevação da temperatura média no globo terrestre, que poderia levar à ocorrência de fenômenos atmosféricos cada vez mais intensos e imprevisíveis. Por outro lado, o meteorologista defende que o aumento das temperaturas no mundo estaria condicionado aos ciclos naturais de aquecimento e de resfriamento pelos quais passa o nosso planeta, em que o ser humano tem uma interferência bem menos significativa nesse processo.

 

9. Possível resposta: Região Norte: arco do desmatamento, contaminação do solo e da água por atividades de garimpo e mineração; Região Nordeste: risco de desertificação; zona litorânea: contaminação por derramamento de petróleo e derivados e contaminação do solo e da água por agrotóxicos; capitais dos estados: poluição do ar e da água pelas atividades industriais; Região Centro-Oeste: contaminação do solo e da água por agrotóxicos, atividades de garimpo e mineração,

 

10. a) As missões espaciais descartam o chamado lixo espacial, formado por satélites abandonados e peças de dispositivos fora de uso ou perdidos, que ficam na órbita da Terra.

b) Os detritos podem provocar colisões com outros satélites em uso e importantes para a humanidade. Também podem entrar na atmosfera e atingir a superfície, embora a probabilidade seja remota.

 

c) É possível cortar o combustível de satélites e diminuir sua altitude, de forma que penetrem na atmosfera e se incendeiem totalmente; muitos desses equipamentos também têm sido lançados para uma área distante da órbita em que estão chamada órbita-cemitério.

 

 

Atividade 29 de Geografia - Ensino Médio - Natureza, Sociedade e Meio Ambiente.

 

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 29

Objeto de Aprendizagem: Natureza, Sociedade e Meio Ambiente.

 

Objetivos:

Refletir sobre o modo como a natureza tem sido tratada pela atual sociedade de consumo.

Compreender que o consumo em grande escala pode acarretar à escassez de recursos naturais.

Identificar a propaganda e os avanços tecnológicos como instrumentos de estímulo ao consumismo.

Reconhecer que o agravamento dos problemas ambientais levou ao despertar da consciência ecológica da nossa sociedade. 

Reconhecer a importância dos movimentos ambientalistas na atualidade. 

Compreender o conceito de desenvolvimento sustentável e refletir sobre como colocá-lo em prática.


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1. O que são recursos naturais?

 

2. Diferencie:

a) recurso natural renovável;

b) recurso natural não renovável.

 

3. Qual ideia o atual modo capitalista de produção faz da natureza? Como ela tem sido tratada em razão dessa visão?

 

4. Em que consiste o capital natural?

 

5. Comente qual é a relação entre o consumo, o consumismo e a crescente degradação dos recursos naturais.

 

6. Como os estabelecimentos comerciais e as instituições financeiras têm estimulado a expansão do consumo?

 

7. Comente as consequências da crise ambiental contemporânea, em relação:

a) aos recursos hídricos;

b) aos recursos florestais;

c) à atividade mineradora.

 

8. Cite uma das questões discutidas nas seguintes Conferências do Meio Ambiente, realizadas em:

a) Estocolmo (1972);

b) Rio de Janeiro (ECO-92 - 1992);

c) Johanesburgo (2002);

d) Rio de Janeiro (RIO+20 - 2012).

 

9. Quais são os principais objetivos e ações dos movimentos ecológicos?

  

10. Analise o texto e responda às questões propostas.

 

O preço oculto daquilo que compramos

 

Nosso mundo de abundância vem com uma etiqueta de preço oculta. Não podemos ver os custos ocultos das coisas que compramos e usamos diariamente - seu impacto no planeta, na saúde do consumidor e nas pessoas cujo trabalho nos proporciona conforto e supre nossas necessidades. Passamos pela vida cotidiana em meio a um mar de objetos que compramos, usamos e jogamos fora, desperdiçamos ou guardamos. Cada uma dessas coisas tem uma história e um futuro próprios, uma história pregressa e um destino que nossos olhos não veem, uma rede de impactos que ficaram ao longo do caminho, da extração e mistura inicial de seus ingredientes, desde a produção e o transporte até as sutis consequências de seu uso em nossos lares e locais de trabalho, no dia em que nos desfazemos dela. No entanto, o impacto oculto de todas essas coisas talvez seja seu aspecto mais importante. As tecnologias de produção e a química por elas utilizada foram escolhidas em uma época mais inocente, quando compradores e engenheiros industriais podiam se dar ao luxo de prestar pouca ou nenhuma atenção aos impactos adversos do que se produzia. Em geral, ficavam compreensivelmente satisfeitos com os benefícios: a eletricidade gerada pela queima de carvão, em quantidade suficiente para durar séculos; plásticos baratos e maleáveis feitos a partir de um mar aparentemente infinito de petróleo; o baú de tesouros dos compostos químicos sintéticos; chumbo barato que conferia brilho e vida às tintas. Não estavam cientes dos custos dessas escolhas bem-intencionadas para nosso planeta e seus habitantes. “Ainda que a composição e os impactos daquilo que compramos e utilizamos diariamente sejam, em sua maior parte, resultado de decisões tomadas há muito tempo, elas continuam determinando a prática diária no design dos processos de produção e na química industrial — e acabam em nossos lares, escolas, hospitais e locais de trabalho. O legado material que herdamos das invenções da era industrial do século XX - as quais tanto nos deixam maraviIhados - tornou a vida imensuravelmente mais conveniente do que aquela que levavam nossas bisavós. |..] Como eram utilizados no ambiente de negócios do passado, as substâncias químicas e os processos industriais de hoje faziam todo sentido; hoje, porém, muitos não mais se justificam. Consumidores e empresas não podem mais se dar ao luxo de não rever decisões invisíveis sobre essas substâncias e processos — e suas consequências ecológicas.

 

a) Qual é a ideia geral do texto? b) Explique em que consiste o “preço oculto” dos produtos que consumimos. b) O modo de pensar de compradores e engenheiros industriais do passado se sustenta na atualidade? Elabore sua explicação relacionando-a ao despertar da consciência ecológica.

 

11. Analise a charge e desenvolva um debate proposto com base nas questões a seguir.

a) Qual é a mensagem transmitida pela charge?

b) Vocês concordam que as ações de preservação do meio ambiente passam pela diminuição do consumo?

c) Em que consiste abandonar o modelo de consumismo desenfreado, citado na charge? Responda dando exemplos.

d) Na sua opinião, que tipo de atitudes podem reduzir o modo consumista em que vivemos na atualidade?

  

GABARITO

 

1. São elementos existentes na natureza, os quais o ser humano explora a fim de produzir os bens de que precisa ou de que faz uso. Os recursos naturais, por sua própria natureza, existem independentemente da ação humana e não estão disponíveis de acordo com o livre-arbítrio de quem quer que seja.

 

2. a) Recursos renováveis: são aqueles que podem ser repostos ou recriados (renovados) pela natureza em um período de tempo relativamente curto, desde que utilizado de maneira racional. Entre esses recursos estão florestas, solos e fontes hídricas (rios, lagos, oceanos).

b) Recursos não renováveis: são aqueles que não podem ser repostos pela humanidade e que levam milhões de anos para que a natureza os reponha. Os minerais, como bauxita, ferro, ouro, e os combustíveis fósseis como o petróleo, são exemplos de recursos que vão se esgotando à medida que são extraídos da natureza.

 

3. Com o advento da sociedade industrial e o desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o aumento da produção, arraigou-se na sociedade capitalista a ideia da natureza como fornecedora de recursos econômicos, vistos como bens que podem ser explorados a fim de gerar riquezas e lucros. Com essa mentalidade estrita- mente econômica, a natureza passou a ser tratada como um simples estoque de matérias-primas, fonte inesgotável de recursos necessários para sustentar e garantir a própria reprodução do modo de produção.

 

4. O capital natural compreende todos os conhecidos recursos usados pela humanidade: a água, os minérios, o petróleo, as árvores, os peixes, o solo, o ar etc. Abrangem também sistemas vivos, como os pastos, as savanas, os mangues, os estuários, os oceanos, os recifes de coral, as áreas ribeirinhas, as tundras e as florestas tropicais.

 

5. A cultura do consumo, colocada como condição básica para a manutenção do mercado, depende do aumento da produção, o que, por sua vez, aumenta a pressão sobre os recursos naturais, acarretando os mais variados impactos e problemas ambientais. Ou seja, quanto maior for o consumo de nossa sociedade, estimulado pela indústria da publicidade, maior será a exploração dos recursos naturais para atender a essa crescente demanda.

 

6. Na disputa pelo domínio de fatias cada vez maio res do mercado, os segmentos produtivos utilizam inúmeros mecanismos e estratégias de venda. Os estabelecimentos comerciais apostam nas promoções e liquidações e em formas de pagamento facilitadas, como financiamentos e parcelamentos em cartões de crédito. As instituições financeiras oferecem linhas de crédito que induzem ao consumismo e ao endividamento individual.

 

7. a) Os recursos hídricos estão sendo seriamente afetados pela crise ambiental, por exemplo, pela construção de usinas hidrelétricas no Curso dos rios, alterando o fluxo natural das águas fluviais, interferindo no ciclo de cheias e vazantes e afetando diretamente o processo de procriação dos peixes na época da piracema. A flora e a flora fluvial e lacustre também são afetadas pela poluição das fontes hídricas provocada por esgotos domésticos e industriais e pelos resíduos químicos aplicados nas lavouras. Os oceanos, por sua vez, são afetados pela poluição e pelo lixo lançado de maneira indiscriminada em várias regiões do planeta e também pela pesca predatória, prática que tem provocado o desequilíbrio dos ecossistemas marinhos. A captura excessiva de peixes e de crustáceos vem diminuindo muito a população de certas espécies.

b) A devastação indiscriminada dos ecossistemas florestais, decorrente do aumento de desmata- mentos e queimadas predatórias, por exemplo, tem diminuído drasticamente os ecossistemas naturais, causando a extinção de muitas espécies animais e vegetais. Com a perturbação dos sistemas ecológicos, os desequilíbrios naturais comprometem diretamente as relações bióticas que asseguram a complexa biodiversidade nesses ecossistemas.

c) O avanço da atividade mineradora em grande escala tem aumentado enormemente a exploração de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, e também de minerais, como o ferro, a bauxita, o níquel e o manganês. Como a disponibilidade desses recursos é limitada, alguns estudos apontam que muitos deles poderão se tornar escassos ao longo das próximas décadas, caso seja mantido esse ritmo de exploração.

 

8. a) Estocolmo (1972): foram discutidas questões como o controle da poluição do ar, a proteção dos recursos marinhos, a preservação e o uso dos recursos naturais. 

b) Rio de Janeiro (1992): Além de reafirmar a importância do desenvolvimento sustentável, como meta para conciliar o crescimento econômico, com justiça social e conservação ambiental, o encontro contribuiu para ampliar a conscientização sobre os problemas ambientais, fortalecendo ainda mais os movimentos ambientalistas e ecológicos. 

c) Joanesburgo (2002): além das questões relacionadas à conservação ambiental, também foram discutidos temas do âmbito social, como a meta de redução do número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.

d) Rio de Janeiro (Rio+20 - 2012): balanço do que foi efetivamente realizado nos últimos vinte anos no que diz respeito às questões ambientais, em especial as estratégias mais eficientes para promover a sustentabilidade ambiental e também para combater e eliminar a pobreza extrema no mundo.

 

9. Ao atuarem em inúmeras frentes, como na proteção de florestas e outros ecossistemas, em defesa de espécies ameaçadas de extinção, na preservação do patrimônio natural e na denúncia de crimes ambientais, os movimentos ecológicos têm pressionado muitos governos e setores da sociedade para que assumam compromissos cada vez maiores em relação às questões de ordem ambiental.

 

10. a) O texto destaca a relação entre o consumo e a degradação da natureza ou os impactos ambientais gerados pelo consumo.

b) Segundo o texto, o preço oculto daquilo que compramos consiste no preço ambiental, ou seja, nas consequências decorrentes do consumo de tais produtos para o planeta.

c) Não, porque, ao contrário do passado, as pessoas e as empresas precisam rever as consequências ecológicas causadas pela produção e pelo consumo. Resposta pessoal.

 

11. a) A mensagem é a de que todos queremos um mundo mais harmônico e um meio ambiente mais preservado, mas não estamos sendo capazes de tomar atitudes voltadas para isso, como reduzir nosso nível de consumo.

b) Resposta pessoal.

c) Consiste em adotar uma atitude mais consciente em relação ao ato de consumir, deixando de comprar por impulso ou por influência de propagandas e adquirindo somente o que realmente é necessário.

d) Resposta pessoal.

 

Atividade 28 de Geografia - Ensino Médio - Conflitos no Mundo

 

ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 28

Objeto de Aprendizagem: Conflitos no Mundo

 

Objetivos:

  Conhecer e refletir sobre a sucessão de eventos históricos que influenciaram o conflito entre judeus e palestinos e que repercutiram na formação de Israel e na organização do espaço geográfico da região. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que desencadearam os conflitos na região do País Basco e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região da Caxemira e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região do Curdistão e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na região do Cáucaso e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Conhecer e refletir sobre os fatores que envolvem os conflitos na África e seus desdobramentos em relação ao espaço geográfico. 

Refletir sobre as consequências dos conflitos para as nações envolvidas, tendo em vista o número de vítimas e os problemas econômicos e sociais gerados por esses conflitos.


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1. Em que consistiu o movimento sionista? Qual foi o objetivo desse movimento?

 

2. Descreva como foi a partilha da Palestina em 1947.

 

3. Como ficou o domínio do território da Palestina após a primeira guerra árabe- israelense?

 

4. Em que contexto se formou o ETA, movimento separatista pela criação do País Basco? Como podemos descrever esse movimento em sua atuação inicial e qual foi o encaminhamento dado a ele?

 

5. Qual a principal razão da divergência entre Índia e Paquistão? A divergência entre esses países já os levou a quais consequências?

 

6. A instituição do Estado Curdo afeta não apenas interesses políticos e sociais, mas principalmente econômicos. Quais são os fatores que impedem a criação do Curdistão?

 

7. Por que os conflitos no Cáucaso se intensificaram após a desintegração da URSS?

 

8. Quais foram as consequências étnicas e geopolíticas da divisão da África na Conferência de Berlim?

 

9. A independência das colônias africanas significou o fim dos conflitos étnicos ou de grupos rivais? Explique.

  

10. Analise o texto a seguir e realize as atividades propostas. À beira de uma nova crise nuclear?

 

“Hoje, a preocupação é a proliferação nuclear horizontal. Enquanto as grandes potências nucleares tendem a se desarmar, novas potências nucleares surgem, e nós não sabemos com segurança se seríamos ou não capaz de detê-los”, afirmou Meier-Walser em entrevista à DW. “Além das potências nucleares tradicionais, como os EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China, entraram na corrida armamentista países como Israel e Índia, e também outros mais instáveis politicamente, como o Paquistão e a Coreia do Norte. O vice-ministro norte “coreano, Pak Ki Yon, chegou a utilizar um tom de ameaça em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro último, ao afirmar que uma simples faísca bastaria para desencadear uma guerra nuclear na península da Coreia do Norte. HH As armas nucleares representam um risco incalculável e é impossível saber se as novas potências nucleares irão se portar de maneira racional ou não, afirma Annette Schaper, especialista em Política de Administração de Segurança dos Estados, do Instituto de Pesquisa de Paz e Conflitos de Frankfurt. Ainda assim, é considerada improvável a hipótese de que a Coreia do Norte ou o Irã possam vir a fazer uso de seu arsenal nuclear, uma vez que certamente sofreriam retaliações. Ambos os países se colocam em isolamento internacional e adotam políticas não democráticas, e o sistema econômico da Coreia do Norte passa por dificuldades. “Em casos como esses, países isolados tendem a reagir de modo agressivo para se aproveitar política- mente de possíveis ameaças externas”, afirma Schaper. Os objetivos dessa estratégia são impor seus interesses a outras nações e utilizar internamente a ameaça de um inimigo externo como forma de trazer estabilidade ao regime. Especialmente no caso do Irã e seu programa nuclear, a questão também envolve poder, prestígio e, principalmente, seu domínio na região do Oriente Médio: Annette Schaper vê um grande risco de que os países ameaçados, como a Arábia Saudita, comecem uma corrida armamentista em uma região já bastante instável. O Irã já está cercado por cinco novas potências atômicas, o que resulta em grande parte da ambição de sua política nuclear, como explica Reinhard Meier-Walser, da Universidade de Regensburg. Ele se refere ao medo que muitos países têm de que o Irã possa algum dia repassar seu conhecimento ou até mesmo equipamento para organizações como o Hisbolá e o Hamas, a quem o país apoia abertamente. Há o risco de países como Irã ou Paquistão se verem em uma situação de conflito, na qual as únicas saídas se- riam fazer concessões ou lançar mão do arsenal nuclear. “Armas convencionais poderiam não ser suficientes para derrotar o inimigo”, diz. Para Meier-Walser, a solução seria o desarmamento em médio prazo de todos os países.

 

a) Em que momento o texto descreve que o mundo esteve na iminência de viver um conflito nuclear, que poderia ter sido um verdadeiro desastre mundial?

 

b) O que o texto quer dizer com “Hoje, a preocupação é a proliferação nuclear horizontal”.

 

c) Como os países que detêm armas nucleares, e são politicamente instáveis, podem fomentar uma corrida armamentista na atualidade? Cite o caso do Irã.

 

d) O texto cita alguns países que detêm a tecnologia nuclear e preocupam o mundo em relação à sua instabilidade política, econômica e militar, como Paquistão e Coreia do Norte. Pesquise notícias recentes sobre conflitos envolvendo esses ou outros países.

  

GABARITO

 

1. O movimento sionista defendia a migração dos judeus para a Palestina, a antiga terra dos hebreus. Esse movimento propunha a criação de um Estado judeu nos arredores do Monte Sião, uma das colinas que cercam as terras da cidade de Jerusalém, considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.

 

2. Em meados da década de 1940, quando os judeus somavam quase um terço da população da Palestina, os britânicos, que apoiavam tal movimento, decidiram abandonar o plano de construção do Estado judaico, deixando essa tarefa a cargo da ONU. Pressionada pela comunidade judaica internacional e com o apoio dos Estados Unidos, a Assembleia Geral da ONU aprovou em 1947 a partilha da Palestina, criando dois Esta- dos: um árabe e outro judaico. Os territórios foram divididos de acordo com a população predominante e os judeus declararam oficialmente a independência do Estado de Israel, ocupando aproximadamente 56% de toda a Palestina.

 

3. Essa guerra foi vencida por Israel, que ampliou seus domínios sobre os territórios palestinos. Assim, o território reservado inicialmente aos palestinos praticamente desapareceu, o que levou esse povo a se refugiar em vários países da região. Desde então, os palestinos lutam pela criação de seu Estado, uma luta que se estende até os dias atuais e é chamada questão palestina.

 

4. A ideia de um país basco surgiu com o Partido Nacionalista Basco, criado no final do século XIX. Contudo, o partido sofreu forte repressão política, o que levou ao surgimento de um movimento separatista em prol da libertação dos bascos, o ETA, criado em 1959 por dissidentes do Partido Nacionalista Basco. Nas décadas seguintes, esse movimento passou a defender seus ideais por meio de luta armada e ações terroristas. O uso da violência comprometeu a imagem do ETA, que, em 2011, divulgou seu fim definitivo.

 

5. A disputa pela região da Caxemira já levou a Índia e o Paquistão a se enfrentarem em duas guerras, ocorridas em 1965 e 1971, e tem levado à uma crescente militarização na região, utilizada inclusive para justificar a corrida armamentista que impulsionou esses países a desenvolverem armas nucleares. A instabilidade política na região tem sido alvo de grande preocupação internacional, já que a eclosão de uma nova guerra entre esses países poderia ter consequências imprevisíveis.

 

6. A enorme resistência dos países da região à criação de um Estado curdo se justifica pelo fato de que essa região dispõe de imensas reservas de petróleo em seu subsolo.

 

7. Porque até então a URSS manteve o controle dessa região com mão de ferro, com o uso da força, inibindo qualquer tipo de rebelião entre as repúblicas. Com o fim da União Soviética, algumas dessas repúblicas se tornaram países independentes e outras passaram ao controle da Rússia, principal herdeira do império soviético. Com o novo arranjo político-territorial e as diferenças étnico-religiosas existentes, foi praticamente inevitável a eclosão de grandes conflitos na região.

 

8. A partilha desestruturou a organização política, econômica e social da maioria dos povos africanos. As fronteiras foram traçadas de maneira arbitrária pelos europeus, que ignoraram as diferenças étnicas dos inúmeros reinos e grupos tribais existentes no continente. Desse modo, em muitos casos, essa divisão acabou colocando no território de uma mesma colônia antigos povos rivais, ou, ainda, separando povos com a mesma identidade histórico-cultural. Os colonizadores também escravizaram populações e impuseram suas línguas, costumes e valores morais e étnicos aos povos colonizados.

 

9. Não, pois, mesmo após a independência política, muitos desses países africanos mantiveram praticamente os mesmos limites territoriais traçados pelos colonizadores europeus na Conferência de Berlim. A desorganização étnico-cultural herda- da do traçado dessas antigas fronteiras tem sido a causa de inúmeros conflitos territoriais e guerras civis na África.

 

10. a) Na Assembleia Geral da ONU, quando o vice-ministro norte-coreano fez um discurso em tom ameaçador, no qual afirmou que um pequeno desentendimento poderia provocar uma guerra nuclear na península da Coreia do Norte.

b) Diz respeito ao surgimento de novas e várias potências nucleares no mundo, com o desenvolvimento de programas nucleares incentiva- dos pelo governo desses países.

c) Esses países tendem a reagir de modo agressivo, impor suas políticas e se aproveitar de possíveis ameaças externas, com o objetivo de assegurar seus interesses a outras nações. No caso do Irã, o domínio da tecnologia das armas nucleares significa ter o controle e o poder da região do Oriente Médio. Dessa forma, essa busca pelo poder pode levar outros países a desenvolver programas nucleares a fim de competir pelo controle da região.

d) Resposta pessoal.

 

Atividade 27 de Geografia - Ensino Médio - Geopolítica


ENSINO MÉDIO

ATIVIDADE 27

Objeto de Aprendizagem: Geopolítica

 

Objetivos:

Compreender, analisar e refletir sobre o início e fim da Primeira e da Segunda Guerras.

Relacionar o período das duas grandes guerras à fase de desenvolvimento do capitalismo.

Compreender à ideologia por trás dos conflitos que deram origem às grandes guerras. 

Identificar as alterações nos territórios e fronteiras, assim como na organização do espaço mundial.

Compreender o panorama do mundo bipolar é conhecer as principais características da Guerra Fria. 

Compreender e analisar a questão da corrida armamentista e da corrida espacial. 

Analisar o colapso do socialismo como fundamento para o fim da União Soviética. 

Compreender a formação do mundo multipolar, identificar os principais polos da economia mundial e suas áreas de influência.


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1. Qual é o objetivo do estudo da geopolítica?

 

2. Quais são os motivos da entrada, em 1917, do Japão e dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial?

 

3. O Tratado de Versalhes, assinado em 1919, instituiu severas punições à Alemanha. Cite algumas delas.

 

4. Quais foram as transformações ocorri- das no território russo com o advento da Revolução Russa?

 

5. Cite os acontecimentos que transformaram a Segunda Guerra Mundial em um conflito de proporções mundiais.

 

6. Quais foram os acordos estabelecidos entre os Aliados na Conferência de Potsdam, em 1945?

 

7. Cite os fatores que promoveram a ascensão das duas superpotências pós-Segunda Guerra Mundial:

a) Estados Unidos;

b) URSS.

 

8. Em que consistiu o Plano Marshall? Quais foram seus objetivos geopoliticos?

 

9. Descreva as principais características da OTAN e do Pacto de Varsóvia.

 

10. O enfraquecimento das potências europeias no período pós-Segunda Guerra Mundial despertou a luta por movimentos de independência das nações colonizadas. Como esse fato influenciou a descolonização da Índia? 


11. Cite os objetivos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).


12. Descreva resumidamente os fatores econômicos, políticos e sociais que promoveram o esgotamento do regime socialista e o fim da URSS.

 

13. Leia o texto a seguir e responda às questões

 

Moradores de um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quiseram levantar um muro separando seus condomínios verticais de alto luxo de edifícios de gente modesta. O prefeito de San Fernando, na Grande Buenos Aires, Argentina, mandou construir um muro de 800 metros separando seu município da cidade vizinha, San Isidro. Foi o que imaginou como maneira de evitar a movimentação de criminosos instalados no município do prefeito Gustavo Posse, onde são eleva- dos os graus de pobreza. Provocou uma gritaria geral e teve de recuar. A Índia levantou uma cerca de quase três metros de altura para impedir o trânsito ilegal de migrantes provenientes da vizinha Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo. Bangladesh nasceu em 1971, após uma terrível guerra de secessão contra o Paquistão, na qual recebeu o apoio da Índia. As tentativas de cruzamento da fronteira continuaram e a repressão é feroz. Entre 2000 e 2007, foram mortos 700 cidadãos de Bangladesh que tentaram cruzar a cerca, que inclusive separa produtos agrícolas dos mercados onde são vendidos. O governo indiano copia iniciativas anti-imigração adotadas pelos países ricos. É a contaminação dos muros. Ela se espraia ao largo do mundo criando uma nova espécie de apartheid. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, não aconteceu o “fim da história" anunciado por arautos de um liberalismo que se imaginava triunfante. Outros conflitos assumiram a mesma imagem de intolerância, sem fundo ideológico preciso, ou destituídos completamente de ideologia, mas com os mesmos elementos de maldades. As divisões no mundo continuaram a se multiplicar, à imagem do que aconteceu em Berlim. Muros ao norte do Rio Grande, separando Estados Unidos e México, a oeste da Jordânia, na fronteira israelense, a leste do Tigre, no Iraque, para impedir o fluxo de imigrantes ilegais ou de combatentes contra as forças americanas. O muro que separa Israel dos territórios palestinos ocupados terá nada menos que 730 quilômetros. O que se constrói entre Estados Unidos e México será ainda mais longo: 1.120 quilômetros. Um muro, no interior de Bagdá, tem cinco quilômetros. Foi construído pelos americanos para isolar redutos sunitas mais radicais. Há novos muros e projetos de mais muros por todas as partes, entre nações, comunidades religiosas ou grupos étnicos rivais. A China construíu uma “zona de segurança” próxima da Coreia do Norte e fechou sua fronteira com o Paquistão na Cachemira. É separada da Coreia do Sul por uma linha de demarcação. A Tailândia pretende adotar alguma espécie de separação (outro muro?) isolando seu sul muçulmano do norte da Malásia, com outra cor religiosa. A Arábia Saudita “impermeabilizou” suas fronteiras com o lêmen, ao sul, e o Ira- que, ao norte. Na Irlanda do Norte, apesar do sucesso do processo de pacificação interna, existem até hoje cerca de meia centena de “linhas de paz” separando católicos e protestantes. Uma “linha verde" separa gregos e turcos da ilha de Chipre, no Mediterrâneo Oriental. Tudo isso um dia cairá? A China construiu a Grande Muralha, no terceiro século antes de Cristo, para conter os hunos. Mas, pouco a pouco, o tempo fez o seu trabalho e a Grande Muralha tornou-se cartão postal, objeto de turismo. [...] Quem primeiro usou a expressão “novo apartheid" foi o ex-presidente Jimmy Carter, dos Estados Unidos. Falava do muro que Israel constrói na linha de demarcação com os territórios palestinos ocupados. A filósofa Hannah Arendt, de origem judaica, disse que o sionismo fracassou porque não conseguiu que os judeus convivessem com os palestinos. Tal fracasso se manifesta hoje como demolição das esperanças de paz no Oriente Médio. Mas, como lembra o presidente mexicano, muro de nada adianta. Mesmo assim, continuam a ser levantados. Talvez uma antevisão do futuro: ricos cercados de muros procurando proteção contra legiões de pobres. Uma horrível antiutopia. CARLOS, Nowion. Um mundo feto de muros. Clube Mundo, São Paio, ano 18, 4. 4,890. 2070

 

a) Qual é a ideia geral do texto?

b) O que significa a expressão “contaminação dos muros"? Qual é a sua opinião sobre isso?

c) Caracterize o que seria um novo apartheid.

d) Em sua opinião, a construção de muros é uma medida que pode reduzir ou ampliar os conflitos no mundo? Justifique sua resposta elaborando um texto argumentativo.

  

GABARITO

 

1. O estudo da geopolítica tem como objetivo compreender os acontecimentos ocorridos no espaço geográfico que modificam ou interferem em sua organização, assim como as relações de poder estabelecidas entre os Estados e territórios do mundo.

 

2. O Japão se envolveu no conflito com o objetivo de se apoderar dos territórios coloniais alemães na região do Pacífico. Os Estados Unidos, tradicionais fornecedores de armamentos aos seus aliados que lutavam contra os alemães, ingressaram militarmente no conflito após a saída da Rússia, que foi motivada pela eclosão da Revolução de 1917.

 

3. A Alemanha foi obrigada a assumir todos os custos decorrentes da grande destruição causada pelo conflito; pagar pesadas indenizações de guerra; renunciar a suas colônias, cedendo parte de seu território aos vencedores (a Alsácia-Lorena foi devolvida à França e partes da Alta Silésia foram devolvidas para a Polônia e Tchecoslováquia), além de ser duramente punida com a redução de Suas forças armadas e de seu poderio bélico.

 

4. Com o advento da Revolução Russa e a ascensão de Lênin ao poder, promoveram a socialização dos meios de produção, a estatização e a planificação da economia. No plano externo, o governo revolucionário negociou a saída pacífica da guerra em um acordo assinado em 3 de outubro de 1918, sob a condição de liberar regiões até então controladas pelo regime czarista. Em 1922, foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), constituída formalmente pela união de quinze repúblicas soviéticas independentes, embora, na prática, possuísse governo e economia centralizados na capital Moscou.

 

5. Até 1941, a Segunda Guerra Mundial se restringia ao continente europeu. Contudo, o rompimento do acordo de não agressão dos alemães com os soviéticos, assim como o ataque dos japoneses à base de Pearl Harbour, transformou a guerra num conflito de escala mundial.

 

6. Na Conferência de Potsdam, os aliados se reuniram para acordar sobre tratados de paz e assuntos ligados ao futuro do pós-guerra. Uma das mais importantes decisões tomadas pelos aliados foi o estabelecimento de zonas de controle sobre o território da Alemanha ocupada, dividindo o território alemão em quatro zonas de controle ou influência: a britânica, a francesa, a estadunidense e a soviética. A capital, Berlim, considerada de grande importância estratégica, também foi dividida em quatro zonas de ocupação, permanecendo sob a tutela dos aliados.

 

7. a) Além de serem beneficiados pelo fato de terem seu território longe do palco central da guerra, os Estados Unidos tiveram um grande desenvolvimento industrial, impulsionado pelo enorme incremento do setor bélico, que abasteceu o conflito mundial. Ao mesmo tempo, o país tornou-se um grande credor da economia mundial, ao fornecer gigantescas somas de capital necessárias para a reconstrução de boa parte da infraestrutura interna dos países europeus devastados pela guerra.

 

b) Embora tenha sofrido grandes perdas no conflito, a economia da URSS, que já prosperava rapidamente antes da guerra, teve rápida retomada de seu crescimento, apoiada em grande parte na exploração dos recursos naturais disponíveis no território.

 

8. O Plano Marshall era um amplo programa de ajuda financeira destinado a promover a recuperação econômica dos países envolvidos na Segunda Guerra Mundial. Grandes empréstimos financeiros foram concedidos aos países europeus e também para a reconstrução do Japão, com o objetivo de fortalecer a presença estadunidense no continente europeu e na Bacia do Pacífico e conter o avanço do socialismo nos países dessas regiões. Na condição de grandes credores, os Estados Unidos reafirmaram sua hegemonia sobre as nações que se tornaram dependentes de seus recursos.

 

9. Em 1949, os Estados Unidos e seus aliados ocidentais formalizaram a criação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar que vigora até os dias de hoje e reúne 28 países. O Pacto de Varsóvia foi assinado em 1955 e estabeleceu o alinhamento entre os países ligados à União Soviética, ditando um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares, em especial contra possíveis ataques dos países-membro da OTAN. Com a dissolução da União Soviética, em 1991, o Pacto de Varsóvia foi extinto.

 

10. Ao contrário de muitas nações, na Índia, a reivindicação pela independência, feita aos britânicos, se deu por meio de manifestações pacíficas e sem confrontos violentos. Uma das estratégias do movimento era desobedecer às leis impostas pelos britânicos e deixar de comprar mercadorias importadas ou produzidas por eles, a fim de forçar o desaquecimento da economia. Diante disso, a Inglaterra não teve alternativa senão ceder a independência à Índia, o que ocorreu em 1947.

 

11. O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) visa a não transferência de tecnologia e de artefatos nucleares entre os países, evitando sua proliferação e o surgimento de novas potências nucleares, o que, em caso de uma guerra mundial, poderia dizimar a humanidade. Além disso, foram estabelecidos o uso pacífico e a regulamentação para sua utilização na geração de energia por meio das usinas nucleares.

 

12. A partir da década de 1980, houve uma intensa crise econômica e social na URSS provocada pela defasagem tecnológica e pela queda da produtividade industrial e agrícola. A política se deteriorou por causa do excessivo autoritarismo do Estado, exercido pelos dirigentes do Partido Comunista (partido único) sobre todos os segmentos da vida social. Essa situação gerou uma grande insatisfação popular entre os soviéticos e também em outros países socialistas, nos quais a população passou a questionar o regime, que foi extinto em 1991.

 

13. a) A separação de pessoas de classes sociais distintas, de grupos étnicos-religiosos, entre outros, construindo barreiras e muros, para impedir a entrada em territórios ou a saída deles. Contudo, a segregação social por meio dos muros ainda persiste, mesmo após a experiência negativa do Muro de Berlim.

b) É a disseminação de modelos e medidas de segregação em países cujo governo deseja adotá-los, tomando como exemplo os modelos aplicados em outros países. Resposta pessoal.

c) Um novo apartheid seria a tentativa de impor uma separação territorial por meio da construção de barreiras físicas, muros para separar povos e impedir as migrações entre fronteiras.

d) Resposta pessoal.